tag:blogger.com,1999:blog-80307414222434459492024-03-13T13:24:40.422-07:00Cria IndesejadaSe seus pais não iriam querer você perto de mim...!Árion Vampyrhttp://www.blogger.com/profile/15070943590264979888noreply@blogger.comBlogger57125tag:blogger.com,1999:blog-8030741422243445949.post-71067200064856724372017-04-09T12:17:00.000-07:002017-04-09T12:17:31.066-07:00Poliamor e Pegação<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://conteudo.imguol.com.br/c/entretenimento/2014/05/21/imagem-de-pessoas-dancando-em-festa-de-casamento-1400711044624_300x420.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://conteudo.imguol.com.br/c/entretenimento/2014/05/21/imagem-de-pessoas-dancando-em-festa-de-casamento-1400711044624_300x420.jpg" width="228" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">A História
se repete na vida de várias pessoas, especialmente <i>mulheres</i>.</span></span><br />
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span>
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Primeiro você
percebe que a <b>monogamia</b> <i>não é pra vc</i>. Falta alguma coisa, houve alguma experiência,
teve alguma sacação que te mudou.</span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Depois de um tempo perambulando pelo mundo e
pela vida sem saber o que fazer com isso, vc descobre que <i>outras pessoas</i> também
pensam assim. </span></span><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Elas vão se encontrar em algum lugar! Uma festa, um bar, um bloco
de carnaval... e vc se empolga, junta uma grana e vai!</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Lá, vc percebe que a
liberdade de que vc sentiu falta uma boa parte da vida tá lá. As pessoas não têm
medo de falar de sexualidade, de pegarem alguém do mesmo sexo na frente da
galera <span style="color: #999999;">– pelo contrário, pra algumas pessoas isso parece até legal! – </span>de ficarem
com mais de uma pessoa ao mesmo tempo no mesmo lugar! A galera é diferente,
descolada, super receptiva – aí, mesmo q vc n se sinta uma pessoa tão descolada
assim, se permite ser mais do que tem sido. Você se anima, rola um bom papo,
uma troca de olhares e vc se pega com alguém – talvez com a primeira pessoa do
mesmo sexo na vida! Depois disso, um mundo de possibilidades e liberdade se
abrem na sua frente... vc vai mais uma vez, e outra e outra... pega várias
pessoas diferentes, é tudo muito legal...!</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://cdn.osegredo.com.br/wp-content/uploads/2016/01/9-sinais-de-que-voc%C3%AA-est%C3%A1-solteiro-e-nem-um-pouco.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="196" src="https://cdn.osegredo.com.br/wp-content/uploads/2016/01/9-sinais-de-que-voc%C3%AA-est%C3%A1-solteiro-e-nem-um-pouco.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><i>Mas </i>aí uma
das duas coisas acontece: vc <b>gosta</b> especialmente de alguém (ou alguéns) e quer
ter mais do que ficadas eventuais – você quer chamar pra ir no cinema,
conversar da vida, ver netflix, comer pizza, deitar de conchinha com um pet
dormindo do lado; ou vc simplesmente <i>sente que aquilo ali </i><b>não tá dando conta</b><i> do
que vc procurava de alguma forma</i>. Em ambos os casos, vc sente que aquela coisa
de pegação, no final das contas, "não deu certo". Ou deu certo por um tempo, mas
o deslumbre de poder ficar com várias pessoas, por mais legais que sejam,
passou. Você quer alguma outra coisa. Você quer<b> compartilhar</b>: momentos, angústias,
companheirismo, idéias... e você percebe que não ia conseguir isso com a galera
que antes parecia tão descolada. Ou talvez até consiga, mas não com a<i>
profundidade</i> que você gostaria com <i>as pessoas</i> por quem vc mais se sente<i> envolvida/envolvido/atraída/atraído</i>.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Nessa hora,
algumas pessoas voltam atrás e pensam “isso foi só uma fase, não era pra mim” e
voltam a buscar um par monogâmico. Ou então você simplesmente segue <i>frustrada/frustrado</i>,
talvez sem parceiros/parceiras.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Pois é. É
nessa hora que chegou o momento de a gente falar de <b>poliamor</b>.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Por que,
por mais que vc estivesse vivendo uma coisa não-monogâmica antes, não é isso
que realmente o seu eu, lá dentro, tava <b>procurando</b>. Se <i>pegar com um bocado de
gente</i> pode ser libertador pra uns e não pra outros; gostar ou não de ficar com
várias pessoas não diz se vc é ou não poli. Mas é aquela sensação de que podia
<i>passar da ficação</i> <i>descompromissada</i>: virar <i>outra coisa</i> (que você talvez não
saiba o nome) sem perder a leveza, sem perder a liberdade, mas que tenha mais aquela
coisa que a gente sente falta e às vezes não sabe dizer oq é... <b>companheirismo</b>;
sentir que vc <i>importa</i> praquelas pessoas que vc andou pegando.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Infelizmente,
muita gente poli (que às vezes nem sabe que é poli, às vezes só se denomina “não-monogâmica”)
sofre com isso. Pela minha experiência, isso é consequência de algumas coisas:<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://ogimg.infoglobo.com.br/in/13710481-8f8-92a/FT1500A/550/2014-744828166-2014082210963.jpg_20140822.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="139" src="https://ogimg.infoglobo.com.br/in/13710481-8f8-92a/FT1500A/550/2014-744828166-2014082210963.jpg_20140822.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Primeiro,
<b>faltam espaços polis</b>. Se vc é do Rio de Janeiro, a <b><a href="https://www.facebook.com/PratiquePoliamorRj/" target="_blank">Pratique Poliamor RJ</a></b>
organiza eventos, mas talvez vc n conheça, n saiba se vai ser legal, n tenha
tido a oportunidade de ir... se vc é de outro estado, ou de uma cidade
distante, talvez nem isso tem. Mas ir nesses eventos (ou organizar um deles) <i>faz
diferença</i>. Não pq você pode encontrar outras pessoas pra “pegar” – mas por que
você pode encontrar pessoas que <i>se frustraram com a mesma coisa que você</i>; e que
<i>estão tentando ter</i>, na <i>prática</i>, tipos de relacionamento que <i>verdadeiramente
combinam</i> com o que você também está querendo por dentro. Pode ser que você
conheça uma ou mais pessoas legais e acabe tendo relacionamentos afetivos e
sexuais a partir daí. Mas meu conselho é: <i>tira o foco disso</i>. Quando vc tiver
<b>amigos e amigas</b> com quem você pode conversar sobre o que você sente, sobre o
<b>poliamor</b> em si, sem medo de<i> julgamentos</i>, muita coisa começa a mudar <i>e você vai
se sentir mt melhor</i>.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://farm2.static.flickr.com/1394/873644602_19ebaddeec.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://farm2.static.flickr.com/1394/873644602_19ebaddeec.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Segundo,
falta às pessoas, no Brasil, <b>entender melhor a responsabilidade afetiva</b>. Todo
mundo tá procurando <b>liberdade</b>, mas prum poli, a liberdade só não basta.
Envolvimento tem que ter alguma forma. E, agir de acordo com o que você quer
fazer o tempo todo, pode causar <b>sofrimento</b> pra um monte de gente, inclusive
<i>você</i>. Entender que o que a outra pessoa <i>não é responsabilidade única e
exclusivamente dela</i>, entender que você <i>não é pior por que não se sente à
vontade</i> com as coisas que você queria encarar de boa, entender que <i>é possível
sim conversar com seus parceiros sobre o que você tá sentindo</i> e chegar a
<b>acordos</b> que deixam todo mundo mais <i>à vontade</i>, mais <b>seguras/seguros</b>, sem que
tenha que ser uma imposição ou um constrangimento... tudo isso pode tornar a
sua experiência no poliamor uma coisa mt mais<b> libertadora</b> em vários sentidos.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Por último,
acho que a gente precisa lembrar que <i>nem toda forma de não-monogamia é
poliamor</i>. E nem toda forma de não monogamia <i>se importa com responsabilidade
afetiva com todas as pessoas envolvidas</i>. Em vários ambientes que envolvem gente
que não necessariamente é poli mesmo, se abre espaço, por mais que seja
controlado, <b>predadores sexuais</b> e <b>polígamos</b>.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/originals/8c/b7/d4/8cb7d4711d8aaa944dd9b6bc1b618aa6.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/originals/8c/b7/d4/8cb7d4711d8aaa944dd9b6bc1b618aa6.jpg" width="400" /></a></div>
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Os
primeiros, querem fazer <b>sexo</b> – não importa se vc vai querer alguma coisa depois
ou não. Essas pessoas estão lá pq querem sexo fácil... e nesse caso, polis,
<i>principalmente mulheres</i>, <i>principalmente negras</i>,<i> principalmente bis</i>, se tornam
presas desse tipo de pessoa. Não que o sexo casual seja um problema, mas sim
que quando <i>não fica claro o que é cada coisa</i>, sempre <i>alguém</i> vai sair <b>machucado</b>.
E se você é <b>poli</b>, provavelmente a pessoa machucada vai ser <b>você</b>.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Os segundos
<i>parecem</i> muito que são polis, por que dizem que querem <i>compromisso</i> e às vezes
até dizem que “dão liberdade” pros seus parceiros/parceiras também. Mas isso é,
muitas vezes, uma<i> mentira</i>. Polígamos nos meios não monogâmicos, quando não se
dizem polígamos, estão <b>te enganando</b>. Estão t arrastando pruma potencial relação
em que elas vão ter liberdade e vão fazer o que querem, mas <i>você</i> vai ficar sob
<b>controle</b>, sendo <b>impedida/impedido de viver seus amores</b> – ou mesmo dar chance
deles aparecerem.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Vivemos
numa sociedade competitiva, em que tudo é mercadoria, em que todos são
descartáveis e isso vai ser sempre uma barreira objetiva pra gente viver nossos
amores. Eu acredito que precisamos de <i>uma sociedade de tipo diferente</i> pra
podermos viver plenamente o poliamor, mas <b>não quer dizer que pros dias de hoje
tá tudo perdido</b>.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-mSKVfAl1dPM/VONeYFO5cXI/AAAAAAAAAUM/cX6UBFN3q7sIekWbkQDb69si2wQL6O10gCL0B/w692-h389-n-no/pratique.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="223" src="https://1.bp.blogspot.com/-mSKVfAl1dPM/VONeYFO5cXI/AAAAAAAAAUM/cX6UBFN3q7sIekWbkQDb69si2wQL6O10gCL0B/w692-h389-n-no/pratique.jpg" width="400" /></a></div>
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span>
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Estou cada
vez mais convencido de que o poliamor no Brasil (que ainda é muito embrionário
e idealizado) precisa <i>discutir/estudar</i> mais a <b>responsabilidade afetiva</b>, se
<b>comungar</b> mais, criar mais laços de <b>amizade</b>, <b>se apoiar</b> mais uns aos outros,
<b>estudar</b> e, acima de tudo, <b>se organizar</b>. Acredito que é a serviço disso (além de
outras coisas) que a <b>Pratique Poliamor RJ</b> existe. Eu construo ela, por que
acredito nessa alternativa e quero que outros polis possam também <i>se proteger</i> e
<i>viver de maneira mais plena seus amores</i>. Se vc é do Rio e não conhece a
pratique, <i>se aproxime, participe, organize com a gente</i>! Se onde vc mora isso
não existe,<i> organize mais gente, faça encontros, </i>mesmo que pequenininhos...
<b>precisamos uns dos outros!</b><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Vem com a
gente! :)</span><o:p></o:p></span></div>
Árion Vampyrhttp://www.blogger.com/profile/15070943590264979888noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-8030741422243445949.post-12209173194230954582016-08-30T18:59:00.001-07:002016-08-30T18:59:33.470-07:00A "Onda de Direita" e a Responsabilidade da Esquerda<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.camara.gov.br/internet/bancoimagem/banco/img201604172325358433542.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="209" src="https://www.camara.gov.br/internet/bancoimagem/banco/img201604172325358433542.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Desde o
início do segundo governo Dilma, principalmente do ano passado até meados desse
ano, uma forte <b>mobilização de massas</b> (envolvendo<i> principalmente</i> a <b>classe média</b>)
expressou uma <i>angústia geral </i>da população brasileira: a insatisfação com a
<b>ineficiência do Estado</b> e a <b>corrupção endêmica descarada</b>. <i>Setores médios deram
as mãos com setores dos trabalhadores contra o corrupto governo do PT</i>. A
princípio, não haviam pautas muito claras e, com isso,<i> setores de direita e
ultra direita</i> se meteram nessa mobilizações, e a divisão criada nas eleições
entre “<b>petralhas</b>” e “<b>coxinhas</b>” se desequilibrou para o lado dos segundos.
Identificando o governo do PT como de “esquerda”, setores de massas aderiram àquilo
que acreditavam ser a “direita”.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Claro, essa
é uma história (bem) resumida. Mas ela serve para introduzir o assunto. Quero
falar neste texto das<i> mudanças ocorridas após as mobilizações pró-impeachment</i>,
tratar do <i>balanço das políticas de diversos grupos</i> antes e <i>propôr uma política
para o momento atual</i>. Não entrarei aqui em detalhes do governo Temer, no
entanto, pois não acredito que esse seja o principal elemento da conjuntura.
Explicarei tudo isso à frente.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"></span></span></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Primeiramente,
é preciso admitir que a caracterização original da “grande esquerda” sobre
essas mobilizações foi<b> totalmente equivocada</b>. Hoje, depois do impeachment ter
acontecido, não podemos mais dizer que as mobilizações eram uma ação de uma
minoria privilegiada. <i>Milhões de pessoas se manifestaram e o apoio ao
impeachment foi estrondoso. </i>A resistência a ele não teve condições de se
mobilizar para derrotá-lo e nem consegue hoje empurrar uma derrubada a Temer,
mesmo que o nível de aprovação dele seja tão pequeno quanto o de Dilma durante
as mobilizações. </span></span><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Sendo assim, fica claro que as forças que enfrentaram o impeachment
são <i>significativamente mais fracas</i> que as que o queriam. Sendo assim, a
minoria, na verdade, é a base dos protestos anti-impeachment.</span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span style="color: #999999;">Deve soar
estranho não dar nome aos bois, mas quero localizar, dessa maneira, que os
setores engajados em uma ou outra política eram diversos em sua composição e
envolviam setores de massas. Ambos. Em breve direi diretamente quem é quem.</span><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://paraibaonline.net.br/wp-content/uploads/2016/03/RR_Manifestacao-contra-Dilma-Rousseff-em-Sao-Paulo_010-567x410.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="231" src="https://paraibaonline.net.br/wp-content/uploads/2016/03/RR_Manifestacao-contra-Dilma-Rousseff-em-Sao-Paulo_010-567x410.jpg" width="320" /></a></div>
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Bom, sendo
assim, é preciso admitir que uma parte significativa da <b>classe trabalhadora</b> se
aliou à<b> classe média</b> em prol de <i>derrubar o governo do PT</i>. Na verdade, é
necessário dizer que<i> o mesmo </i>aconteceu para<i> defender </i>esse mesmo governo – ainda
que com críticas. <b>Em ambos os lados tivemos uma mobilização que uniu classe
média e classe trabalhadora.</b><o:p></o:p></span></span><br />
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Entendendo
dessa maneira, fica claro que a postura de tratar todas as mobilizações anti-PT
como mobilizações de “coxinhas” foi, desde o início, <b>um erro</b>. Primeiro por que
a <b>classe trabalhadora</b> - centro da produção social e base da nossa estrutura
social - <i>estava sim presente nesses atos</i> – e ela deve ser disputada pelos
setores da esquerda. Segundo por que a <b>classe média</b>, apesar de secundária, <b>também</b> deve ser disputada, pois ela é o grupo que faz diferença na balança da
luta de classes. <i>Todas as grandes mudanças políticas dos séculos XX e XXI
envolveram a classe média, para bem ou para mal</i>. Ou seja, ainda que toda a
composição das manifestações pró-impeachment fosse de membros da classe média
exclusivamente, esse setor ainda teria que ser disputado pela esquerda.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Em terceiro
lugar, o fato de que a “grande esquerda” ( em especial, PSOL e membros de diversos grupos), o
PT e o PCdoB (<i>a direita que se diz de esquerda</i>), terem chamado essas
manifestações de “coxinhas” e <i>rejeitado o diálogo</i> com todos os que se sentiram
mobilizados pelas suas reivindicações (primeiro difusas, depois o impeachment),
essa política, foi indubitavelmente responsável por <i>jogar setores de massas nas
mãos da burguesia </i>(da direita e da ultra-direita), pois, antes mesmo de elas
estarem ganhas para a direita, elas já foram <i>tachadas</i> dessa maneira. Qualquer
um deles que buscasse procurar um pouco mais, logo se veria jogado no <i>campo
desconhecido</i> da <b>direita</b>. Por mais que muitos deles <b>não sejam </b>de direita (pois
não defendem seu programa e, muitas vezes, nem sabem qual ele é), é a direita
quem passou a <b>dirigí-los</b>.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.nosopinando.com.br/wp-content/uploads/2015/05/aecio-neves.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.nosopinando.com.br/wp-content/uploads/2015/05/aecio-neves.jpg" height="206" width="320" /></a></div>
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">E que
direita era essa? <b>PSDB, PMDB e Neo-fascistas</b> (bolsonaros, militaristas,
saudosistas da ditadura e liberais radicais de direita). Por mais que <i>em
momento nenhum o PSDB e o PMDB tenham se colocado diretamente à frente dessas
manifestações</i>, com bandeiras ou qualquer outra coisa, eles estiveram presentes
através de figuras públicas, dinheiro e infiltrados (hoje já sabemos que o
<a href="http://mbl.org.br/" target="_blank">Movimento Brasil Livre</a> era atrelado a partidos de direita, apesar de se dizer
independente). Uma das coisas mais escrotas dessas lideranças de direita foi
justamente esconderem suas filiações políticas reais e seus objetivos políticos
reais (como é comum da direita), fazendo com que massas de brasileiros fossem
às ruas sob sua direção, para garantir seus interesses, sem que isso ficasse
jamais claro para os participantes.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Nisso
também a grande esquerda, o PT e o PCdoB, têm culpa: ao não dialogar com esse
setor das massas e atacá-los dizendo sendo filiados a forças políticas que eles
<i>não sabiam que os estavam dirigindo</i>, fez com que eles criassem uma <i>resistência
à própria denúncia</i> de estarem sendo usados de <b>massa de manobra</b> (como estavam,
de fato).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://petralhando.com.br/uploads/images/2016/03/9ee77ffc680b1f41b29ed38bea3bf517.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://petralhando.com.br/uploads/images/2016/03/9ee77ffc680b1f41b29ed38bea3bf517.jpg" height="169" width="320" /></a></div>
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Mas, na
verdade, a<b> direita travestida de esquerda</b> (PT e PCdoB), fez o mesmo, dizendo
que as <b>manifestações pró-governo</b> eram a favor da “democracia” (<i>como se o regime
democrático de direito do Brasil fosse acabar com um eventual governo Temer</i>) e
contra o mitológico “<b>golpe</b>”. Mitológico por que, quando se fala de golpe,
referimo-nos a uma <b>ruptura do regime</b> em prol da <b>retirada de um programa
político</b> para a aplicação de outro e a efetiva <b>mudança no regime político</b>.
Nenhum destes 3 elementos esteve presente – não houve ruptura do regime
democrático burguês, não houve mudança de programa político e nem houve mudança
de regime.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Assustados
com as manifestações pró-impeachment, a grande esquerda capitulou à dicotomia
eleitoral criada pelo PT-PCdoB, enxergou aquelas massas como uma “<b>onda de
direita</b>” e, por isso, aderiram ao apoio, mesmo que envergonhado, ao governo.
Alguns setores da esquerda do PSOL não caíram nesse conto, mas não foram fortes
o suficiente para mudar os rumos do partido, <i>que assumiu agora a postura
nacional de se aliar ao PT-PCdoB</i>, a direita que se diz de esquerda.<i> O PSTU
merece ser destacado por não ter caído nesse conto em momento algum desse
processo todo, sem aderir ao apoio ao governo</i>. Mas, a postura da maioria da
esquerda foi a de dar as mãos com o governo de frente popular (burguês) de
direita para defendê-lo, com medo do que poderia vir sem ele.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Esse se
tornou o caso mais interessante de profecia auto-realizada da política
Brasileira recente. Justamente por taxar as manifestações de “coxinhas”, seus
participantes se alinharam com a direita. Ao dizer que havia uma “onda de
direita”, as massas foram largadas nas mãos da direita, aumentando a força real
desses grupos e mudando o rumo da política nacional, permitindo a esses setores
terem mais influência para aplicar um programa mais radicalmente à direita que
antes... e eis que surge a “onda de direita”, como se fosse uma confirmação de
seu próprio mito. Os responsáveis? É preciso dizer: a grande esquerda, a
maioria do PSOL, mas principalmente, o PT-PCdoB.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Mas o erro
da esquerda é imperdoável.</b> <i>Aliar-se a um setor da direita </i>acreditando nos <b>mitos</b>
disseminados por ele mesmo, depois de<i> tantos anos de ataques</i> a diversos setores
da população, política neo-liberal, privatizações, terceirizações e uma onda
tão grande de arrependimento do voto em Dilma... depois de tudo isso, a
esquerda <i>se converter ao governismo</i> (mesmo que envergonhado) é de uma
<i>ingenuidade absoluta</i>, que só se poderia esperar de novatos, não de direções
políticas tão antigas. Digo <i>ingenuidade</i> por que não há motivos para acreditar
que tenha sido uma jogada dos setores mais à direita do PSOL e da grande
esquerda... isso não por que sejam todos honestos (pois nem todos são), mas sim
por que a ingenuidade, para mim, <i>é mais crível</i> que a incompetência – essa
política desastrada não dava e não deu <i>nenhuma vantagem </i>ao PSOL e
principalmente aos setores independentes... Só quem tinha a ganhar (e ganhou) era
o <b>PT-PCdoB</b>, angariando o apoio de <b>massas e vanguardas desavisadas</b> e daqueles
que mais fortemente caíram em seus contos e passaram para o governismo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://contraversao.com/wp-content/uploads/2012/09/canal-do-otario.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://contraversao.com/wp-content/uploads/2012/09/canal-do-otario.jpeg" height="213" width="320" /></a></div>
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Agora, ao
mesmo tempo em que isso acontece, crescem os liberais de direita e os
neo-fascistas. O PSDB e o PMDB, como partidos, não ganharam <i>simpatia</i> da
população; apenas <b>poder</b> – que é o que se espera de usá-la como massa de
manobra; nada inesperado. Mas a <b>direita mais vocal, mais estridente e mais
descarada </b>é que ganhou mais com tudo isso. A massa pró-impeachment, irritada e
confusa, viu ao seu lado, organizados e ativos, figuras do liberalismo (do mais
moderado ao mais delirante, como Olavo de Carvalho, passando pelos liberais
radicais, como o Canal do Otário) e neo-fascistas (os bolsonaros são um bom
exemplo)... e acabaram dando as mãos e aderindo ao seu programa, que era mais
claro que o de quaisquer outros grupos políticos.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">É preciso,
portanto, identificar uma <b>mudança na conjuntura</b>. Ao passo que, durante as
manifestações, as massas pró-impeachment não aderissem ao <i>programa</i> da direita e
da ultra-direita, agora setores cada vez maiores estão reproduzindo os
argumentos (toscos) dos liberais de direita e os argumentos (imbecis) da
ultra-direita e criando uma nova <i>mitologia</i> sobre o que é a esquerda: baseada em
<i>estereótipos simplistas</i>, <i>misturas</i> de características de diversas correntes
diferentes, vendo <i>incoerências que não existem</i> e, mais evidentemente,<i>
rejeitando a luta contra as opressões</i> e resistindo às suas <b>posturas</b> (que,
admitamos, foram e são, em muitos casos, muito <i>sectárias</i> e, em outros,
<i>vanguardistas</i>).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://opiniaoenoticia.com.br/wp-content/uploads/2016/04/foratodoscapa.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://opiniaoenoticia.com.br/wp-content/uploads/2016/04/foratodoscapa.jpg" height="203" width="320" /></a></div>
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Dada essa
realidade, é preciso fazer um<b> ajuste de política</b>. Não creio que a política de
“Fora Todos Eles” do PSTU e da CST (corrente do PSOL) seja a mais apropriada
para o momento – fazer essa demanda irá levar o movimento social a uma derrota
certa, pois ele não consiguirá, de forma alguma, derrubar todos (lição que
deveria ter sido aprendida com o primeiro “Fora Todos”, em 2005). Além disso,
essa política não dialoga com a consciência dos setores anti-impeachment que
aderiram ao governismo e nem com os setores pró-impeachment, que esperam para
ver no que vai dar o governo Temer. Uma coisa é correta: a denúncia
incondicional ao governo – mas é prioridade impedir o avanço da direita.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><i>Felizmente</i>,
o PT-PCdoB estão sem pai nem mãe: sem governo, sem apoio e sem política. Esse é
o momento ideal para <b>construir uma verdadeira oposição de esquerda</b>, <i>sem
capitular à direita que se finge de esquerda</i>. A prioridade nesse momento deve
ser a <b>união entre os partidos de esquerda</b> (PSOL, PSTU e PCB, em especial) e os <b>outros
grupos da grande esquerda</b> (principalmente os grupos de luta contra as
<i>opressões</i>) na construção de<b> um grande bloco</b>, que deve se identificar como “<b>a
verdadeira esquerda</b>” e que traga um <b>programa unitário</b> que combata os ataque
planejados por PMDB-PSDB.<i> O vácuo deixado pela derrota do PT-PCdoB permite que
uma nova força cresça muito nesse atual momento, apesar da apatia geral.</i><o:p></o:p></span></span><br />
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><i><br /></i></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://presistencia.files.wordpress.com/2016/06/frente-de-esquerda-socialista.jpg?w=828&h=315" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="151" src="https://presistencia.files.wordpress.com/2016/06/frente-de-esquerda-socialista.jpg?w=828&h=315" width="400" /></a></div>
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Ao mesmo
tempo, até o final do ano, a luta por novas eleições deve ser um objetivo real.
Até o final do ano é legalmente possível derrubar Temer e fazer novas eleições
para presidente. Se isso acontecer por uma <b>movimentação da esquerda</b>, ainda que
apoiada por uma massa perdida, as possibilidades de<i> influência no programa
apoiado pelas massas</i> e, ao mesmo tempo, de trazer até uma eleição geral, ou uma
nova constituinte, aparecem no horizonte. Mas <b>o primeiro passo é derrubar Temer</b>
e isso só pode ser feito com a <i>denúncia implacável</i> do governo e a <i>unidade da
esquerda</i> em torno a um programa unitário e a <i>proposta de novas eleições</i>.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Não será
uma tarefa fácil, no entanto. Os inimigos estão fortes, bem mais fortes que
antes. Mas a ordem atual das coisas está, ao mesmo tempo, mais frágil do que
então: o governo federal não tem apoio e a “nova direita” não tem um programa
que possa de fato mudar a realidade do Brasil. Será necessário pôr em pauta a questão de qual o programa que o povo
brasileiro quer para o país (nada melhor que uma eleição presidencial para
isso) e, principalmente, enfrentar (em todas as frentes) essa nova direita,
desmascará-la. E essa última tarefa será a mais difícil – pois eles estavam ao
lado destas pessoas nas manifestações, não a esquerda; por que eles os
abraçaram, não a esquerda; por que eles os disputaram, não a esquerda.</span><o:p></o:p></span><br />
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhm_2G9OkqeI-0abyY3nHGrOJcmBZPdDKTTMxPGvPGVC-hvjtX3a5thOY0OYbzjlswLt5WoyGagnvz40meJpSmGtaZM0S8WN75RJ0aZo4HoBGsUorfeibig4auycb1pC4Ws-B93ihNUtM8/s1600/622_5799797e-b613-32c8-b4cf-07aa22000919.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhm_2G9OkqeI-0abyY3nHGrOJcmBZPdDKTTMxPGvPGVC-hvjtX3a5thOY0OYbzjlswLt5WoyGagnvz40meJpSmGtaZM0S8WN75RJ0aZo4HoBGsUorfeibig4auycb1pC4Ws-B93ihNUtM8/s400/622_5799797e-b613-32c8-b4cf-07aa22000919.jpg" width="400" /></a></div>
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
Árion Vampyrhttp://www.blogger.com/profile/15070943590264979888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8030741422243445949.post-55795951674013739532015-10-04T15:46:00.003-07:002015-10-04T15:46:46.179-07:00Estatuto da Família e Poliamor<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.emaus.org.br/nacional/media/k2/items/cache/9e18ae44efb984e430f0539350fef656_XL.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.emaus.org.br/nacional/media/k2/items/cache/9e18ae44efb984e430f0539350fef656_XL.jpg" height="221" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Foi aprovado em <b>comissão especial </b>(ou seja, <i>não a votação no
plenário</i>) o <i>famigerado</i> <b>“Estatuto da Família”</b>, que poderia ser resumido como “<i>Estatuto
da família Tradicional</i>”. Ele foi alvo de severas críticas por parte de uma
quantidade enorme de pessoas, tanto conservadores quanto progressistas,
reformistas, revolucionários… Indo inclusive contra <i>votação popular</i> no site do
senado e contra toda a <i>jurisprudência </i>atual. Claro, eles querem impedir que a<b>
legislação </b>avance para se <i>ajustar</i> à <b>sociedade</b>… por que os setores que aprovaram
esse estatuto (os<b> fundamentalistas evangélicos</b> brasileiros) querem mudar o que
está acontecendo no país – <i>ele está saindo do século XIX</i>.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"></span></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Essa saída se deve ao governo? De forma alguma. Ele não
moveu muita coisa para apoiar de maneira contundente as famílias não-tradicionais. Então essa saída se deve à oposição de direita? tampouco. Na
verdade, no campo do legislativo, a oposição brasileira vai desde nostálgicos
da ditadura até liberais moderados. Na sociedade, a oposição é a maioria das
pessoas. <b>Mas nenhum deles é responsável por isso</b>. Por que isso <i>não é</i> um
fenômeno brasileiro. A <b>crise da família tradicional</b>, ou seja, <i>a retirada dela
do totem absoluto do que significa ser família</i>, vem acontecendo desde meados do
século XX, principalmente por causa do divórcio e o recasamento. O que os fundamentalistas
religiosos querem é<i> rodar a roda da história pra trás</i>, e<i> estão fadados a
fracassar</i>. <span style="color: #666666;">Na prática, tornaram o Estatuto letra morta ou base para
jurisprudências considerando coisas que eles n consideram como família.</span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Para você que<i> caiu de pára-quedas</i> nesse assunto e <i>não sabe</i> o
que o Estatuto da Família determina, basta dizer que ele garantiria os direitos
da “família”, mas definiria <b>família</b> como <b>homem-mulher-filhos</b>. <i>Só</i>. Ficaram de fora
os netos criados por avós ou avôs, mães solteiras, tios e tias e, especialmente<i> – e é aí que
entra a nossa questão – </i>os casais <b>homoafetivos</b> ou <b>poliafetivos</b>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://agenciapatriciagalvao.org.br/wp-content/uploads/2014/06/charge-estatuto-familia.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://agenciapatriciagalvao.org.br/wp-content/uploads/2014/06/charge-estatuto-familia.jpg" height="189" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">É, <i>foi uma derrota</i>. Não vamos nos enganar. Esse estatuto é
um retrocesso e para ser anulado vamos depender do judiciário classificá-lo
como inconstitucional e todos os trâmites para isso andar. Provavelmente, o
estatuto não fará nenhuma diferença real? É bem possível, mas ele é uma bela<i>
fincada de bandeira</i>. O <b>fundamentalismo religioso </b>no Brasil disse “<i><b>quando a
gente quer, a gente faz e não importa o que vocês disserem</b></i>”. É uma <i>mostra de
poder</i>. Das boas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Mas o que isso tem a ver com o <b>poliamor</b>? Bom, com as
mudanças nas famílias também vieram <i>mudanças nos relacionamentos</i>, <i>dentre elas</i>,
o <b>poliamor</b>. Isso quer dizer que <i>estávamos já descartados de direitos iguais com
esse estatuto</i>. Mas isso não é tudo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Foi posta em questão, por causa da discussão contra o
estatuto, a <i>criação dos filhos pelos pais</i>, o <i>cuidado biparental</i>, a
<i>heteronormatividade</i>. <b>Mas não a monogamia. </b>Mesmo que os fundamentalistas
tivessem saído <i>derrotados</i>, com o rabinho entre as pernas, nós, polis, <b>ainda
teríamos que lutar para conseguir direitos para nossas famílias com múltiplos
parceiros</b> (ou abertas a isso). Ou seja, mesmo que o <b>casamento igualitário</b> fosse
aprovado no Brasil – e não o “Estatuto da Família” – o que seria uma tremenda
vitória de todos os setores progressistas do país e da américa latina… ainda
assim, <i>as famílias poliamorosas ainda estariam </i><b>desassistidas </b><i>e ainda sofreriam
de </i><b>desigualdade de direitos.</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O poliamor não é pautado por quem defende os direitos das
mulheres, dos lgbt, dos negros… simplesmente <b>é como se não existíssemos</b>. E
nossas famílias ficam sem direitos mesmo que eles consigam suas maiores
vitórias.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Isso quer dizer uma coisa fundamental: em algum momento, e
logo, o poliamor precisa<b> se politizar</b>. Isso pode dar medo a algumas pessoas,
por que logo associam política com <i>corrupção</i>, <i>traição </i>e coisas do tipo. <i>E com
razão</i>. A <b>política burguesa</b> é isso mesmo, está a serviço do dinheiro e dos
interesses particulares. <b>Mas não é dessa política que estou falando.</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/1d/Polyamory_pride_in_San_Francisco_2004.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="222" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/1d/Polyamory_pride_in_San_Francisco_2004.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Estou falando da política feita pelos <b>trabalhadores</b> (nesse
caso, <b>polis</b>) <b>organizados</b>, que <b>controlam</b> <i>mandatos, figuras públicas</i>, que <b>decidem
coletivamente </b><i>que rumo tomar</i> e que <b>se colocam</b> para o resto da população – não
como um “Salvador da Pátria”/”Pai dos Pobres”/”Mãe do Brasil”, mas <i>como
coletivo, como grupo</i>,<b> submetido</b> às <i>decisões de suas bases</i>, <i>de quem faz parte
desses movimentos e de quem eles representam</i>.<b> Temos que fazer um movimento
poliamorista submetido às decisões dos poliamoristas.</b> Só assim teremos força
para pressionar parlamentares, figuras públicas, opinião pública, etc. a nos considerar,
a nos responder, a nos <i>engolir</i>; e assim <i>conseguirmos direitos</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Só não podemos cair em <b>dois erros</b>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Um deles é acreditar que vamos conseguir tudo que queremos
sozinhos.</b> Nenhum movimento é poderoso o suficiente para isso. Os Operários da
GM vão sempre estar castrados em suas vitórias se os Operários da Fiat viverem
sofrendo derrotas. Os Professores vão continuar sendo desmerecidos e mal pagos
enquanto o salário mínimo continuar baixo. Todos nós sofremos com a crise. E a
vitória do movimento LGBT, Negro, de Mulheres, Operário, Estudantil, é sempre
um tijolo a mais na escada que leva a uma real transformação histórica – e essa
sim nos dá as<i> oportunidades de ouro</i>. Temos que <b>nos unir a todos eles</b>, principalmente os operários (o setor mais poderoso de todos os explorados) <i>lutar ao
seu lado</i>, <i>comemorar suas vitórias</i>, <i>apoiá-los em suas derrotas</i>, pois é assim que
farão isso por nós, e é assim que <i>cresceremos todos juntos </i>e <b>mudaremos a
história</b>, como foi feito em meados do século XX. Isso quer dizer que temos que
lutar por um mundo novo, em que quem mande sejam os trabalhadores, as mulheres,
os LGBT, os índios, os negros… e os polis. Eu chamo esse mundo de <b>socialismo</b>.
Chame como quiser.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>O Outro erro é achar que temos que entrar no jogo sujo para
conseguir o que queremos.</b> Isso não é o único caminho – só é o mais fácil. E
mesmo assim, o mais provável é que se consiga <i>cada vez menos migalhas e menos
pães</i> <i>conforme nossos representantes vão ficando mais e mais sujos.</i> <b>Não podemos
depositar nossa confiança em governos, em salvadores, em nada que não seja a
total sujeição do poder à vontade dos trabalhadores organizados e todos os setores
oprimidos. </b><i>Não devemos passar a perna em nossos colegas, não devemos usar de
militância paga</i>… devemos lutar com <i>nossas próprias forças</i> e o <i>apoio de todos os
oprimidos e explorados</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Mas isso não é algo que estejamos em condições de fazer de
maneira consolidada agora.</b> Estamos começando, dando os primeiros passos.
Primeiro se aprende a andar, depois a falar. Precisamos criar a <b>uma verdadeira
comunidade poliamorosa</b>, <i>reunir-nos</i>, <i>ganhar mais pessoas</i>,<i> tornar nossos grupos
sólidos e fortes</i> (me refiro aqui, sem meios-termos, no caso do Rio de Janeiro,
à <a href="https://www.facebook.com/PratiquePoliamorRj?fref=ts" target="_blank">Pratique Poliamor RJ</a>) e depois <b>partir para a rua</b>, para os <i>atos</i>, para as
<i>greves</i>… <b>crescer e lutar</b>, então, se tornarão coisas <i>juntas</i> e aí estaremos no
<i>estágio maduro do nosso movimento</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="http://www.lovemore.com/wp-content/uploads/2012RetreatGroupInt-1024x751.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://www.lovemore.com/wp-content/uploads/2012RetreatGroupInt-1024x751.jpg" height="234" width="320" /></a><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">No momento, eu peço a todos os <b>polis </b>que <i>participem das
atividades </i>dos movimentos polis de onde vcs moram, que <i>montem grupos onde não
tem</i> e, se você é do Rio de Janeiro, que foraleçam a <b>Pratique Poliamor RJ</b>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>A quem não é poli</b>, eu peço o seu <b>apoio</b>. Se você sofre
qualquer opressão e exploração, <i>nos apóie</i>, chegue para outras pessoas e <i>nos
defenda</i>, <i>nos ajude a ser mais fortes</i>, <i>estejam do nosso lado</i>. Afinal, <b>é dando
amor que se recebe amor.<br /><br /></b></span><o:p></o:p></div>
Árion Vampyrhttp://www.blogger.com/profile/15070943590264979888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8030741422243445949.post-3014002355036711412015-06-29T09:50:00.002-07:002015-06-29T09:50:34.070-07:00O que é Polifobia? (Parte 3)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/736x/1d/21/f1/1d21f1acfadf5051aecef223116b3987.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/736x/1d/21/f1/1d21f1acfadf5051aecef223116b3987.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Chegamos à parte final dos três artigos sobre polifobia
deste blog! Se você está lendo este aqui primeiro, sugiro que leia primeiro
esse <a href="http://cria-indesejada.blogspot.com.br/2015/05/o-que-e-polifobia-parte-1.html" target="_blank">aqui</a> e depois esse <a href="http://cria-indesejada.blogspot.com.br/2015/05/o-que-e-polifobia-parte-2.html" target="_blank">aqui</a>. De qualquer forma, a proposta aqui é falar de
como podemos combater a polifobia no nosso cotidiano. Acho que esse é um tema
que toca a maioria de nós, mais ainda que sistematizar a polifobia. <b>Mas é
necessário que a sistematizemos para que saibamos como combatê-la.</b> Por isso,
vou partir da sistematização feita na Parte 2 e nas informações que extraí da
pesquisa que fiz para a minha monografia. Vamos lá?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"></span></div>
<a name='more'></a><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span><br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwheHS0xl2p_Ulf5UdeM1vzwpFVzWFjMVlMTLTWnasSc0kBju1D1XtrcA5GBeGNbljBoZ-5tZyFhhY4Pfdn0Jub2th_RPeI93Uy_Pr2zbdZCCXMNEysoO8pFlz8ZTmK17jfwT3JPBwnMA-/s1600/intervencoes_feministas_07_950x713.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwheHS0xl2p_Ulf5UdeM1vzwpFVzWFjMVlMTLTWnasSc0kBju1D1XtrcA5GBeGNbljBoZ-5tZyFhhY4Pfdn0Jub2th_RPeI93Uy_Pr2zbdZCCXMNEysoO8pFlz8ZTmK17jfwT3JPBwnMA-/s1600/intervencoes_feministas_07_950x713.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Primeiramente, é preciso ter consciência de que o poliamor é
um <i>fenômeno histórico</i> <i>recentíssimo</i> e que questiona uma <i>instituição milenar</i>, que
é a <b>Monogamia</b>. Por isso, não é de se esperar que seja fácil ou rápido superar a
polifobia que existe na sociedade. No nível individual isso é um pouco
diferente, mas vale lembrar que <i>o pessoal é politico</i> e, portanto, o que vivemos
no nosso individual, por mais que seja específico, é também um <i>agente de mudança</i>
no <b>coletivo</b> e é <i>submetido</i> às características do<b> coletivo</b>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Tudo isso quer dizer que não devemos ter a <b>ilusão</b> de que
vamos <i>acabar com a polifobia só com as nossas atitudes individuais</i> e nem de que
a sociedade de conjunto vai estar pronta para uma mudança coletiva em como se
vê o poliamor <i>antes de conseguirmos avançar para uma</i><b> nova sociedade</b>. Minha
especulação<span style="color: #666666;"> (com certo nível de suporte teórico) </span>é de que o mais longe que
podemos chegar nessa sociedade é de termos o <i>apoio de uma maioria entre os monogâmicos</i>, o que
nos permitiria ter muitos avanços em termos de direitos e reconhecimento. Mas
isso é o <b>limite</b>, pode ser que nem cheguemos a isso antes de uma transformação
geral da sociedade em todos os outros aspectos<span style="color: #666666;"> (como a história nos prova,
transformações políticas, sociais e econômicas costumam preceder transformações
nas formas de ver as coisas).</span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Bom, trabalhando primeiro no <b>nível individual</b>, temos algumas
experiências que dão certo.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Primeiramente que nossos <b>amigos</b> <i>menos próximos</i>
dificilmente vão superar suas polifobias. É mais provável que as <b>pessoas mais
próximas</b> (principalmente entre os amigos) <i>entendam melhor </i>o que é ser
poliamorista, <i>aceitem isso</i> e até <i>se tornem</i> polis, com a experiência de ver o
quanto a(s) sua(s) relação(ões) é/são <b>séria(s)</b>, te <b>oferece(m)</b> <b>real apoio</b>, o
quanto que <b>você realmente a(s) ama</b>, o quanto vocês <b>são importantes um(s) para
o(s) outro(s)</b>. Percebendo isso, as pessoas próximas vão conseguir <i>entender
melhor do que se trata o poliamor</i>.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.newstatesman.com/sites/default/files/images/2014%2B36_Friends_Cast_Poker(1).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.newstatesman.com/sites/default/files/images/2014%2B36_Friends_Cast_Poker(1).jpg" height="221" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Mas <i>não se deve deixar de tentar</i> <b>explicar</b> e
<b>sanar as dúvidas</b> (por isso, entender <i>teoricamente</i> o poliamor é fundamental).
Existem experiências de pessoas que conseguiram alcançar um estágio em que os
amigos mais próximos <i>aceitam e respeitam </i>o seu poliamor <i>ao ponto que os mais
distantes não se sentem à vontade pra oprimir </i>e às vezes <i>são convencidos pelos
seus amigos de que estão errados</i> em suas polifobias.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Na família a coisa é bem mais complicada</b>, especialmente se
você for <i>mulher</i>. A maioria dos <b>pais</b>, por mais progressistas que sejam, se não
forem polis, <i>dificilmente vão aceitar o seu poliamor</i> e vão querer <b>escondê-lo</b> de
si mesmos e <i>do resto da família </i>– vão te tratar como <i>motivo de vergonha</i> para a
família e provavelmente vão<i> interditar a presença de seus parceiros em casa</i>;<b>
mesmo que teoricamente aceitem a sua afetividade</b>. Isso é muito difícil de
resolver e não vi ninguém que tenha conseguido resolver esse problema. </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Em
alguns casos, se manter no armário para a família é até melhor por evitar dor
de cabeça desnecessária.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://i.huffpost.com/gen/2263412/images/o-FAMILIA-BOLSONARO-facebook.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://i.huffpost.com/gen/2263412/images/o-FAMILIA-BOLSONARO-facebook.jpg" height="200" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Com <b>irmãos </b>é diferente, mas <i>depende da relação que
eles têm com você</i>. Se eles são próximos, o mesmo que acontece com os amigos
próximos pode se aplicar a eles. Mas é muito comum que irmãos <i>não te vejam como
alguém que tem qualquer tipo de “autoridade” para convencê-los do contrário do
que pensam</i>. Isso serve para entendermos que, na atual conjuntura, <b>não somos
capazes de ter o apoio de todo mundo</b>. De qualquer forma, uma tática que pode
ajudar é pôr seus parentes para <b>conversarem</b> <b>com</b> <b>outros polis </b>que tenham uma visão
parecida com a sua.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">No<b> trabalho </b>a coisa é ainda mais complicada, por que pode
envolver <i>riscos de demissão ou prejuízos na carreira</i>. O ideal é que nesses
ambientes se <b>comece pelo teórico</b> e se veja <i>qual a abertura que existe para o
assunto</i>. Aqueles que parecerem <i>mais tolerantes</i> (provavelmente com o argumento “comigo
não, mas não sou contra”) podem ser pessoas pra quem você pode se expôr mais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://sites.bu.edu/ombs/files/2013/10/prejudice-2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://sites.bu.edu/ombs/files/2013/10/prejudice-2.jpg" height="195" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Se você for um <b>funcionário público</b>, que não tem o risco de
ser demitido por causa disso, é <i>bem mais fácil de se expôr </i>e pode ser que a <i>convivência com a
sua experiência</i> os faça <b>naturalizá-la</b> (apesar de provavelmente continuarem com
a visão de que isso “é coisa do fulano”, sendo o fulano você) – mas é provável
que <i>comentários desagradáveis</i>, <i>tentativas de conversão, investidas sexuais</i> e talz, aconteçam
durante o processo. É preciso ter <b>paciência</b> para não sair dando patadas
gratuitas para coisas que às vezes a pessoa simplesmente não entende, mas
também <b>firmeza </b>e <b>conhecimento</b> para poder <i>desbancar e desmoralizar os argumentos
deles </i>– aqui não cabe a idéia de que “cada um tem a sua opinião” por que <b>as
pessoas não vão se calar quanto a o que você vive</b>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Quem trabalha em <b>áreas artísticas</b> pode ter muito mais espaço
para viver seu poliamor e receber aceitação, mas <i>não devem cair na armadilha de
achar que as pessoas progressistas são mais aberta ao poliamor</i>, por que <b>não
são</b>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A maioria dos polis que conheço e que estudei, no entanto,
<i>mantém sua identidade poli em segredo no trabalho.</i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Se você faz<b> terapia </b>e seu terapeuta <i>não aceita </i>o poliamor ou
<i>não quer que você seja</i> poli, <b>troque de psicólogo/psiquiatra</b>. Esse tipo de gente, muitas vezes, simplesmente<b> reproduz o senso comum</b> quanto a esse assunto, por que
o estudo sobre ele é recente. Além disso, <i>o terapeuta não tem que intervir
nesse tipo de coisa</i>. Se ela(e) se mostrar aberta(o) para <b>repensar </b>sua visão
sobre o poliamor, aí pode-se <i>dar uma colher de chá</i>. De qualquer forma, a
<a href="https://www.facebook.com/groups/353952961323044/?fref=ts" target="_blank">Pratique Poliamor RJ </a>tem um membro que tem quem indicar para terapeuta que
conhece do poliamor e o aceita em seus pacientes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.femonite.com/wp-content/uploads/2013/07/oppression.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://www.femonite.com/wp-content/uploads/2013/07/oppression.jpg" height="214" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Aqueles que <b>militam em algum movimento/partido </b>devem ter ainda mais<b> preparo teórico</b>, apontar que exite uma <b>opressão ao poliamor</b> e que muitos argumentos que
eles usam <b>podem estar ligados à polifobia</b>. Mas também não se pode ter a ilusão
de que o teórico ter um papel central no combate à polifobia em movimentos
sociais quer dizer que não se precisa da<b> visão da prática</b><i> </i>– <i>é preciso que as
pessoas vejam o que é o poliamor para você e na sua vida e que você leva isso a
sério</i>. A maioria dos membros de movimentos sociais critica o poliamor com uma
<i>crítica ao individualismo</i> que eles imaginam que exista, que seja uma <i>relação sem
seriedade, sem apoio</i>, etc. <b>É preciso mostrar que não é assim.</b> Se for possível,
formar uma<b> frente com os outros polis e simpatizantes</b>, do movimento, para<i>
intervir conjuntamente</i> nos movimentos sociais é uma ótima opção.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Em termos de <b>relacionamentos</b> que estão começando, se a pessoa for<i> polifóbica</i>, <b>caia fora</b>. <i>Uma pessoa polifóbica dificilmente vai mudar de opinião.</i> Se a pessoa <i>não se demonstra nem um pouco interessada no assunto</i>, <b>não force a barra</b> - <i>e nem se permita ser oprimida(o) de entrar numa relação monogâmica</i>. Existem <i>outras pessoas legais no mundo</i> e você vai encontrar alguma.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://images.sodahead.com/polls/004465743/5519862780_wplogo_xlarge.gif" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://images.sodahead.com/polls/004465743/5519862780_wplogo_xlarge.gif" height="200" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Pense no seguinte: se você for/fosse negro(a) e seu(sua) potencial parceira(o) for racista, essa relação tem como ir pra frente? As pessoas podem fingir que isso não existe, mas é certo que em algum momento a pessoa vai te tratar de maneira inferiorizante, desconfiada, preconceituosa, pela visão opressora que ela tem.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">No caso de nós polis, podemos <i>ser feitos de objetos sexuais</i>, ser tratados com <i>muito mais ciúme e desconfiança</i> e - o que eu acho particularmente ainda pior - <i>ser trocada(o) por alguém monogâmico</i> (mesmo a pessoa <i>amando mais você do que a pessoa monogâmica</i> por quem ela está te trocando... por que ela vai provavelmente colocar a monogamia <i>acima </i>do amor). Isso quer dizer que não se deve tentar se envolver com ninguém que seja monogâmicx? Não. <span style="color: #666666;">Eu, particularmente, prefiro não me envolver com ninguém que não esteja no caminho de se tornar poli, ou pelo menos tentando; mas isso é uma posição minha. </span>Sei de relacionamentos entre polis e monogâmicos que deram certo - mas esses monogâmicos <b>participavam das atividades polis de livre vontade</b>, por exemplo.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Combater a polifobia que se sofre individualmente é sempre
uma<b> combinação de experiência com teoria</b>.<i> As pessoas não vão só se convencer
com a visão de você com seus companheiros, nem vão se convencer só com você
argumentando</i>. <b>Ver e ouvir são fundamentais.</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhk8sYuqgy0x0MUDOUkmV9pRnwFT2RQq5hbS_Dn8AB-fB14FhfOrEDIoDRhwmWavMGQgipI0A5GnV_BPFONP9ybjL3V6j8ohc5Y95PD9x5A3oEulXRjrfq3z7lwXGdVXutPRpCnTcnO3Rg/s1600/Polyamory+awre.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhk8sYuqgy0x0MUDOUkmV9pRnwFT2RQq5hbS_Dn8AB-fB14FhfOrEDIoDRhwmWavMGQgipI0A5GnV_BPFONP9ybjL3V6j8ohc5Y95PD9x5A3oEulXRjrfq3z7lwXGdVXutPRpCnTcnO3Rg/s320/Polyamory+awre.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Quanto às consequências que a polifobia pode ter <b>na sua
subjetividade</b>, é importante entender que <b>não vamos superar a polifobia
individualmente</b>, <b>enfrentá-la sem apoio algum</b>. <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89mile_Durkheim" target="_blank">Durkheim</a> já falava no século XIX
da importância que <i>a<b> </b></i><b>afirmação coletiva </b>tem para as práticas individuais – <i>o olhar
do outro influencia muito em como nos comportamos, mesmo que não queiramos</i>. Por
isso, buscar <b>conhecer outros polis</b> para ter como <b>amigos</b> e <b>confidentes</b> é
importante – mas<i> mais ainda</i> é importante participar de <b>atividades coletivas
sobre poliamor</b>. A Pratique Poliamor RJ tem a preocupação de criar esse tipo de
espaço.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Muitos achariam que está bom por aí, lidar apenas no<i> âmbito
individual</i> com o problema da polifobia, <b>mas isso não é verdade.</b> O movimento
LGBT só conseguiu o apoio e as conquistas que tem hoje (mesmo que ainda
pequenas) <b>por que se organizou coletivamente </b>– <i>e isso influenciou a forma como
a sociedade de conjunto vê os LGBT para melhor.</i> A mesma coisa se aplica aos
polis.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://diariodopoder.com.br/wp-content/uploads/2013/10/jean-parada-gay.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://diariodopoder.com.br/wp-content/uploads/2013/10/jean-parada-gay.jpg" height="280" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Precisamos <b>fortalecer os grupos polis</b> e faze-los<b> ter
visibilidade</b>, alcançando pessoas que ainda não pensaram sobre o assunto ou que
ainda têm certas dúvidas. Atividades como <i>palestras e panfletagens</i> ajudam bastante
nisso; mas, algo que o movimento LGBT e o feminismo fizeram e que é de
fundamental importância para nós, é a<b> integração com outros movimentos</b> –
prestarmos, através de nossos próprios movimentos, <b>apoio a outras causas</b>,
principalmente a de <i>setores oprimidos e explorados</i>: é muito mais complicado
falar mal dos polis ou criar concepções polifóbicas quando você <i>vê que os polis
organizados estão apoiando a sua própria luta</i>. Isso é algo que a Pratique
Poliamor RJ quer fazer em breve, mas não estamos conseguindo por falta de
pessoal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Também é importante que o nosso movimento consiga <b>se
consolidar</b>, com pessoas que <i>frequentam com regularidade</i>, com um <i>grupo de
organizadores democrático</i>,<i> ativo e com uma quantidade boa de membros dedicados</i>.
<b>É preciso que essas organizações tenham reconhecimento.</b> Mas <i>nada disso pode
implicar na associação a empresas privadas, a idolatria a qualquer indivíduo ou
a sujeição a outros grupos, como movimentos, partidos ou mesmo grupos
independentes</i>.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Quanto a esse ultimo aspecto, é importante localizar que <i>não é
que não podemos ter movimentos, partidos ou grupos independentes atuando dentro
dos movimentos polis</i> – muito pelo contrário: <b>isso faz parte da democracia de
qualquer movimento social. </b>A questão é que <b>não podemos sujeitar o movimento
poli a esses grupos</b> – ou seja, virar um braço do movimento LGBT, por exemplo, de um partido
ou de um grupo de independentes privilegiados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://vulgarmorality.files.wordpress.com/2014/12/anti-capitalist-protest.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://vulgarmorality.files.wordpress.com/2014/12/anti-capitalist-protest.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Mas não é possível pensar a superação da polifobia enquanto
fenômeno social e coletivo sem pensar na instituição que a gera – a <b>monogamia</b>.
A monogamia <i>está diretamente ligada</i> à <b>propriedade privada</b> (tanto em termos de
<i>propriedade sobre o parceiro</i> quanto a <i>transmissão de propriedade para os
filhos</i>) e, portanto, ao <b>capitalismo</b>. Isso pode parecer algo muito grande, muito
geral e que não temos a menor chance contra essas coisas, mas não é bem assim.
Primeiro que a monogamia, associada à propriedade privada e ao capitalismo, precisa,
para manter tudo isso a que ela está ligada, <b>ser abolutamente hegemônica</b> – e por
isso as instituições ligadas à manutenção da monogamia <i>serão agentes
conscientes no sentido de espalhar polifobia e tentar nos privar dos nossos
direitos</i>. Como ela sustenta e é sustentada pelo capitalismo e a propriedade
privada, <b>não vamos conseguir derrotar a instituição da monogamia sem derrotar o
capitalismo e a propriedade privada.</b> <b>É preciso uma sociedade colaborativa e não
competitiva, secularista e livre para que o poliamor tenha a liberdade de se desenvolver e ser
admitido por todos.</b> Isso quer dizer que <b>o capitalismo é nosso inimigo</b> e que <b>uma
sociedade superior</b> é mais que desejável – é <b>necessária</b> – por isso <i>devemos nos
aliar a trabalhadores monogâmicos</i> e <i>de vários grupos oprimidos</i> para fazermos,
<i>juntos</i>, frente ao capitalismo. <b>O Capitalismo não serve para o poliamor.</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ser contra a monogamia implica em algum tipo de opressão “reversa”?
isso é uma confusão típica. Na verdade não, por que a monogamia não é a
formação de casais que ficam só um com o outro, mas <b>é a regra que impõe aos
dois que só podem ficar um com o outro</b> – ou seja, <i>ela serve para que, quando
alguém sentir vontade/necessidade de ficar com alguma outra pessoa, isso seja
interditado</i>. Essa regra só se aplica <i>ao outro</i>, pois se você<i> não quer ficar com
mais ninguém é só não ficar</i>,<i> podendo ou não</i> segundo as regras do
relacionamento. Isso não implica que não haverão mais relações monogâmicas se
acabarmos com o capitalismo, só quer dizer que<b> elas se tornarão obsoletas</b> –
portanto, <i>não é questão de proibí-las ou discriminá-las</i>, mas sim de entender
que elas tendem a desaparecer paulatinamente, e isso não implica em nenhuma “opressão reversa”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="http://i0.wp.com/media.tab.co.uk/blogs.dir/50/files/2014/04/polyamory.jpg?resize=540%2C329" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://i0.wp.com/media.tab.co.uk/blogs.dir/50/files/2014/04/polyamory.jpg?resize=540%2C329" height="194" width="320" /></a></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Bom, acho que é isso. Fico no aguardo de dúvidas que o
pessoal possa ainda ter e que queira que eu ajude a esclarecer. Se eu receber
questões que não abordei, faço um adendo a esse texto no blog, ok? Mas fique
tranquilo que sua identidade será preservada!<br />
<br />
Espero ter ajudado! Até Mais!<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Muita Vontade e Sabedoria nas suas Guerras!</span><o:p></o:p></div>
Árion Vampyrhttp://www.blogger.com/profile/15070943590264979888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8030741422243445949.post-56021422663295694352015-06-26T05:56:00.002-07:002015-06-26T05:57:35.101-07:00Crítica ao Livro "Poliamor e Relações Livres: Do Amor À Militância Contra a Monogamia Compulsória"<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://editoramultifoco.com.br/loja/wp-content/uploads/sites/2/2015/05/capa-poliamor-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://editoramultifoco.com.br/loja/wp-content/uploads/sites/2/2015/05/capa-poliamor-2.jpg" height="320" width="207" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 107%;">Recentemente foi lançado o livro
"</span><b style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 107%;">Poliamor e Relações Livres: Do amor à militância contra a Monogamia
compulsória</b><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 107%;">". Ele foi recebido com certa euforia no meio não-monogâmico,
especialmente no meio RLi. Bom, eu o li; e o texto a seguir é a avaliação que
fiz do livro. Espero que a crítica sirva para </span><i style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 107%;">melhorar o trabalho dos que
se dispõem a estudar o assunt</i><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 107%;">o e que sirva para </span><b style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 107%;">desfazer algumas confusões do
público</b><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 107%;">.</span></div>
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"></span></span><br />
<a name='more'></a><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><o:p></o:p></span></span><br /><br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqM4fGSAlKOiR_D5RaiZMccuTt2gmPWj2edNdVyKOyWArudqCT_GYn9dZZujx0Nh6ma44JbCYjQLI4AeVBeGQIgu290f-3ULY3mL_73b-I1XFa6fLqTKPZqNoN_xUrvaFBdtNGSTONd4dX/s1600/Idealismo.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqM4fGSAlKOiR_D5RaiZMccuTt2gmPWj2edNdVyKOyWArudqCT_GYn9dZZujx0Nh6ma44JbCYjQLI4AeVBeGQIgu290f-3ULY3mL_73b-I1XFa6fLqTKPZqNoN_xUrvaFBdtNGSTONd4dX/s1600/Idealismo.jpg" width="255" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O texto começa colocando muito bem
qual será seu <i>erro fundamental</i>: <b>analisar a partir dos discursos e não das
práticas</b>. Como demonstro na minha monografia, <i>é impossível estudar o poliamor
apenas do ponto de vista dos discursos</i>. Além disso, <i>há todo um espectro visível
das Relações Livres que não está presente no discurso oficial</i>. Também é
importante localizar que essa é uma abordagem possível, mas que <i>precisa de um
estudo aprofundado da prática</i> para não cair no <b>idealismo </b>e na <b>credulidade</b>,
tornando-se mero <i>reprodutor de discursos</i> construídos <i>como se fossem expressão
direta da realidade</i>, ou <i>como se não houvesse uma realidade fora do discurso</i>, o
que já está mais que provado que não é verdade.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Por causa desse <i>erro teórico
fundamental</i>, o livro qualifica o poliamor como um <b>movimento</b>, como se esse
<b>fenômeno amplo </b>se resumisse apenas a seu <i>movimento organizado</i> e como se, <i>a partir
do momento em que surge o termo, estaria fundado o movimento</i> - o que é um
tremendo erro. Além de as origens da significação atual do poliamor serem na
década de 1990 (e não de 1980, como afirma o livro), <i>o movimento poliamorista
só foi surgir muito depois</i>.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://jornalocasarao.files.wordpress.com/2013/06/relacc2a6c2baoc2a6c3a2es-livres-2726.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: justify;"><img border="0" height="320" src="https://jornalocasarao.files.wordpress.com/2013/06/relacc2a6c2baoc2a6c3a2es-livres-2726.jpg" width="251" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Como demonstro na minha monografia, <b>o termo foi
cunhado para dar nome a práticas que pré-existiam a ele e sobre as quais não se
havia um discurso</b>, ou seja, <i>havia uma prática mais ampla que a terminologia do
poliamor</i>. Se basear, portanto, na <b>terminologia</b> ou nos <b>discursos </b>é <i>reduzir o
poliamor de maneira brutal</i>. Isso gera erros fortes, como tratar a <b>compersão</b>
como uma <i>invenção </i>dos poliamoristas e não mais uma <b>categoria criada para
nominar uma experiência concreta</b>. Ao mesmo tempo, faz com que o foco do discurso poli na afetividade - consequência de não haver nenhuma outra forma de não-monogamia
que dê conta disso - pareça que a <i>prática poliamorista </i>seja focada no <i>afeto múltiplo</i>, <i>o
que não é verdade para todos</i>. <span style="color: #666666;">Isso vai servir à frente para justificar críticas
improcedentes ao Poliamor, como o tratamento da polifidelidade como se fosse a
totalidade do Poliamor.</span><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Mas nem precisamos chegar a isso tudo,
por que o livro possui o poliamor praticamente apenas no nome. <b>Ele se restringe
a falar centralmente do RLi e a partir do discurso de alguns RLis.</b> <i>O nome
"poliamor" na capa é apenas um atrativo para os desavisados.</i><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="color: #666666;">Pretendo, nessa crítica, não entrar em
todos os aspectos problemáticos, como a redução da colonização do século XVIII
a uma biopolítica e à normalização, conceitos que nem ao menos são
explicados... Meu foco aqui é o Poliamor.</span><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">É interessante como o estudo tem bases
teóricas tão contraditórias e até questionáveis... Engels é citado, na sua obra
mais criticada nas ciências sociais, ao lado de uma versão ultra idealista da
visão foucaultiana. Um verdadeiro Frankenstein teórico.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Um conceito problemático é o de <b>Estado</b>
incluindo <i>família, igreja, escola e medicina</i>. Essa visão trata como se fossem
parte de uma mesma instituição um governo de uma cidade e a atuação de médicos
privados ou mesmo de pais sobre os filhos. Isso é coerente com a leitura
foucaultiana, mas é uma das partes piores de se apropriar.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/1d/Polyamory_pride_in_San_Francisco_2004.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="222" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/1d/Polyamory_pride_in_San_Francisco_2004.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A visão também que <i>qualquer exigência
ao Estado</i> é uma forma de <b>sujeição</b> é extremamente problemática e sustenta uma
posição <b>dicotômica </b>que chega a ser pueril: ou não se exige e se "rebela" ou se exige e se "sujeita". <span style="color: #666666;">Infelizmente, para muitos, isso é
uma visão básica.</span> Ainda mais com essa expansão do Estado para tantas áreas,
<b>exigir delas reconhecimento é impôr ao "Estado" a nossa existência</b>,
com todas as <i>contradições que isso impõe à mononormatividade</i>. Mas como ela não
trabalha nem com "<b>mononormatividade</b>", nem com "<b>polifobia</b>",
fica invisível para ela a necessidade da busca por <b>reconhecimento </b>e <b>direitos</b>.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Em determinado momento a autora comete
o terrível erro de tratar de <b>polyfamilies</b> como se fosse um termo exclusivamente
utilizado para famílias com <b>polifidelidade</b>. Isso cumpre um <b>triplo papel negativo:</b></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">primeiro, de <i>confundir quem tem contato com o termo</i>; segundo, por insistir na
<i>definição de família</i> (pelo menos no campo da família por associação) como um
<b>núcleo exclusivista</b> (que ela apenas expandiu para mais de uma pessoa); e, terceiro, por <i>passar a impressão de que polifidelidade e Poliamor são sinônimos</i>,
o que é <b>absolutamente incorreto</b> (ao contrário, os estudos sobre Poliamor no
Brasil apontam a escassez de polifiéis e mesmo a rejeição da polifidelidade
pela maioria dos poliamoristas).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.voxobjetiva.com.br/arquivos/00001444.gif" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: justify;"><img border="0" src="http://www.voxobjetiva.com.br/arquivos/00001444.gif" height="277" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A concepção de heteronormatividade
para tratar da questão da não-monogamia é também uma opção problemática. Ou o
<b>Poliamor</b> é uma<b> orientação sexual </b>(<i>mas aí como ser poli e hetero como muitos
somos?</i>) ou a <b>normatividade</b> que diz respeito à <b>Monogamia</b> é algo que deve ser
<i>entendido particularmente</i>. Não se pode tratar também como se a Monogamia não
fosse um <b>fato social próprio</b>, com suas características próprias... Afinal,
<i>sociedades polígamas são igualmente heteronormativas, mas não são monogâmicas.</i>
É um fato premente que a <i>heteronormatividade não é necessariamente monogâmica</i> e
tratá-la assim é capitular ao <b>etnocentrismo</b>, a visão de como se nosso povo
fosse o ponto de vista do "universal".</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Chamar também o preconceito de
um casal swinger com um casal RLi de heteronormatividade é tremendamente
confuso - <i>um casal swinger pode não ser hetero e sua discriminação nada tinha a
ver com heterossexualidade e vidas LGBT</i>. Afinal, <b>os swingers não são
monogâmicos</b>, pelo simples fato de que a Monogamia é uma relação de
exclusividade afetiva e sexual a dois - e o swing não tem exclusividade sexual.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i>Esconder</i> o poder da <b>ideologia
monogâmica</b> e da <b>instituição monogâmica</b><i> tira o papel real que tem a ruptura com
ela</i> - <b>é preciso falar de mononormatividade e<a href="http://cria-indesejada.blogspot.com.br/2015/05/o-que-e-polifobia-parte-2.html" target="_blank"> polifobia</a></b>. O casal não-monogâmico,
swinger, pode ser<i> polifóbico</i> com quem rompe a barreira da exclusividade
afetiva, <i>que é o grande ponto de ruptura contemporâneo que o Poliamor
representa</i>. Mais que sexo,<b> rompemos com a exclusividade afetiva a dois</b> - e isso
que é verdadeiramente ameaçador para o status quo, pois é monogâmico.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.blckdmnds.com/wp-content/uploads/2013/05/philo3.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.blckdmnds.com/wp-content/uploads/2013/05/philo3.jpg" height="320" width="222" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">É também incômoda a forma idealizada
com que se fala da <b>teoria queer</b> e mesmo que se a tenha como verdade. Ela surge
criticando que se ponha <i>algo como verdade</i> e que se tenha <b>categorias coletivas</b>, além de <b>Identidades</b>, fazendo com que a Luta seja no micropoder, nas
"dobras" do poder<span style="color: #666666;"> (não lembra power rangers?)</span>, rejeitando o
<b>reconhecimento social</b> e a <b>luta por direitos</b> como um centro de atuação. Ou seja,
na realidade, é uma <i>teoria esquizofrênica e desmobilizadora</i>, retira dos
oprimidos o <i>compromisso da luta contra suas opressões </i>pois não se identificam
nas categorias que objetivamente existem na sociedade ou que devem existir para
dar forma à luta. <b>É uma ideologia da derrota e da completa ausência de
auto-conhecimento e mútuo reconhecimento.</b><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Um erro também premente no discurso da
autora é a ideia de que a <i>não-monogamia se encontra espalhada pela sociedade</i>,
rejeitando o termo "oculta" para caracterizar as práticas
não-monogâmicas. Ora, <b>mas isso é um completo absurdo</b>. É evidente para qualquer
um com alguma experiência no Poliamor que <b>a maioria das relações são feitas às
escondidas</b><i> de parentes, amigos e colegas de trabalho</i>, principalmente por causa
do <b>preconceito</b> que se sofre. É também evidente em todas as nossas elaborações
que <i>a maioria das pessoas identifica monogamia e relacionamento como sinônimos</i>,
não chegando ao menos a<i> conceber a possibilidade de uma relação não-monogâmica</i>.
Mas essa classificação absurda vem do engano ingênuo de <b>confundir Monogamia com
fidelidade</b>, tratando a <b>traição como não-monogamia</b> (<i>o que é contraditório com tratar
swing como Monogamia</i>).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i>Uma das coisas mais incômodas do livro
é a colocação da polifidelidade como parte intrínseca do Poliamor</i>. Não fica
claro se ela quer dizer que toda relação de Poliamor é de polifidelidade, mas
isso é uma interpretação possível. Além disso, é possível interpretar que o
Poliamor tem ênfase na polifidelidade. <b>Ambas as interpretações são falsas</b>,
ainda mais quando se fala de Brasil. O casamento múltiplo é colocado como algo
central, mas <i>também é uma polêmica</i> no meio poli. Fica a dúvida: <i>de onde ela
tirou isso?</i><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://i2.cdn.turner.com/cnnnext/dam/assets/131011152900-polyamory-01-horizontal-large-gallery.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://i2.cdn.turner.com/cnnnext/dam/assets/131011152900-polyamory-01-horizontal-large-gallery.jpg" height="180" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A colocação do RLi e do Poliamor como
dois <b>movimentos</b> é <b>o erro principal do livro</b>, pois coloca coisas que são
especificidades das Relações Livres como se fossem diferenças quanto ao
Poliamor, que seria um movimento diferente, o que é completamente falso.
Perceptivelmente a autora não se propôs a entender os conceitos de maneira
crítica, mas apenas repetindo um discurso que ela não demonstra da onde tirou -
a não ser na parte metodológica, em que ela esclarece que tirou suas conclusões
da análise (que ela diz que é crítica, mas que é acrítica) do grupo sulista do
RLi. Agora se questiona, <b>como ela pretende falar do Poliamor se não participou
de nenhum grupo que se identifica como poli?</b> Ela simplesmente reproduz o
<b>estereótipo</b> que um setor RLi inventou sobre o Poliamor, o que faz da obra algo que é
mais uma <b>propaganda RLi</b> do que uma verdadeira <b>análise científica</b>. Na
argumentação de Bourdieu, <i>ela acaba se tornando um instrumento do que pretende
estudar</i>. Ela chega a chamar <a href="http://www.imdb.com/title/tt0127296/" target="_blank">Splendor</a>, um filme claramente poliamorista, de um
filme RLi.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.colegioweb.com.br/wp-content/uploads/2014/08/Frustra%C3%A7%C3%A3o.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://www.colegioweb.com.br/wp-content/uploads/2014/08/Frustra%C3%A7%C3%A3o.jpg" height="213" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O livro acaba de maneira frustrante.
Não traz nada de profundo sobre o RLi ou o Poliamor, apenas umas pequenas
localizações pós-modernas que vêm de uma avaliação superficial do tema.
<i>Infelizmente ela não responde aos questionamentos da maioria dos leitores que
procurariam esse livro</i>, apenas pincela por alto as questões envolvendo o tema,
mas deixa no ar; <span style="color: #666666;">ou talvez acredite que respondeu com um entrançado palavreado
acadêmico e pós-moderno, que, de fato, não dizem nada mais do que já foi dito
antes.</span><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Mas não posso deixar de louvar o fato
de que a autora se dedica a <b>descaracterizar a visão evolucionista do
comportamento humano</b>, visão esta que <i>ignora contextos históricos e políticos</i> para
simplesmente <i>impôr uma falsificação histórica</i>, como se tudo fosse um caminho linear
de desenvolvimento. <b>Colocar o contexto histórico e social, bem como suas
tensões, como elemento central do comportamento humano é alvo valiosíssimo.</b></span><span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
Árion Vampyrhttp://www.blogger.com/profile/15070943590264979888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8030741422243445949.post-76165279844921883442015-05-20T06:47:00.000-07:002015-05-20T06:47:14.449-07:00O Que é Polifobia? (Parte 2)<!--[if gte mso 9]><xml>
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<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyo8po-DeX5yzBjEQ3biu8BE_u1jTaak41SebKzGMWnf0GCc23VVoptdK1a5fyfRR44yEgEGluFeP7rx2486Ns1r6-p8Jri9kiul8B1Xj1wKK_gfvjq8gJxbJOSEpSPaGnZ97Q27gZjLg/s1600/preconceito.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyo8po-DeX5yzBjEQ3biu8BE_u1jTaak41SebKzGMWnf0GCc23VVoptdK1a5fyfRR44yEgEGluFeP7rx2486Ns1r6-p8Jri9kiul8B1Xj1wKK_gfvjq8gJxbJOSEpSPaGnZ97Q27gZjLg/s320/preconceito.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Muita gente poli reclama do <b>preconceito</b>, mas nem sempre tem
noção clara <i>do quão abrangente</i> a opressão que sofremos pode ser. Esse texto é
uma continuação deste<a href="http://cria-indesejada.blogspot.com.br/2015/05/o-que-e-polifobia-parte-1.html" target="_blank"> aqui</a><span style="color: #999999;"> (ele é apropriado para você que tem dúvida sobre
se a polifobia é mesmo uma opressão ou não)</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Neste texto, vou me ater às <i>características mais comuns</i> de
se ver da polifobia (o que, com frequência, envolverá <i>outras formas de opressão</i>
com as quais estou familiarizado). Claro que esse <b>não é e nem pretende ser um
texto final </b>sobre o assunto, mas, mais uma<b> base</b> para estudos futuros.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<a name='more'></a><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Vale localizar aqui que o fato de que a polifobia se combina
com outras formas de opressão de maneira nenhuma reduz seu "status"
como opressão: <i>toda opressão se combina com outras</i>. A mulher negra sofre uma
combinação de machismo com racismo e isso não diminui a importância de se
entender o racismo nem o machismo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />************ Parte Mais Teórica e Abstrata (se não se interessar, pode pular)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Bom, eu diria que as opressões se dividem em dois grupos: as<b>
estruturantes</b> e as <b>desviantes</b>. <span style="color: #999999;">Essa classificação é minha, que fique claro, mas
a acho útil para se elaborar sobre o tema.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">As <b>opressões estruturantes</b> (<i>não confundir com estruturais</i>,
pois<i> toda opressão é estrutural</i>) são aquelas em que o indivíduo é enquadrado,
de nascença, num grupo social por alguma característica natural, biológica, que
determina que ele deve ter uma formação específica e um lugar específico na
sociedade. Nesse perfil se enquadram o machismo e o racismo, por exemplo. É
claro que, caso o indivíduo desvie de seu papel social, ele sofrerá
preconceitos específicos - mas a questão é que, <i>se ele não se desencaixar, vai
sofrer do mesmo jeito,</i> por que o grupo social do qual ele faz parte (mulher,
negro, etc) é desprivilegiado.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">As<b> opressões desviantes</b> são aquelas em que o grupo social ao
qual a pessoa pertença (seja de natureza biológica ou socio-comportamental)
<i>desvia da norma</i> esperada para o grupo social que aquela pessoa deveria
pertencer, a enquadrando num grupo que, segundo a ordem social, <i>não deveria
existir</i>. Esse é o caso de polis e LGBT. Para a sociedade, nós não deveríamos
existir, pois somos a negação de estruturas fundamentais da sociedade (o papel
do homem e da mulher no caso dos LGBT, e a <i>monogamia</i> no caso dos polis).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">**************************** </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Entendido isso, perguntamos, como é a polifobia?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Primeiro, Partamos do básico: segundo a sociedade, nós não
só <i>não deveríamos existir</i>, como, para muitos,<i> não existimos.</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Por isso, muitas vezes, nossa <b>orientação ou opção poli</b> é
tratada como "<i>uma fase</i>", " <i>coisa de jovem</i>" ou algo que
praticamos por que "<i>não encontramos o amor verdadeiro</i>" ou " <i>não
amamos de verdade</i>". Às vezes, a existência de <i>ciúmes</i> da nossa parte é
tratada como se fosse uma evidência de que não somos polis "de
verdade" e que, como "todo mundo que ama sente ciúme",
estaríamos nos enganado vivendo dessa maneira, e agredindo nossa mais profunda
natureza (que, segundo essas pessoas e a sociedade de conjunto, é a
"natureza humana", a monogamia).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><a href="http://i.livescience.com/images/i/000/050/020/i02/married-art.jpg?1346970161" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://i.livescience.com/images/i/000/050/020/i02/married-art.jpg?1346970161" height="213" width="320" /></a></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><i>Mas isso é um passo à frente.</i> Existem pessoas que <i>negam que
ao menos estejamos de fato praticando poliamor</i>; afirmam que estamos apenas
usando um "termo bonito" para esconder que na verdade <i>não queríamos
"nada sério"</i>, estamos atrás apenas de sexo, "putaria", etc.
Essas pessoas<b> negam a realidade</b>, <b>fogem de admitir</b> o fato de que nos envolvemos
afetivamente com nossxs parceirxs. Para elas é <b>inconcebível </b>uma relação real
que não seja monogâmica. Para essas pessoas <b>relacionamento e monogamia são
sinônimos</b> (ou, pelo menos, os<i> relacionamentos sérios</i>). E, de fato, <i>a sociedade
de conjunto trata monogamia e relacionamento como sinônimos.</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Em quase todos os <b>filmes e produtos midiáticos</b> em geral,
relacionamento e monogamia são <i>dois nomes da mesma coisa</i>. Poucos são os que
admitem a possibilidade real de se <i>apaixonar por duas pessoas</i> ao mesmo tempo -
e, mesmo nesses produtos, geralmente há uma <b>escolha </b>por um dos dois parceiros
românticos possíveis, mesmo que no meio do caminho haja envolvimento com os
dois ao mesmo tempo (o que é sempre visto como uma<i> traição</i>, uma<i> transgressão</i>,
algo<i> ruim</i>, <i>pecaminoso</i>, que tem que ser resolvido, mesmo que ninguém tenha em
momento algum dito que as relações eram monogâmicas. <i>Parte-se do pressuposto de
que relação é igual a monogamia</i>). <b>O final feliz é sempre a dois. O final triste
é sempre a um.</b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"></span><a href="http://masticenter.com/wp-content/uploads/2015/01/The-Twilight-Saga-Eclips-Trailer-Hd-Wallpapers-2015.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://masticenter.com/wp-content/uploads/2015/01/The-Twilight-Saga-Eclips-Trailer-Hd-Wallpapers-2015.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Por causa disso, também, muitas pessoas associam poliamor (e
não-monogamia, em geral) a<b> traição</b>. Se achar que poliamor não existe já é ver
como uma coisa "menor", "sem valor"; essa postura é, no
entanto, <i>ainda mais agressiva</i>. Trata-se como se fosse uma<i> desonestidade</i> dx poli
viver uma relação assim. Meu caso explicita bem isso: inconformada com o fato
de eu estar duas mulheres no mesmo ambiente, minha mãe se aproveitou da minha
ausência para dizer a elas que elas "não precisavam passar por isso",
como se fosse alguma forma de<i> humilhação</i>, como se eu as estivesse traindo
"na cara delas". Ou seja, minha mãe <i>partiu para uma ação concreta </i>que
buscava<i> desmoralizar a mim</i> e <i>sabotar meus relacionamentos</i>. Para minha sorte,
nenhuma delas tinha dúvidas ou estava " experimentando" - eram ambas
polis convictas. Mas esse caso é sintomático de como essa associação pode levar
à ação concreta das pessoas ao nosso redor em sabotar nossas relações.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Sem contar, é claro, quando estamos mal com alguma coisa da
nossa relação (principalmente quando é ciúme) <i>e as pessoas vêm logo dizer que o
poliamor é o problema</i> e que "na verdade" <i>deveríamos abandonar esse
negócio de poliamor e viver uma relação fechada tradicional</i>. O quanto temos
certeza de que queremos o poliamor não importa, pois poliamor não seria uma
<i>relação de verdade</i>. <b>Isso dificulta para que possamos conseguir apoio,
compreensão e respeito para nossos problemas.</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Toda forma de dizer que poliamor é outra coisa que não
poliamor chamo de<b> apagamento polifóbico</b>.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">É perceptível, com isso, que a mono normatividade nos
pressiona o tempo todo a nos negarmos e aceitarmos estar em uma relação
monogâmica, por mais que nos sintamos nos negando fazendo isso. Isso afeta não
só o tipo de relação que escolhemos, mas o quanto de ciúmes sentimos, já que
essa pressão reforça toda a criação que tivemos que associa relacionamento como
monogamia.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjm4pQjSh8YFUAeCH1h8zDQ66OfU04x5tSBP3o8Q5L1eO7usrHvnxSGrWW8sAFdd7loZpCzbyQDGvUBj3gvxC-tENIIggGaQ40n5vtD7lY4zkG_LJ_YOfR4oa-JBKBoNbrgquaB0Okwsss/s1600/ciumes_0.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjm4pQjSh8YFUAeCH1h8zDQ66OfU04x5tSBP3o8Q5L1eO7usrHvnxSGrWW8sAFdd7loZpCzbyQDGvUBj3gvxC-tENIIggGaQ40n5vtD7lY4zkG_LJ_YOfR4oa-JBKBoNbrgquaB0Okwsss/s1600/ciumes_0.jpg" height="244" width="320" /></a></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Ah, e é claro, <i>somos educados desde pequenos a ter ciúmes, a
achar que temos que disputar nossos amores com as outras pessoas, que o afeto
de outras pessoas é prejudicial para nosso relacionamento, que o amor vem em
quantidade limitada, que não-monogamia uma coisa feia e errada, que ela é
traição e que, portanto, sempre que nossos parceiros estão com alguém estamos
sendo "traídos"</i>, colocando uma <b>carga inconsciente negativa</b> no
poliamor mesmo que o termo nunca seja denominado.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">X poliamorista é vistx como <b>promíscux</b>, como um <b>predador
sexual</b>, como alguém que quer <i>o completo bunda-lelê</i> e<i> não quer nada sério</i>. Isso
nos ataca por dois lados: de um, somos tratados como se estivéssemos sempre
"<b>na prateleira</b>", alguém para se transar e manter algum afeto... <i>Até
que chegue uma relação fechada na vida do monogâmico</i> e sejamos guardados,
esquecidos até que a relação acabe e a pessoa venha nos procurar. Isso causa um<i>
mal estar</i>, uma<i> baixa na auto estima</i>, um <i>sentimento de rejeição</i>, muito
grandes... Na prática, somos tratados como <b>objetos sexuais</b> <i>à disposição para
quando não houver uma relação monogâmica</i> - essa sim "séria", com
"compromisso". Por essa visão, também, é comum que monos que se
relacionam com polis nos tratem como <b>um relacionamento menos relevante</b>, que
funciona <i>até que alguém outro proponha uma relação "de verdade" -
monogâmica</i>. Aí, mesmo que tenhamos nos envolvido profundamente, <b>somos trocados</b>
por uma pessoa nova, com menos envolvimento,<i> só por que a relação com aquela
pessoa seria monogâmica </i>- e conosco não.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><a href="http://www.donagiraffa.com/wp-content/uploads/2012/08/Qual-melhor-programa-para-fazer-ap%C3%B3s-uma-trai%C3%A7%C3%A3o.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://www.donagiraffa.com/wp-content/uploads/2012/08/Qual-melhor-programa-para-fazer-ap%C3%B3s-uma-trai%C3%A7%C3%A3o.jpg" height="233" width="320" /></a></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Por outro lado, também somos vistos como <b>ameaças potenciais</b>
a qualquer relacionamento (especialmente mulheres) monogâmico ao nosso redor,
como se fôssemos predadores sexuais<i> só esperando para dar o bote, criando
situações, dando em cima, dando mole, etc</i>. É uma clara associação com a ideia
de <b>traição</b>,<i> como se todo relacionamento não monogâmico fosse, de fundo, traição</i>
- logo, por sermos polis, somos potenciais fura-olho... Ou, em alguns casos,
possíveis<i> amantes</i>! Para alguns, justamente por não querermos a monogamia, não
queremos um relacionamento "de verdade" e, por isso, somos bons
"amantes", pois, conosco,<i> não é preciso ter qualquer compromisso ou
cuidado.</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Chamo esse <i>esvaziamento do poliamor</i>, nos tratando como <i>seres
meramente sexuais</i>, <i>sem seriedade afetiva</i>, e que se pode " <i>botar na
prateleira</i>", <i>descartáveis</i>, quase <i>sem subjetividade afetiva</i>, de
<b>hipersexualização do poliamor</b> (algo que também acontece muito com LGBTs, negros
e as mulheres que não se enquadram no perfil "pra casar").</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Mas isso é apenas parte do que se passa no campo das
relações amorosas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">No <b>campo profissional</b>, somos mais vítimas de <i>assédio sexual</i>
(mulheres, principalmente, por motivos óbvios, ainda mais se forem bis), somos
tratados como pessoas<i> menos sérias e responsáveis</i> e, por isso, é provável que
<i>não sejamos contratados</i> para diversas empresas e cargos, e que não nos sejam
oferecidos projetos considerados mais sérios.<b> Há casos também de pessoas polis
que foram demitidas quando seus chefes descobriram.</b> Além disso, muitas vezes a
hipersexualização no local de trabalho gera uma <i>fuga dos outros trabalhadores
de nós, com medo de que demos em cima deles,</i> especialmente se formos homens
heteros quanto a mulheres.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">A hipersexualização é obviamente <i>muito mais forte quando
combinada com outras opressões</i>, como o racismo e a LGBTfobia, por exemplo. Um
homem negro ou mulher negra (essa mais que aquele) que seja poli vai ser vistx
de maneira hiper sexualizada ainda mais que um homem ou mulher brancxs,
aumentando as chances de abuso emocional e de assédio sexual.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><a href="http://imguol.com/c/noticias/2015/04/01/antes-do-casamento-gay-ser-reconhecido-pelos-tribunais-a-tabelia-fernanda-de-freitas-leitao-ja-oficiava-desde-meados-de-2000-unioes-estaveis-entre-casais-do-mesmo-sexo-agora-torce-para-poder-realizar-1427908408338_615x300.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://imguol.com/c/noticias/2015/04/01/antes-do-casamento-gay-ser-reconhecido-pelos-tribunais-a-tabelia-fernanda-de-freitas-leitao-ja-oficiava-desde-meados-de-2000-unioes-estaveis-entre-casais-do-mesmo-sexo-agora-torce-para-poder-realizar-1427908408338_615x300.jpg" height="156" width="320" /></a></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><i>Em termos de direitos trabalhistas e sociais é que a coisa
fica ainda mais séria</i>. Polis só podem oferecer seus <b>direitos de casamento ou
união estável</b> a<i> uma única pessoa</i> das quais se envolve. Logo, <i>uma grande
quantidade de polis fica descoberto</i> em caso de morte de uma parceirx, no caso
de nascimento de uma criança, no caso de separação... E os filhos de um trial
só poderão herdar algo de um dos pais/mães... Ainda somos discriminados para<i>
adoção de crianças</i> e <i>doação de sangue</i>, também, por exemplo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Em diversos ambientes somos forçados a <b>esconder nossa
Identidade</b>, como na<b> família</b> e em <b>escolas</b>.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><a href="http://www.theblaze.com/wp-content/uploads/2013/03/b7d8a33eeb8c839372f2effe90d779d6.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://www.theblaze.com/wp-content/uploads/2013/03/b7d8a33eeb8c839372f2effe90d779d6.jpg" height="179" width="320" /></a></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">É visto com <i>tremenda inaceitação </i>irem duas pessoas no dia
dos pais ou das mães das <b>escolas</b> (ou irem três ou mais pessoas para uma reunião
de pais), professores polis são considerados "<i>maus exemplos</i>", e toda
escola ensina a <b>família monogâmica</b> como <i>natural</i>. <i>Não há qualquer preocupação
com evitar o bullying que uma criança de família poli pode sofrer na escola
caso a identidade de seus pais seja exposta.</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Na<b> família</b> a coisa é ainda <i>mais grave</i>. A maioria esmagadora
dos polis <i>não pode levar mais de umx parceirx para reuniões de família</i>, apresentá-los às famílias (ainda que sejam em situações diferentes), ou <i>levá-los para casa</i> quando não moram sós.
Muitas pessoas<b> perdem a guarda de filhos</b> (<i>com apoio dos próprios familiares</i>)
por serem polis (tratados como "<i> instáveis</i>", "<i>imaturos</i>",
"<i> imorais</i>", "<i>irresponsáveis</i>"). Algumas pessoas <i>perdem o
contato com a família</i> ao saírem do armário, muitos sofrem <b>violência física,
psicológica e até sexual</b> (especialmente mulheres) por causa disso. Muitos pais
se utilizam de seu <b>poder financeiro </b>sobre os filhos mais jovens ou em
dificuldades para<i> combater sua orientação poli.</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><a href="https://thetriadnextdoor.files.wordpress.com/2014/09/6.jpg?w=300" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://thetriadnextdoor.files.wordpress.com/2014/09/6.jpg?w=300" /></a></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Aliás, o caso da violência sexual é emblemático. Se
mulheres, em geral, são vistas como causadoras dos estupros que sofrem por
causa de roupas ou atitudes, a mulher poli não precisa de nenhuma
justificativa: o estupro é justificado por que, na cabeça deles, ela " <i>dá
para qualquer um</i>" ou "<i>fica dando mole</i>". Até mesmo a não-consensualidade do ato é posta em questão sob o argumento de que ela é
<b>poli</b>. Claro que o drama do estupro e todos esses elementos acontecem com
mulheres monogâmicas, mas no caso das polis isso é mais acentuado.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b>Para moradores de favelas a polifobia é ainda mais acentuada
por causa da intensa vigilância social e o convívio espacial apertado.</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b>
</b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b>Todas as religiões monoteístas são contra o poliamor</b> e
muitos membros de religiões pagãs e afro, <i>mesmo não tendo nenhum dogma referente
a uma monogamia ou poligamia masculina</i>, expressam polifobia na forma de "<i>
mensagens do além</i>", que reproduzem todo o discurso polifóbico e muitas
vezes tentam trazer o poli de volta à monogamia - o que é especialmente danoso
para aquele que crê nessas "mensagens".</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Além disso tudo, algumas ofenças específicas de gênero
ocorrem de maneira alastrada. O homem tem a vantagem de poder ser visto, num
primeiro momento, como<b> polígamo</b> e não como <b>poliamorista</b>, o que pode lhe
conceder o status de " pegador" (um privilégio que homens homo ou trans não
possuem, por exemplo). Mas isso cai por terra quando é sua parceira (ou
parceiro) quem está se relacionando com outro homem - <i>ele cai do status de
"pegador" para </i>"<b>corno</b>", " corno manso", que é
algo extremamente <b>desmoralizante</b> para um homem. No caso das mulheres é <i>ainda
pior</i>, pois são taxadas de "<i>putas</i>", " <i>fáceis</i>", logo de
primeira. Quando são bis, <i>são vistas como um menage ambulante</i>, às vezes até por
<i>homens poli reproduzindo essa combinação de polifobia com machismo</i>.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><a href="http://noticiasdonorte.publ.cv/wp-content/uploads/2014/05/Menage-A-Trois.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://noticiasdonorte.publ.cv/wp-content/uploads/2014/05/Menage-A-Trois.jpg" height="219" width="320" /></a></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b>Mesmo no meio não-monogâmico estamos sujeitos a sofrer
polifobia</b>. É comum que pessoas que vivem relacionamentos polis <i>não queiram se
denominar polis</i> (por vários motivos, especialmente por não quererem aceitar o
poliamor como modelo viável de relação), o que é uma forma de reproduzir o
<b>apagamento</b>. Além disso, é comum também que casais swingers e RA usem polis
(especialmente mulheres bis) como um<b> tempero sexual </b>na relação deles, <i>ignorando
totalmente os sentimentos dos polis</i>, incorrendo em<b> hipersexualização</b>.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Existem outras expressões de polifobia que eu posso não ter
lembrado ou sobre as quais posso ainda não ter pensado.<b> Esse não é um texto
final sobre o assunto.</b> Todos devemos pensar sobre isso e elaborar formas de lidar. <b>Se você pensou em alguma coisa ou passou por alguma situação que eu
não tenha citado, por favor, comente o post falando disso, OK? Ou envie um
email para mim com suas observações.</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Se você acha que este texto é exagerado ou que fala de
coisas que não existem ou que são outra coisa e não polifobia, talvez você deva
<b>rever seus conceitos</b> e <b>aceitar a vivência </b>que você <b>não tem</b>.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">No próximo texto tratarei de como a polifobia pode ser
combatida.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Vontade e Sabedoria na Guerra!</span></div>
Árion Vampyrhttp://www.blogger.com/profile/15070943590264979888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8030741422243445949.post-88895383591182308972015-05-16T10:09:00.002-07:002015-05-20T08:30:56.221-07:00O Que é Polifobia? (Parte 1)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">O uso desse termo não é comum no <i>Brasil</i>, infelizmente; especialmente pelo fato de que aqui <i>não há um envolvimento tão grande com o acúmulo do movimento poliamoristas fora do Brasil </i>e não se tem referência na <i>literatura estrangeira</i> sobre o assunto... Em vários sentidos, as pessoas ficam reinventando a roda individualmente por aqui. Pois bem, vim aqui esclarecer esse termo e as opressões em geral.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS;"></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://smartgirls.com.br/wp-content/uploads/2014/07/Poliamor1-580x272.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><img border="0" src="http://smartgirls.com.br/wp-content/uploads/2014/07/Poliamor1-580x272.jpg" height="187" width="400" /></span></a></div>
<div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br /></span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><b></b></span><br />
<a name='more'></a><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><b> </b></span><br />
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><b>Opressões</b> são <b>sistemas sociais</b> que estabelecem uma <b>normatividade</b> que <b>garante uma instituição social,</b> e um (ou mais) <i>preconceito(s)</i> que afasta as pessoas que se chocam com essa instituição de maneira natural (por construção subjetiva e talz) e que cria <i>estereótipos e reações</i> (físicas, ideológicas e psicológicas) que <b>reprimem</b> o grupo oprimido. Esse grupo oprimido pode ser <b>parte da estrutura</b> (como a mulher e o negro) <b>ou</b> ser um <b>dissidente da norma</b> (como as religiões afro brasileiras, os LGBT e os polis). No primeiro caso é normal que se entenda que o grupo oprimido <b>existe</b> e <i>tem um papel menor na sociedade</i>; no segundo, é normal que a opressão diga que eles não existem ou <b>não deveriam existir</b>, ou que são uma<b> mentira inventada</b> para esconder algo maligno (como o "<i>satanismo</i>" e a <i>promiscuidade</i>)</span><br />
<div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.leticialanz.org/wrdp/wp-content/uploads/2013/06/img_opressao.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.leticialanz.org/wrdp/wp-content/uploads/2013/06/img_opressao.jpg" height="312" width="320" /></a></div>
<div>
<br />
</div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Essa opressão obviamente <i>pode assumir várias formas</i>. Mas, para saber identificar uma opressão é preciso que hajam certas <b>características fundamentais em comum</b>, que se repetem. Para elucidar, vou usar o caso da opressão à mulher.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS;"></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS;">----------------------------------------------</span><br />
<div>
<br /></div>
<a href="http://www.discutindoarelacao.com.br/wp-content/uploads/2011/07/machismo-feminismo.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.discutindoarelacao.com.br/wp-content/uploads/2011/07/machismo-feminismo.jpg" /></a><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><b>Desvantagem material:</b></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">o grupo oprimido costuma receber <b>menores salários</b> e/ou estar submetido a <b>piores condições de trabalho</b>, e/ou estar <b>mais suscetível a ser demitido</b> ou não ser contratado pelo simples fato de ser parte daquele grupo oprimido.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">No caso das mulheres, elas <i>recebem menos que homens pelos mesmos trabalhos</i>, muitas vezes <i>possuem piores condições de trabalho</i> (a depender da função que executam) e são <i>mais facilmente demitidas</i>, além de simplesmente serem <i>obstruídas no acesso a certos tipos de trabalho</i>, especialmente os de <i>chefia</i>. <b>Obviamente, nos casos em que é possível esconder sua condição de oprimido, é possível se esgueirar contra esses fatores.</b></span><br />
<div>
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><b>Vigilância Social:</b></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">a sociedade ao redor do indivíduo presta uma <b>atenção especial</b> às suas atitudes e<b> vigia</b> sua vida em busca de <b>falhas de caráter</b>, de<b> deslocamentos</b> de seus papéis sociais e a constante <b>cobrança</b> quanto à execução desse papel (quando ele existe). Mulheres, <span style="color: #999999;">especialmente em comunidades, pequenas cidades e vizinhanças</span>, sofrem muito quanto a isso, mas não só. A mulher tem que estar<i> sempre bela e arrumada</i>, <i>acompanhada</i>, não pode estar vulgar nem exageradamente pudica, não pode beber com os amigos... O caso de LGBTs é visível, não é? A não ser que se escondam, <i>tudo que fazem é objeto de julgamento.</i></span><br />
<div>
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://k38.kn3.net/taringa/2/3/6/8/2/1/60/manualidadesdani/451.jpg?3562" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://k38.kn3.net/taringa/2/3/6/8/2/1/60/manualidadesdani/451.jpg?3562" height="214" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><b>Violência física e psicológica:</b></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">na convivência comum do grupo oprimido com outros indivíduos (oprimidos ou não) a presença de <b>imposição de relações de poder e inferiorização</b>, <b>abuso dos limites físicos e morais</b> dos indivíduos são comuns. No caso das mulheres, a cultura do estupro e a <i>violência doméstica</i> são os melhores exemplos.</span><br />
<div>
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><b>Invisibilidade:</b></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">a <b>história </b>e as <b>situações cotidianas</b> são contadas do <b>ponto de vista do opressor</b> e não do oprimido. Por isso <i>a história é contada do ponto de vista do homem branco europeu, dos grandes magnatas</i> e, do ponto de vista das <i>relações pessoais</i>, o <i>discurso feminino é inferiorizado</i> pela ideia de que são "<i>histéricas",</i> <i>" infantis",</i> influenciadas pelo tesão que têm nos homens... E, portanto, suas visões são <i>"menos importantes</i>" que as de um homem.</span><br />
<div>
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><b>Creio que se poderia evidenciar outros aspectos que dêem conta de outras partes da realidade que é a opressão. Mas essas são as características mais evidentes e universais que pude identificar.</b></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS;">----------------------------------------------</span><br />
<div>
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://bemboladoblog.files.wordpress.com/2013/10/machismo-no-brasil.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="239" src="https://bemboladoblog.files.wordpress.com/2013/10/machismo-no-brasil.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="color: #999999; font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">É importante localizar que todos esses aspectos só funcionam quando a justificativa para eles é o grupo oprimido do qual a pessoa faz parte (seja através de estereótipos, seja através da proclamação mesma daquele papel social). Não levar em consideração tanto a fala de uma mulher que não tem base racional para o que diz em prol de uma fala masculina com fundamentos racionais numa discussão científica, por exemplo, não é necessariamente machismo - se o crédito se dá aos fatos, não ao gênero, não é opressão.</span><br />
<div>
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><b>Então, vamos ver se essas características gerais se aplicam a uma possível polifobia?</b></span><br />
<div>
<span style="font-family: Trebuchet MS;">----------------------------------------------</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.paraiba.com.br/static/images/noticias/normal/1345828674770-casamento-poligamico.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://www.paraiba.com.br/static/images/noticias/normal/1345828674770-casamento-poligamico.jpg" height="221" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><b>Desvantagem material:</b></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">se um grupo poli se relaciona, ele não tem <b>nenhum amparo legal</b> para<i> licença paternidade </i>(se forem dois homens) ou <i>maternidade</i> (se forem duas mulheres), ou <i>pensão múltipla</i>, por exemplo. Além disso, há mais de um caso de pessoas que <b>perderam o emprego</b> quando seus chefes descobriram que elas eram polis - <i>homens e mulheres</i>. Polis são vistos como <i>irresponsáveis</i>,<i> indecisos</i>, <i>promíscuos</i> e isso <b>dificulta</b> o acesso a diversos empregos, ou <i>a ascenção a cargos de chefia</i> em empresas (<i>onde o padrão de ser casado ainda é muito importante</i>).</span><br />
<div>
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<a href="http://www.influx.com.br/blog/wp-content/uploads/2011/10/fofoca.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.influx.com.br/blog/wp-content/uploads/2011/10/fofoca.jpg" height="226" width="400" /></a><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><b>Vigilância social:</b></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">muitos polis de ambos os sexos relatam casos de vigilância social à suas identidades polis e <b>muitos tentam evitar de sair do armário por medo da repressão social</b> - tanto homens quanto mulheres. Quando um casal ou grupo é <i>abertamente poli</i>, acontece de <b>pais evitarem que seus filhos interajam com eles,</b> ou de<b> sua afetividade ser reprimida em público</b>.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Nem sempre isso vem na forma de uma porradaria, mas muitas vezes vem o argumento "<i>na frente das crianças?</i>". E isso já aconteceu em meio a vários casais monogâmicos <i>homossexuais</i> frente a um grupo de um homem e duas mulheres numa social entre amigos. Eu era sempre olhado de forma diferente pelos mecânicos da minha rua por andar com mulheres diferentes a cada dia, e, todas as vezes em que saí a três, carros buzinavam e várias pessoas gritavam que queriam "entrar no meio". Vendo outros casos de 3 pessoas que se supôs que estavam juntas, um homem e duas mulheres, eu ouvi comentários repreensivos quanto ao homem (e não quanto às mulheres) e coisas como "porra, ele tah ali com duas e eu to aqui com nenhuma" ou "ele tem que compartilhar essas mulheres aí". Ou seja, o machismo objetificou as mulheres como propriedades do homem e o preconceito com polis direcionou desgosto quanto ao homem por inveja e por estar " possuindo" mais do que deveria. Isso num ambiente teoricamente libertário. Mulheres poli então sofrem ainda mais - pois são automaticamente tratadas como "putas" (olha aí o machismo se misturando com polifobia) e escurraçadas pela família.</span><br />
<div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br /></div>
<a href="https://lureports.files.wordpress.com/2010/10/bullying09.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://lureports.files.wordpress.com/2010/10/bullying09.jpg" /></a><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><b>Violência física e psicológica:</b></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">de fato, o caso de violência física contra grupos poli andando na rua é quase nulo (muito provavelmente por que esses grupos quase não andam juntos na rua e quando o fazem é em ambientes seguros; a sociedade hoje está muito mais tolerante fisicamente em alguns lugares por vitória do movimento LGBT; e muita gente nem sabe que o poliamor existe), mas isso não quer dizer que a violência contra polis individuais por parte da família não exista. O caso da violência é também complicado por que o termo poliamor existe desde 1991, apenas; então, quantos polis existiam na década de 60 e quantos foram espancados, ainda é um mistério. </span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Mas vale localizar que a violência física contra pessoas polis por monogâmicos enciumados existe e deve ser combatida.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">No campo da <b>violência psicológica</b> a coisa vai longe... Basta dizer que <i>a maioria dos poliamoristas têm depressão ou algum conjunto de problemas psicológicos</i>, geralmente causados por <i>baixa auto-estima</i> e <i>problemas com a família</i>. Um dado interessante é que para algumas famílias se dizer poli é mais tranquilo do que LGBT, mas em outras é o contrário.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Além disso, temos a <b>violência institucional</b>, que já <i>tirou guarda de homens e mulheres</i> quanto a crianças usando o argumento de que por serem polis são "imaturos", " indecisos" e "promíscuos". <i>Vários polis se mantém no armário por causa do medo de perderem seus filhos.</i></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Além disso, existe toda a <b>pressão de culpa</b> que é colocada no poli quando ele se relaciona com um monogâmico.</span><br />
<div>
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://i.huffpost.com/gen/1436430/images/o-POLYAMORY-facebook.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://i.huffpost.com/gen/1436430/images/o-POLYAMORY-facebook.jpg" height="160" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><b>Invisibilidade:</b></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">a maioria das pessoas acha que poliamor <b>não existe</b> ou <b>não funciona</b>, que isso é uma fase, que não é amor de verdade, que é <b>por que não encontrou a pessoa certa</b>, etc. Além disso, não existem estudos significativos na academia sobre o tema e raramente se fala dele em artigos sobre novas formas de família e relacionamento. <i>Todo estudo sobre família e relacionamento é baseado no casal monogâmico.</i> Na verdade, <b>a história é contada como se todos fossem monogâmicos</b> e até mesmo aqueles que publicamente não eram são tratados e retratados como se fossem <i>- ou como se tivessem um amor principal</i>. <span style="color: #999999;">Nada se fala sobre a sexualidade dos gregos antigos </span>e não há sequer registro de uniões com mais de uma pessoa na história ocidental.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">No oriente, a poligamia pode tomar conta, mas ela força homens a matarem suas mulheres se elas tiverem outros homens e os força a casar mulheres com quem se relacionem.<b> Lá também não se fala de triais ou outras redes de relacionamento</b>.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><i>É como se o poliamor tivesse passado a existir no mundo a partir de 1991.</i></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Além disso, é comum que pessoas polis sejam <i>desmerecidas</i> em seus conselhos amorosos a outras pessoas ou sejam tratados como os "malucos" do grupo de amigos.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">No caso das mulheres, tudo isso é pior, pois <b>são tratadas como "piranhas", " fáceis", que estão à disposição</b>, especialmente se forem <i>bis </i>ou <i>homossexuais</i> (são vistas como menage ambulante), são tratadas como <b>mulheres de menor valor</b> e que não sabem o que é ter um relacionamento "de verdade" (esse também se aplica a <i>homens</i>). Por mais que mulheres não-polis possam sofrer esse preconceito, ele não é automático com o fato de serem mulheres. Como no caso das mulheres negras (em que machismo e racismo se misturam), a mulher poli é classificada como "puta" assim que sua identidade poli é revelada.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Em ambientes de trabalho, polis podem ser tratados como <b>irresponsáveis</b> que não merecem muito crédito. Além disso, temos a <b>mono normatividade</b> e o <i>dizer a crianças e adolescentes que se eles amam mais de uma pessoa é errado e ela tem que escolher e que se seus namorados namoram outras pessoas eles devem competir.</i></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS;"></span><br />
<div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/1d/Polyamory_pride_in_San_Francisco_2004.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/1d/Polyamory_pride_in_San_Francisco_2004.jpg" height="222" width="320" /></a></div>
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><b>Bom, acho que isso tudo serve pra demonstrar, sem dúvidas, que polifobia é uma forma de opressão real, algo que existe, nos oprime</b> (homens, mulheres, crianças, velhos, negros, brancos, etc)<b> e que precisa ser combatido.</b></span><br />
<div>
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><b>Mas a que estrutura social ele está atrelado?</b></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Como eu disse lá em cima, toda opressão é um sistema de repressão em prol de certos papéis sociais - seja pelo encaixe ou pelo desencaixe neles<b>. A monogamia é uma das instituições mais antigas da nossa história,</b> talvez <i>fundadora</i> de diversas sociedades. E é claro que a monogamia se aplica <i>diferente para homens e para mulheres</i>: elas eram punidas por terem outros homens e eles eram engrandecidos por terem outras mulheres.</span><br />
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><a href="http://wp2266-flywheel.netdna-ssl.com/wp-content/uploads/2012/01/Monogamy-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://wp2266-flywheel.netdna-ssl.com/wp-content/uploads/2012/01/Monogamy-2.jpg" height="238" width="320" /></a></span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">
</span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Isso quer dizer que a polifobia só se aplica à mulher? <b>Não.</b> Como vimos, <i>todos os aspectos da opressão polifóbica atingem homens e mulheres</i>, apesar de em níveis e formas diferentes. Mas<b> poliamor não é poligamia</b>. Não é o homem ter várias mulheres, é <b>ambos</b> terem o direito de terem outras pessoas... E quando pensamos nisso é que se abre os olhos para a <b>desmoralização</b> que todo homem sofria na história quando sua mulher se envolvia com outros. Se ele tivesse uma relação em que ambos podiam ter outros e a sociedade descobrisse, <i>ele era obrigado a punir a mulher</i>, a fazer sofrer a mulher que ama para manter sua <b>honra</b>, mas ela estava para sempre manchada como ando "corno" e, mais recentemente, "corno manso". Ou seja, a mulher sofria <b>muito</b> mais e ainda sofre mais com a opressão polifóbica, <b>mas o sofrimento de um não é excludente do sofrimento de outro.</b></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<span style="color: #999999; font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">De qualquer forma, eu, particularmente, considero o poliamor um fenômeno contemporâneo, específico dessa fase do capitalismo, mas não posso descartar a possibilidade de ele ter sempre existido.</span><br />
<div>
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Mas a polifobia nos atinge de outras formas. Em outro texto explicarei as especificidades da polifobia.</span><br />
<div>
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Espero que esse texto tenha sido elucidativo a todos.<br /><br />Vontade e Sabedoria nas suas Guerras!</span></div>
Árion Vampyrhttp://www.blogger.com/profile/15070943590264979888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8030741422243445949.post-39979998375214478502015-04-30T14:54:00.000-07:002015-04-30T14:54:03.335-07:00O Capitão América dos cinemas não é Liberal! [SPOILER ALERT]<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://cdn.screenrant.com/wp-content/uploads/Avengers-2-Age-of-Ultron-Captain-America-Chris-Evans-social-media-Poster.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://cdn.screenrant.com/wp-content/uploads/Avengers-2-Age-of-Ultron-Captain-America-Chris-Evans-social-media-Poster.jpg" height="320" width="219" /></a></div>
<span><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; color: black; display: inline !important; float: none; font-family: Tahoma; font-size: small; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-align: -webkit-auto; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;"><span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Acabou de sair o novo filme do universo cinematográfico da Marvel (MCU), Vingadores 2: A Era de Ultron. Assistindo a esse filme e aos outros dois filmes do Capitão Amrica (Capitão América 1 e 2) mais o primeiro filme dos vingadores, ficou muito claro para mim algo sobre o personagem que pode parecer bem controverso: <b>Ele não é</b>, ideologicamente, <b>liberal</b> - e, pior, ele é de <b>esquerda</b>!<br /><br />[SPOILER ALERT!!!]</span></span></span></span><br />
<a name='more'></a><div style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; color: black; font-family: Tahoma; font-size: medium; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-align: -webkit-auto; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: black; display: inline ! important; float: none; font-size: small; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;"><span style="color: white;">Primeiro, vale explicar o que é <b>"liberal"</b>. Uma amostra mais profunda do indivíduo liberal pode ser lida </span><a href="http://cria-indesejada.blogspot.com.br/2015/03/mitologia-contemporanea-o-individuo.html" target="_blank">aqui</a>. <span style="color: white;">Mas, de modo geral, liberalismo é a ideia de que <i>o indivíduo é anterior à sociedade</i>, seus <i>interesses particulares</i>, portanto, são <i>formadores da coletividade</i> e, portanto, <b>a sociedade nada mais é que a combinação das ações particulares e desconexas de indivíduos que atuam o tempo todo para seu próprio proveito</b> - o que, através de uma " mão invisível" gera ordem social e liberdade.</span></span></span><div style="color: black; font-size: medium; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: black; display: inline ! important; float: none; font-size: small; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;"><span style="color: white;">Bom, um dos primeiros indícios de que Steve Rogers</span><span style="color: #666666;"> (pra quem não sabe, o nome civil do Capitão)</span> <span style="color: white;">não pensa assim é o motivo que ele declara para querer se alistar no exército dos EUA para lutar contra os nazistas. Ele não diz que quer lutar por lutar ou quer garantir a liberdade de seu país simplesmente. Ele quer <i>se sacrificar pelo bem comum</i>. Ou seja, nesse sentido, seu indivíduo <i>não é anterior ou superior à coletividade</i>, mas, sim, <b>parte dela </b>- ele coloca sua <b>liberdade</b> <i>a serviço da coletividade</i>. Prova disso é a</span> <a href="https://www.youtube.com/watch?v=KQ2sPHpou98" target="_blank">cena</a> <span style="color: white;">em que o coronel chefe do projeto do super soldado joga uma granada no meio dos recrutas. Steve Rogers, o futuro Capitão América, não foge e se protege como os outros. Ele usa seu corpo para abafar a explosão da granada (que não explode). Ou seja, ele, para proteger seus companheiros e sua missão coloca sua própria vida em risco - sua existência como indivíduo se submete à necessidade da coletividade, de outros indivíduos.</span><br /></span></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://adventureamigos.net/wp-content/uploads/2015/03/captain-america-the-first-avenger-movie-photo-74.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://adventureamigos.net/wp-content/uploads/2015/03/captain-america-the-first-avenger-movie-photo-74.jpg" height="223" width="400" /></a></div>
<div style="color: black; font-size: medium; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: black; display: inline ! important; float: none; font-size: small; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;"><span style="color: white;">Outra demonstração disso é no primeiro filme dos vingadores, quando ele </span><a href="https://www.youtube.com/watch?v=uw04NfoYKB8" target="_blank">discute</a> <span style="color: white;">com Tony Stark, o Homem-de-Ferro (um burguês), sobre a <b>moral </b>de Tony. Ele responde a Steve sobre si mesmo dizendo suas <i>características individuais</i>. Se para os outros personagens isso faz dessa uma boa resposta, o capitão simplesmente <i>não se abala</i>. Ao contrário, ele <b>diminui o valor de Tony</b> justamente por colocar <i>seus interesses</i> e <i>pensamentos</i> <b>acima da coletividade</b>, questionando que Tony não se sacrificaria por ninguém.</span></span></span><div style="color: black; font-size: medium; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: black; display: inline ! important; float: none; font-size: small; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;"><span style="color: white;">Essa cena é um claro enfrentamento entre a <b>concepção liberal </b>de indivíduo e de seu <b>valor</b> em relação à concepção do capitão. O capitão <i>não se importa</i> com as<i> qualidades específicas de Tony</i> - <i>ele não as desconsidera, nem as enobrece</i> - a questão que ele coloca a Tony é: <b>e o que VC faz com o que você é? </b>Na cabeça do capitão, é isso que dá valor ao indivíduo, o propósito para o qual ele usa suas capacidades e sua liberdade</span><span style="color: #666666;"> - num estilo sartriano.</span></span></span><div style="color: black; font-size: medium; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<br /></div>
<span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="display: inline ! important; float: none; font-size: small; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">Ao contrário do que os liberais radicais diriam, <b>isso não implica em que o capitão seja autoritário.</b></span></span></span><div style="font-size: medium; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<a href="http://www.cosmicbooknews.com/sites/default/files/imagecache/600_wide/wysiwyg_imageupload/1/captain-america-2-poster-uk.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://www.cosmicbooknews.com/sites/default/files/imagecache/600_wide/wysiwyg_imageupload/1/captain-america-2-poster-uk.jpg" height="320" width="224" /></a></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: black; display: inline ! important; float: none; font-size: small; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;"><span style="color: white;">Em <b>todos</b> os filmes em que ele aparece</span> <span style="color: #666666;">(exceto em Vingadores 2)</span><span style="color: white;">, ele <i>desobedece</i> as ordens de seus superiores em prol de, <i>através de suas ações</i>, <b>proteger os outros, a coletividade</b>. Logo, ele tem um papel como<b> indivíduo livre</b>, ele <i>não é submetido à ordem que "representa" o bem comum</i>. Ele <b>se </b>responsabiliza por fazer o que acha certo e questionar as autoridades sobre o que está sendo feito. Ele chega até mesmo a</span> <a href="https://www.youtube.com/watch?v=vcKwyv9wGv4" target="_blank">usar seu prestígio</a> <span style="color: white;">para fazer os agentes da SHIELD se rebelarem contra suas chefias quando a HYDRA, infiltrada na SHIELD ameaça a liberdade dos indivíduos com armas capazes de atacar qualquer pessoa do planeta.</span></span></span><div style="color: black; font-size: medium; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<br /></div>
<span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="display: inline ! important; float: none; font-size: small; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">Aliás, a posição do capitão, logo no início de seu segundo filme, quando ele demonstra <i>ser contra o uso de armas desse gênero</i> demonstra que, para ele, a <i>coletividade</i> <b>não é</b> uma forma que deve <i>suprimir os indivíduos</i>. <b>O Estado não deve ter o poder de vigiar todos os indivíduos.</b> Os indivíduos devem ter sua <i>liberdade</i> <b>assegurada pelo Estado</b> e não o contrário. Ele chega a enfrentar a SHIELD (sem saber que era tudo um plano da HYDRA) para impedir que a agência controle a "segurança" do mundo de maneira tão colossal.</span></span></span><div style="color: black; font-size: medium; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<br /></div>
<span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="display: inline ! important; float: none; font-size: small; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">Um último momento fundamental para se entender que o Capitão América não é liberal, é o embate entre ele e Tony Stark sobre a atitude de Tony de <b>criar Ultron sem avisar aos colegas de equipe</b>. Steve <i>não se posiciona</i> quanto à necessidade ou não da criação de Ultron. A discussão dele com o Homem-de-Ferro é de<b> método.</b> Tony, como um bom <b>burguês</b>, acredita que <i>pode e deve fazer o que acha melhor com seus recursos particulares independente das opiniões dos outros</i>. Ele simplesmente <b>faz o que quer</b>. O capitão questiona que eles deveriam fazer Ultron, se fosse o caso,<b> juntos</b>. Ou seja, uma decisão <b>coletiva</b>. Ele inclusive coloca que eles poderiam ter<b> ajudado a conter Ultron </b>se eles soubessem do projeto. Ou seja, essa deveria ser uma <b>ação coletiva</b>. <b>O coletivo está unificado com o indivíduo.</b> Tony teria toda liberdade de propôr e até dirigir o projeto, mas isso deveria ser feito segundo uma decisão coletiva; e mais: aprovada a decisão coletiva, o coletivo daria suporte ao projeto individual de Tony. Ou seja, <i>o indivíduo conserva a liberdade, a condiciona ao coletivo e o coletivo se volta para dar suporte à liberdade do indivíduo, garantindo-a e potencializando-a</i> ( a equipe poderia ajudar Stark a fazer o seu projeto de maneira mais segura).</span></span></span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><a href="http://i.perezhilton.com/wp-content/uploads/2014/10/chris-evans-ripping-apart-the-wood.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://i.perezhilton.com/wp-content/uploads/2014/10/chris-evans-ripping-apart-the-wood.gif" /></a></span></div>
<br />
<div style="color: black; font-size: medium; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: white;"><span style="display: inline ! important; float: none; font-size: small; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">Essencialmente, Tony segue a lógica liberal de <i>fazer o que se quer</i> e Steve Rogers responde com a lógica não da direita, mas da <b>democracia operária</b>.</span></span></span><div style="font-size: medium; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: white;"><span style="display: inline ! important; float: none; font-size: small; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">É mera coincidência que essa seja forma de pensar do personagem, afinal, ele é ficcional. Mas é interessante perceber que <i>ele se mantém coerente ao longo do desenrolar dos eventos do MCU</i>. E, mais, ele é coerente com sua <i>origem social</i>: um jovem filho de <b>trabalhadores defendendo a democracia operária</b>. Tony, como<b> burguês</b>, representa o melhor <b>pensamento liberal</b>... E a<b> HYDRA</b>, o pensamento <b>fascista</b>.</span></span></span><div style="font-size: medium; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: white;"><span style="display: inline ! important; float: none; font-size: small; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">Isso tudo faz do MCU uma grande <b>jóia da arte pop contemporânea</b>, produção nerd de alto nível de realismo, mesmo tratando de algo claramente inumano: super-heróis. Parabéns Marvel.</span></span></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: black; display: inline ! important; float: none; font-size: small; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;"></span></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: black; display: inline ! important; float: none; font-size: small; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;"></span></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: black; display: inline ! important; float: none; font-size: small; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;"></span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><a href="https://33.media.tumblr.com/755c24d727d09e3fe994a244a6a9f7c8/tumblr_nmysmyzFyf1tsicpho1_500.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="135" src="https://33.media.tumblr.com/755c24d727d09e3fe994a244a6a9f7c8/tumblr_nmysmyzFyf1tsicpho1_500.gif" width="320" /></a></span></div>
<span><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; color: black; display: inline !important; float: none; font-family: Tahoma; font-size: small; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-align: -webkit-auto; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></span></span>
Árion Vampyrhttp://www.blogger.com/profile/15070943590264979888noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8030741422243445949.post-70647191244619488922015-03-25T11:46:00.001-07:002015-03-25T11:46:30.062-07:00Mitologia Contemporânea: O indivíduo<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Muito se fala hoje <span style="color: #666666;">(na verdade, desde o século XVIII)</span> sobre o<b> indivíduo</b>... e existe um certo <i>louvor</i> quando se fala do <b>indivíduo</b>, <b>liberdade individual</b>, <b>interesse individual</b>, <b>gostos individuais</b>... e por aí vai... Mas pouca gente usa essa palavra sabendo <i>o que exatamente ela quer dizer</i> e, muito menos, as <i>implicações de usá-la</i>. Isso geralmente tem a ver com um monte de<b> mitos</b> que envolvem esse tipo de concepção <span style="color: #666666;">(como a maioria dos conceitos que as pessoas usam por aí).</span></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #666666;"></span></span><br />
<a name='more'></a><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.parceirosvoluntarios.org.br/images/noticias/bonecos.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.parceirosvoluntarios.org.br/images/noticias/bonecos.jpg" height="157" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Primeira coisa que é legal de colocar na mesa é que o <b>conceito de indivíduo</b> é um conceito <i>essencialmente coletivista</i>. <span style="color: #666666;">É, bizarro, eu sei</span>. Mas a idéia de indivíduo advém da <i>abstração das particularidades</i> das pessoas, ou seja, de pensar as pessoas <i>apesar</i> de suas diferenças, vendo aquilo que seria a <b>"essência"</b> comum a todos os seres humanos: <i>o indivíduo</i>. Ou seja, quando falamos de indivíduos, não estamos pensando em algo que se refere às <i>pessoas reais e concretas</i>, mas a uma <i>abstração</i> das pessoas reais e a criação de um <i>personagem ideal, sem história, sem características particulares</i>... um <b>mito</b>.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Se por um lado essa idéia é totalmente irreal, ela é que permitiu a emergência de uma concepção sobre <i>coisas que todo ser humano merece</i>, o que<i> todo ser humano precisa para viver</i>... ou seja, está na base dos <b>direitos humanos</b> - existiria algo de essencial, que existe, que é real, e que independe de quem você é, de quem você nasceu, do que você faz ou do que você viveu.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://perlbal.hi-pi.com/blog-images/604678/gd/1273787396/DECLARACAO-UNIVERSAL-DOS-DIREITOS-HUMANOS.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://perlbal.hi-pi.com/blog-images/604678/gd/1273787396/DECLARACAO-UNIVERSAL-DOS-DIREITOS-HUMANOS.png" height="291" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Os direitos humanos surgem, portanto, como<i> negação da idéia feudal </i>de que as pessoas nada mais são que <b>pedaços do grupo de que advém</b> (camponês, eslavo, católico, etc.). Antes, ninguém era portador de <b>direitos essenciais universais</b>. Os direitos eram determinados por <i>grupo de nascimento</i> - ou seja, <i>não importava o que você tivesse feito na vida.</i></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Mas se o indivíduo é um figura inventada a partir da negação de toda especificidade, e é a localização de uma abstração de "humano" fora da realidade concreta... ele simplesmente <b>não existe</b>.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Mas vamos além disso...</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">A concepção mais usada de indivíduo é a concepção<b> liberal</b>, fundada pelo<b> iluminismo</b>, principalmente com Adam Smith. Mas ok, não vou ficar aqui em academicismos. Pesquise.</span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.clickescolar.com.br/wp-content/uploads/2014/11/Liberalismo-pol%C3%ADtico.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://www.clickescolar.com.br/wp-content/uploads/2014/11/Liberalismo-pol%C3%ADtico.jpg" height="235" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">O fato é que essa idéia - de que todos os seres humanos têm algo de essencial que é igual não importa quem seja - veio com algumas concepções de <i>o que seria esse algo essencial</i>; afinal, não faria nenhum sentido dizer que todo ser humano tem algo de igual apesar das diferenças se não se dissesse <i>o que é </i>essa coisa.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Pois bem, aí começa a inversão... Os liberais não partiram dos humanos concretos em uma condição de indivíduos para pensar seu conceito do que seria essa "<b>essência humana</b>" <span style="color: #666666;">(que em muitos casos virou a idéia de uma "<b>natureza humana</b>", um conceito ultrapassado pela ciência social)</span>, mas sim, fizeram o caminho <i>inverso</i>. Partiram de uma suposta "<i>condição essencial</i>" de indivíduo para pensar o ser humano concreto.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">O que isso quer dizer? Então, eles pensaram "bom, se existe <i>algo de comum</i> a todos os seres humanos, vamos pensar <i>como essa coisa abstrata funciona</i> e <i>depois</i> vamos aplicar isso aos seres humanos reais". Ou seja, imaginaram um <b>humano abstrato</b>, como se ele fosse <i>anterior</i> aos <b>humanos concretos</b>, como se nós nascêssemos <b>indivíduos isolados</b>, <b>conscientes</b>, <b>racionais</b> e <b>abstratos</b> e depois fôssemos <i>confrontados com outros indivíduos</i>. As leis, a moral, os costumes, a política, a economia... tudo surgiria daí.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://vitoria.nova-acropole.org.br/sites/default/files/pinturas/michelangelo/adao.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://vitoria.nova-acropole.org.br/sites/default/files/pinturas/michelangelo/adao.jpg" height="205" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">O problema dessa lógica é que se parte de um <b>ser humano adulto isolado</b>,<b> sem história</b>, <b>sem vivências</b>, <b>sem relações</b> com qualquer outro indivíduo, e, ao mesmo tempo, <b>absolutamente racional</b>... e esse ser humano simplesmente <b>nunca existiu nem existirá</b>.</span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidxH-0tr1fBvsqNp7iXZkPEZF1DhdvjuKwMSpnUzo_miwi1ei_faHR1vpz-W242xsCJZpBt2E5L2qh3Wz5qEsaJXp1cjGwiq0A8tnORkR5zN3RtIxHyNSoef4rAqXaIYCpAnbENwpSuppi/s1600/Amala+e+Kamala.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidxH-0tr1fBvsqNp7iXZkPEZF1DhdvjuKwMSpnUzo_miwi1ei_faHR1vpz-W242xsCJZpBt2E5L2qh3Wz5qEsaJXp1cjGwiq0A8tnORkR5zN3RtIxHyNSoef4rAqXaIYCpAnbENwpSuppi/s1600/Amala+e+Kamala.JPG" height="260" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b>Nenhum ser humano recém-nascido sobrevive isolado</b>. Existe um experimento feito por um nobre feudal que prova que seres humanos <i>atendidos em todas as suas necessidades físicas</i>, mas sem <i>contato humano complexo (inclusive afetivo)</i>, literalmente<i> </i><b>morrem</b>. É, <b>morrem. </b><span style="color: #666666;">Morrem mesmo, não é figura de linguagem.</span> Geralmente em meses, raramente mais de um ano. Quando um ser humano é posto em contato complexo com <i>animais</i>, eles tendem a<i> reproduzir o comportamento desses animais</i>. Ou seja, <b>não existe ser humano sem relação com outros seres</b>, que não tenha aprendido nada de ninguém, que não exista em coletividade.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Pior ainda é conceber que esse ser humano seria<b> plenamente racional </b>e <b>consciente</b> de suas vontades! Estatisticamente, as pessoas <b>emocionais</b> são a <i>maioria esmagadora da população</i> e uma <i>minoria ínfima</i> tem características psicológicas que as levariam a ter a capacidade de se distanciar, </span><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><i>de maneira racional</i>, </span>do que lhe foi ensinado. Logo, além de <b>não existir</b> a <i>total independência racional</i> do indivíduo liberal, mesmo que tentemos pensar que as pessoas podem escolher as coisas e se tornar indivíduos liberais após crescerem, teremos também uma <b>fantasia</b> - mesmo para romper com o que foi ensinado e reavaliar racionalmente, é preciso<i> ser um dos poucos com essa capacidade</i>.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgp2j1J2HXFRVxQ4u6bblRtPdX_tcxPx1C3wyIocWXNQxs5yG0v92yTXGPCOZv7YDE0wPAWVieiTYpWMEmx0lNDEDCa9LG0QTtuVYVpG9U3Wp_IDwVKcvV_2XfW-d6M4j4GKKEM8bBw_Ltm/s640/egoista.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgp2j1J2HXFRVxQ4u6bblRtPdX_tcxPx1C3wyIocWXNQxs5yG0v92yTXGPCOZv7YDE0wPAWVieiTYpWMEmx0lNDEDCa9LG0QTtuVYVpG9U3Wp_IDwVKcvV_2XfW-d6M4j4GKKEM8bBw_Ltm/s640/egoista.jpg" height="197" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Pior ainda, mas mais difícil de se ver hoje em dia, é a idéia de que o ser humano é <b>naturalmente egoísta</b>. Isso parte da idéia de que o ser humano existe como <i>indivíduo livre</i>, sem <i>nenhuma conexão com qualquer pessoa</i>, sem <i>nenhuma crença</i>, <i>nenhuma exigência social</i>... e que ele<b> </b><i>simplesmente se depara</i><b> </b>com a <b>existência de outros indivíduos </b>(iguais a ele). Por ser <b>racional</b>, ele identifica a sua <b>igualdade fundamental</b> com todos os outros, e, <i>para garantir seus interesses</i>, estabelece <b>leis</b> e <b>acordos</b>. Por ele vir de nada e não ter nenhuma ligação que o obrigue a nada, ou que o incline a nada, apenas o <i>seu raciocínio</i> o permite que ele desenvolva <b>interesses</b>, <b>objetivos</b>, <b>particulares</b>. Eles, naturalmente, se confrontam com o fato de que os outros indivíduos também estão assim. Como <i>não há</i> emoção, amor, conexão, cada indivíduo <b>busca egoisticamente</b> <b>seu próprio interesse</b> segundo <i>sua própria razão</i> e, por isso, estabelece conexões que<i> sirvam ao seu interesse egoísta</i>.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Bom, se falamos de um ser humano <i>sem conexões</i>, falamos de um ser humano <b>sem sociedade</b>, ou seja, um ser humano <i>imaginário</i>, que <b>não existe</b>. Mas vamos dar essa colher de chá e fingir que ele pode existir.</span><br />
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Se esse ser humano tem interesses... <i>de onde eles viriam? que interesses seriam esses? como ele poderia ter elaborado esses interesses?</i> É simplesmente <b>impossível</b>. Para pressupôr que ele teria interesses, temos que <b>abdicar</b> da <i>abstração do indivíduo liberal</i> e pensar um <b>ser humano real</b>, com suas <i>paixões</i>, seus <i>caprichos</i>, seu <i>amor</i>, sua <i>família</i>, seus <i>amigos</i>, seu <i>ideais</i> e <i>valores</i> criados <b>durante sua formação</b>... Mas não entra aí uma contradição? Como pode ele ser um ser humano concreto, com emoções, laços, relações sociais... se estamos pensando justamente na formação dos laços humanos do ponto de vista de um ser humano totalmente livre e racional? <i>A fantasia perde o sentido quando confrontada com sua própria incompletude</i>.. e tem que procurar na realidade alguma solidez. Mas para isso, ela precisa <i>sair</i> da própria fantasia... ou seja, <b>para se afirmar, precisa se negar.</b></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.inspirarvida.com/wp-content/uploads/2014/04/egoismo-capa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.inspirarvida.com/wp-content/uploads/2014/04/egoismo-capa.jpg" height="310" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">De qualquer forma, por que o indivíduo iria buscar naturalmente objetivos egoístas? Por que ele iria atrás somente de seus próprios interesses? Se ele é racional e se vê interagindo com outros indivíduos, ele não poderia ter <i>empatia</i> por outros seres humanos e tentar ajudá-los em seus próprios objetivos se isso não o prejudicasse? Por que ele não poderia criar <i>laços verdadeiros</i> com outros seres humanos? Presumir que esse <b>indivíduo mitológico</b> fosse necessariamente agir de maneira <b>egoísta</b> é<i> reduzir o ser humano a uma de suas possibilidades de comportamento</i>. E aqui se revela a realidade social por trás do próprio conceito de indivíduo: ele serve para <b>justificar uma sociedade egoísta</b>, uma <b>cultura egoísta</b>, fazendo o que várias sociedades fizeram com diversos outros comportamentos fundamentais para seu funcionamento - <i>convenceram</i> a todos que ele era "<b>natural</b>"; o que é simplesmente uma<b> mentira</b>.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHrpJLly_N2RpTvsMmPEJIOXhLVEvOYHDCDd1_YcVt6SynP_0VvumpyuMrOlGQ97FNAY8H6xYraX5AM0KNjHJSr1K5nJEJH48ImtUE1he63r0tfr8aSDv-zXuweSGeqWcC7C_WXmex6QQ/s320/Corinna3%5B1%5D.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHrpJLly_N2RpTvsMmPEJIOXhLVEvOYHDCDd1_YcVt6SynP_0VvumpyuMrOlGQ97FNAY8H6xYraX5AM0KNjHJSr1K5nJEJH48ImtUE1he63r0tfr8aSDv-zXuweSGeqWcC7C_WXmex6QQ/s320/Corinna3%5B1%5D.jpg" height="163" width="200" /></a></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">(Aliás, segundo vários estudos, esse comportamento naturalmente egoísta e racional só existe em <b>psicopatas</b>. E, por isso, não é à toa que <i>eles costumam se sair bem em nossa sociedade</i>. Ou seja, nossa sociedade <i>não foi concebida com seres humanos normais</i>, mas para <b>psicopatas</b>)</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Existe uma coisa interessante a se pensar sobre a <b>liberdade </b>desse ponto de vista. A idéia comum - de que a <b>liberdade do indivíduo</b> é <i>agir segundo seus desejos e vontades</i>, e que a <b>única restrição</b> moral/legal a isso seria <i>a liberdade do outro indivíduo de fazer o mesmo</i> - vem desse conceito de indivíduo que já demonstrei ser falso. Por quê?</span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://d284oi8cds1jbk.cloudfront.net/2014/05/Liberdade_Religiosa.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://d284oi8cds1jbk.cloudfront.net/2014/05/Liberdade_Religiosa.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Lembram-se de que o indivíduo isolado, egoísta e racional se encontra com outros indivíduos também isolados, egoístas e racionais e aí então cria as leis e a moral? Pois é, se antes disso ele era <i>isolado e egoísta</i>, ele simplesmente <b>fazia o que queria </b>(o que é <i>contraditório</i> com ser racional, ou buscar seus interesses, já que <i>fazer o que se quer num momento pode ir contra o que se quer para futuro</i>) e<i> não existia nada que o dissesse que não</i>, <b>não havia interdição </b>(o que é simplesmente ainda mais fantasioso, já que existe uma realidade ao redor dele que o impõe limitações) - ele era como <i>um Deus caprichoso de si mesmo e do mundo ao seu redor</i>. <b>Isso só para quando ele se depara com outros indivíduos </b>que também são <i>seus próprios Deuses</i> e quanto aos quais <b>não tem nenhum poder</b>. Em<b> igualdade de poder e de vontade</b>, então, esses indivíduos míticos criam <i>leis que permitem que eles façam o que querem, mas que isso não impeça os outros de fazerem o que querem também</i>. Ou seja, <b>a sua liberdade acaba onde começa a do outro.</b></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Essa fábula completamente esdrúxula falha em explicar <i>de onde </i>vêm essas <b>vontades individuais</b> (além das necessidades básicas humanas, o que mais um ser humano isolado poderia procurar que fosse diferente de outros indivíduos? onde fica a especificidade? de onde ela surge?) e falha em considerar o fato de que<b> tudo </b>que existe no universo é <i>limitado por algo</i>, a própria <b>realidade</b>. Se não somos capazes de simplesmente fazermos o que queremos o tempo todo, <i>como um ser racional poderia querer fazer o que quer o tempo todo? </i>Só se ele fosse um<b> completo idiota</b>.</span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://ccbela.files.wordpress.com/2012/11/bonecos-em-circulo-21.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="298" src="https://ccbela.files.wordpress.com/2012/11/bonecos-em-circulo-21.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">E se a vontade do outro não for antagônica com a sua, por que ela seria limitada pela liberdade do outro? Se o outro for <i>influenciado positivamente</i> pelo que acontece de bom para outros indivíduos, por que a liberdade dele pararia na do outro? Elas não seria <b>complementares</b> ao invés de antagônicas? Só é possível conceber que toda liberdade é antagônica à do outro se pensarmos em<i> indivíduos isolados, sem laços, em constante conflito de interesses inconciliáveis</i>. Essa fantasia liberal <b>simplesmente não existe</b>, não passa de uma figura imaginária sem base na realidade.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Quer dizer, até tem alguma base na realidade, já que o <b>capitalismo</b> nos impõe o <b>sucesso solitário e competitivo</b>, impondo que nós <b>naturalizemos</b> a idéia de que <i>o sucesso dos outros nega o nosso</i> e que precisamos <i>afirmar nossas vontades contra as dos outros</i>... mas aí isso <b>entra em contradição</b> com a idéia de que a sua liberdade acaba onde começa a do outro... por que um indivíduo isolado, egoísta e racional procuraria uma situação de igualdade se ele pode simplesmente arrumar formas de <i>passar por cima dos outros</i>?</span><br />
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Essa idéia de indivíduo também é a base da <b>meritocracia</b>, que <i>ignora as especificidades</i>, e da concepção de história feita pelos <b>grandes personagens históricos</b>, que,<i> sem qualquer conexão</i>, apenas usando se suas <i>capacidades individuais e seu intelecto</i>, foram capazes de transformar todo o curso da história de um povo... <b>uma fantasia</b>. </span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Isso tudo quer dizer que devemos jogar o conceito de indivíduo no lixo? Se sim, o que botar no lugar?</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://bancariosal.org.br/manager/comum/uploads/noticia/26910/ori_33f860c5998a59a7b66141a31f2d4629.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://bancariosal.org.br/manager/comum/uploads/noticia/26910/ori_33f860c5998a59a7b66141a31f2d4629.jpg" height="244" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Acho que o conceito de indivíduo,<i> se afastado da lógica liberal</i>, tem sim um valor importante. Cada vez mais, aliás, um <b>conceito alternativo </b>de indivíduo vem alcançando as posturas das pessoas sem que elas percebam. Existe <b>um novo individualismo</b> emergindo. E existe outra forma de conceber o indivíduo.<br /><br />Se partimos do pressuposto que gerou a idéia de indivíduo no início, podemos chegar a diferentes conclusões. <i>Abstraindo as especificidades dos seres humanos</i>, não precisamos chegar ao indivíduo isolado. Pelo contrário, se estivermos comprometidos com a realidade, vamos perceber que todo indivíduo nasce de uma <b>rede de relações<i> </i></b>e que é <b>formado de maneira específica e única </b>por elas. Que ele cresce e desenvolve seu intelecto<i> tendo como base as relações e experiências que o criaram,</i> e que ele<i> sempre existe em relação com outros indivíduos</i>.</span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://oabce.org.br/wp-content/uploads/2014/02/Projeto-Jovens-Direitos-Humanos.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://oabce.org.br/wp-content/uploads/2014/02/Projeto-Jovens-Direitos-Humanos.jpg" height="206" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Se for assim, os <b>direitos humanos</b> são uma <i>necessidade </i>e as<b> liberdades</b> <i>não são contraditórias</i>, mas têm o <b>potencial</b> de serem <b>complementares</b>, já que é delas que emerge o indivíduo em sua <b>constante transformação</b> de algo em outra coisa. Ser egoísta, nessa concepção, é possível, <i>mas não é necessário nem desejável</i>, já que ver as coisas do ponto de vista do indivíduo é ver do ponto das<b> relações</b>.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Em outra ocasião dou mais atenção a essa alternativa de pensamento do indivíduo. Por agora, fiquem com o pensamento. E deixo aqui o questionamento: <b>que formas de agir e pensar que você carrega estão baseadas, no fundo, mesmo que vc não saiba, nessa concepção liberal de indivíduo?</b></span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.embarquenaviagem.com/wp-content/uploads/Pensa-Comigo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.embarquenaviagem.com/wp-content/uploads/Pensa-Comigo.jpg" height="253" width="320" /></a></div>
<br />Árion Vampyrhttp://www.blogger.com/profile/15070943590264979888noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8030741422243445949.post-6954802608367347112015-03-16T14:58:00.001-07:002015-03-16T17:25:52.813-07:00Depois de Enroladinhos e Coxinhas: Governo Dilma no momento<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Semana passada, dias <b>13 e 15 de março de 2015</b>, ocorreram os atos, respectivamente,<b> pró-Dilma</b> e <b>pró-impeachment</b>. É relativamente perceptível que o segundo teve mais gente e mais diversidade política <span style="color: #666666;">(desde gente que nem o impeachment queria, até fascistas pró-ditadura)</span>, mas tirar daí só as conclusões políticas não é uma análise suficientemente <i>profunda</i>. Claro que para fazer uma análise de peso, seria necessário muito mais elaboração do que será possível expressar aqui num blog. Quero então, apenas fazer uma visão geral da atual conjuntura tendo em vista <i>esses atos</i> e a<i> situação política geral do governo</i>. Bora?</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://images.immedia.com.br//16/16828_2_L.jpg?quality=10" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://images.immedia.com.br//16/16828_2_L.jpg?quality=10" height="215" width="320" /></a></div>
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"></span><br />
<a name='more'></a><br /><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Primeiramente, é preciso entender qual a <b>conjuntura econômica</b> que está rolando no momento.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Bom, <i>a economia não está quebrada</i><span style="color: #666666;"> - como gostam de afirmar os alarmistas de direita -</span>, nem está passando por um<i> problema temporário</i>. O destino da crise ainda está <i>em aberto</i> e vai depender do destino da economia mundial. Vai passar? é claro, tudo no mundo passa<span style="color: #666666;"> - um dia até a Terra vai deixar de existir;</span> mas se fôssemos nos pautar por isso...</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.faroldenoticias.com.br/site/wp-content/uploads/2012/01/esperando1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.faroldenoticias.com.br/site/wp-content/uploads/2012/01/esperando1.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">A realidade é que a economia está dando sinais de <b>paralisia</b> e está começando a <b>foder mais sério</b> a vida da população.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b>A inflação de 6% é uma ilusão</b>. Na vida do trabalhador ela é<b> muito maior</b> - por que a inflação geral conta com preços de todos os produtos... e trabalhadores não consomem <i>tratores</i> nem<i> ferro bruto</i>, por exemplo. O preço dos<b> alimentos</b> não pára de crescer; o preço dos<b> imóveis </b>(especialmente para compra, mas também para aluguel) testemunhou, nos últimos anos, um aumento de preços monstruoso; o preço da <b>energia</b> vai aumentar em mais 50% em alguns lugares; o preço da<b> água</b> também vai aumentar; o preço dos <b>transportes</b> vem aumentando acima da inflação há anos; o preço dos <b>móveis</b> aumentou menos, mas também aumentou; preciso falar do aumento do <b>combústível</b>? Até agora, as pessoas vêm lidando com isso usando o <b>cartão de crédito</b>... o que fez com que na <i>classe média</i> a quantidade de<b> endividados</b> chegasse a números gigantescos - o que obviamente é uma grande merda para esses setores, já que a <b>taxa de juros</b> está escrotamente acima de 10% e os valores de rendimento das <b>poupanças</b> são ridículos.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.jogodopoder.com/wp-content/uploads/2015/02/fuja-das-dividas-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.jogodopoder.com/wp-content/uploads/2015/02/fuja-das-dividas-2.jpg" height="196" width="320" /></a></div>
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">A verdade é que as empresas que comercializam no Brasil vêm <b>abusando do seu poder de lucrar</b>, especialmente os <b>bancos</b>. O crescimento econômico ano passado já não foi tão grande quanto antes, mas é um crescimento em cima do que já tinha crescido antes... ou seja, <i>grande pra caralho</i>. Além disso, a <b>balança comercial </b>vinha tendo um valor positivo bem forte com as <i>exportações de commodities</i>. Pra melhorar ainda mais a situação dos empresários, o governo vinha <b>enfiando dinheiro na economia</b> (através de bolsa-família e minha casa minha vida) e <b>liberando impostos</b> (especialmente sobre a educação privada superior e os carros), ou seja, <i>gastando mais e arrecadando menos</i>... Isso sem contar com os vultuosos pagamentos de <b>dívida pública</b>, lá pra <i>metade do orçamento</i>... Isso tudo gerou um <i>crescimento irreal</i> e tinha que pagar seu preço alguma hora: a<b> diminuição das exportações</b> e uma <b>trava no consumo</b>. O que aconteceu? O óbvio: o crescimento caiu para caralho - e só tende a cair mais (Só pra dar uma idéia, a previsão nesse início de ano para o crescimento do PIB brasileiro é de vultuosos 0,3%, ou seja, muito perto de nada). <i>Chega uma hora que os trabalhadores não têm como continuar pagando tanto por mais e mais mercadorias - nem aqui nem lá fora</i>. Os empresários produzem mais e mais, a preços maiores e maiores... e as coisas <b>encalham</b>.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://tvclassecontabil.com.br/noticias/wp-content/uploads/2015/02/lucro.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://tvclassecontabil.com.br/noticias/wp-content/uploads/2015/02/lucro.jpg" height="213" width="320" /></a></div>
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Outra verdade é que os empresários sabiam que isso ia acontecer alguma hora. Sempre acontece - é a <b>crise cíclica de superprodução do capitalismo</b>. Afinal, quem está demitindo mais agora? Empresas <b>automobilísticas </b>e de<b> construção civil</b>, que <i>cresceram pra caralho</i> nos últimos anos - e <i>produziram pra caralho</i>.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Isso quer dizer que a Dilma é inocente da situação atual? mais ou menos. Se, por um lado, não tem como fugir dessas crises numa sociedade capitalista, Dilma também <i>optou por governar para os ricos e poderosos</i>, dando um <i>verniz</i> de "esquerda" pra sua administração - que não muda em nada da tradicional do PSDB. Ou seja, se não fosse a Dilma presidente, <i>teríamos crise do mesmo jeito</i>; o fato de ser um governo burguês nos fez ficarmos <b>desprotegidos e fodidos</b>. Afinal, que tipo de medidas poderiam ser feitas hoje para evitar que os trabalhadores ganhem um banho de merda nessa situação? <b>controle de preços, proteção do emprego, reforma agrária, reforma urbana, diminuição dos juros, parar de pagar a dívida externa</b>... medidas bastante<i> impopulares</i> entre os <i>grandes empresários</i> - e que o governo Dilma não ia fazer.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://blog.planalto.gov.br/wp-content/uploads/2012/03/1STU2342-Editar.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://blog.planalto.gov.br/wp-content/uploads/2012/03/1STU2342-Editar.jpg" height="213" width="320" /></a></div>
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Qual a receita típica da direita para essas situações? <b>Cortar direitos trabalhistas, aumentar os juros, segurar preços controlados pelo governo</b>... ou seja, <b>potencializar os lucros</b> e <b>diminuir os encargos</b>. Na situação atual de crise nas contas públicas, não teve jeito, teve que <i>desfazer certas liberações de impostos</i>. E, bem, é exatamente essa a política que o PT está aplicando. Seria diferente com Aécio no governo?<b> Não</b>.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Então pq diabos a direita tradicional está tão irritada? Pq agora, com a votação apertada no segundo turno das eleições passadas, eles podem<i> cantar de galo</i>. Temos um país polarizado e uma direita que cresce em cima da insatisfação da população.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.opotiguar.com.br/wp-content/uploads/2015/03/11053123_943587772342445_7490090418192420693_n-300x200.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://www.opotiguar.com.br/wp-content/uploads/2015/03/11053123_943587772342445_7490090418192420693_n-300x200.jpg" /></a></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Ou seja, a<b> insatisfação </b>que levou uma quantidade razoável de trabalhadores às ruas ao lado da classe média branca e dos fascistas é <b>super justa</b> (a insatisfação dos trabalhadores e até algumas da classe média, mas não dos fascistas!). Mas a alternativa de dar braços com os setores mais atrasados do país e as direções da direita tradicional, é <i>uma alternativa muito mal escolhida</i>.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Ao mesmo tempo, a defesa do governo Dilma é patética nessa situação, apesar do impeachment ser um terceiro turno das eleições - Quem votou na Dilma no semestre passado votou <b>contra a política que ela agora aplica</b>.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">O PT também está um bocado fodido no nível institucional: com as trollagens do PMDB na Câmara e no Senado, o PT tem que dar mais espaço pra ele, mas tem que dar conta dos seus interesses internos e dos outros partidos aliados.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Então vamos lá... o que os atos da semana passada representam?</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Bom, <b>o ato pró-Dilma foi um fiasco</b>. Muito menor que o ato pró-impeachment, a capacidade de mobilização da CUT, da UNE e do MST diminuíram muito... especialmente por que a Dilma<b> traiu</b> descaradamente os seus votos. A verdade é que os trabalhadores<i> não querem sair em defesa de um governo que está lhe tirando direitos</i> - o que é <b>muito justo</b>. E tanto é assim que o pessoal dessas direções teve que mentir na cara de pau dizendo que esse não era um ato pró-Dilma, mas que queria "pressionar o governo" pela reforma política. Tão achando que somos otários, né?</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.opotiguar.com.br/wp-content/uploads/2015/03/wpid-wp-1426441498917.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.opotiguar.com.br/wp-content/uploads/2015/03/wpid-wp-1426441498917.jpeg" /></a></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b>O Ato pró-impeachment foi um sucesso</b>. Reuniu uma quantidade bem grande de pessoas em torno à crítica ao governo. Mas <b>não podemos confundir isso com o crescimento da direita</b>. É claro que os <b>setores mais atrasados do país</b> estavam lá e que o ato foi dirigido pela <i>direita tradicional</i>, especialmente o PSDB <span style="color: #666666;">(o que levou a uma coleção de cartazes absolutamente ridículos e alucinados, que não deixam de me fazer rir no meu feed de notícias do facebook)</span>; mas não podemos esquecer do Bolsonaro sendo<b> expulso</b> do ato do Rio. Primeiro que a direita sempre é maior que a esquerda em tempos de capitalismo forte, ou seja, o ato do PSDB ser maior que o do governo (que, pra maioria da população, ainda é entendido como de esquerda, por mais míope que isso seja) <i>não é nada de inesperado</i>. O PSDB é hoje uma oposição forte, e isso é inegável, mas muita gente <b>ficou em casa</b>.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">O PT não iria receber um apoio massivo daqueles que ela mais descaradamente enganou. E o ato da direita tradicional iria certamente ganhar setores amplos... afinal, qual é a alternativa que a população vê? Para a maioria das pessoas, ser contra o PT quer dizer apoiar o PSDB, apesar de uma enorme quantidade ainda não ser PSDBista nem PTista.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.diarioliberdade.org/archivos/Colaboradores_avanzados/manu/2012-08/310812_Crise.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://www.diarioliberdade.org/archivos/Colaboradores_avanzados/manu/2012-08/310812_Crise.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">O que os atos mostram é que existe sim uma direita forte no Brasil, mas que existe algo mais: <b>espaço</b>. O que isso quer dizer? existe um <b>descontentamento enorme com o governo</b>, que, quem está <i>capitalizando</i> nesse momento é a direita tradicional... Ou seja, existe um conjunto de tarefas importantes no momento: <b>desmascarar a corrupta direita tradicional</b> (mostrando que ela é igual à direita governista), <b>desligar os trabalhadores de classe média da pequena burguesia delirante de direita</b> e apresentar uma <b>alternativa pela esquerda a isso tudo</b>, com uma política quer de fato<i> mobilize os trabalhadores</i> e <i>os una contra o governo e contra a direita tradicional</i>.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Ou seja, aquilo que vem rolando com dificuldades a trancos e barrancos na esquerda, tem que se consolidar e ser feito com sorriso no rosto: <b>a unidade</b>.<i> É a hora de disputar as massas descontentes com o governo e mostrar que a direita tradicional não é a única alternativa</i>. É preciso mobilizar os trabalhadores e fazê-los entrar em cena com uma pauta de esquerda, que defenda seus interesses. É preciso que PSTU, PSOL e PCB se unam entre si e às zilhões de organizações de esquerda que estão por aí para ser uma verdadeira alternativa.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.diarioliberdade.org/archivos/Colaboradores_avanzados/sturtds/2014-04/frente.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.diarioliberdade.org/archivos/Colaboradores_avanzados/sturtds/2014-04/frente.jpg" height="147" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><i>É claro que isso não vai levar a um estouro de esquerda num primeiro momento</i>. Mas, assim como a crise não está decidida no momento, <b>os rumos da política também não estão</b>. É preciso que os partidos se organizem e atuem conjuntamente para<i> mostrar à população que a direita tradicional não é o único caminho</i> e que <i>é possível enfrentar a corrupção e as políticas de retirada de direitos e tarifaço</i>. Para isso, é preciso que os partidos da esquerda façam uma <b>pauta central conjunta</b> e <b>se jogue às massas</b>, com um<b> calendário de atos e lutas</b>, <b>politizando greves</b>, criando <b>espaços de organização conjunta</b>... <i>Tudo isso preparando o espaço para os momentos decisivos que virão</i>.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">E que pauta seria essa? Não pode ser uma pauta do "possível" diante de uma idéia de um talvez governo "de esquerda". Tem que ser uma pauta que <i>não vá significar outra desmoralização dos trabalhadores</i>. Temos que nos organizar primeiro <b>contra o tarifaço</b>,<b> contra as medidas provisórias</b> que tiram direitos dos trabalhadores, <b>contra as demissões</b> e<b> contra a corrupção</b>.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Esse último é importante, pq a direita tradicional está, contraditoriamente, sendo a única a ser entendida como oponente da corrupção do governo. É preciso que a esquerda seja ferrenhamente contra a corrupção e coloque em pauta que é a única que é a favor da <b>prisão de corruptos e corruptores</b> junto do<b> confisco de seus bens</b>.</span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.sticmb.com.br/wp-content/uploads/2013/04/marcha-a-brasilia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.sticmb.com.br/wp-content/uploads/2013/04/marcha-a-brasilia.jpg" height="175" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Claro que essa pauta inicial <i>não é suficiente para mudar a realidade do país</i>, mas é essa que pode <b>unir as forças de esquerda e mobilizar os trabalhadores</b>. <i>Mais tarde chegará o momento de propor políticas mais concretas</i>. E é importante que, quando o momento chegar,<b> estejamos juntos</b>. É preciso <b>superar as diferenças que existem no momento</b>, as <i>velhas rusgas</i> e<i> preconceitos</i> e <b>unir toda a esquerda</b>. <i>Só assim temos a chance de vencer</i>.</span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://escoladequadrosmes.files.wordpress.com/2011/01/russa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="282" src="https://escoladequadrosmes.files.wordpress.com/2011/01/russa.jpg" width="400" /></a></div>
Árion Vampyrhttp://www.blogger.com/profile/15070943590264979888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8030741422243445949.post-65248825037587260272015-03-06T08:58:00.000-08:002015-03-06T08:58:55.259-08:00Por que me tornei RLi<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Ontem à noite tive uma reunião com os organizadores da <a href="https://rederelacoeslivres.wordpress.com/" target="_blank">Rede Relações Livres</a> do <a href="https://www.facebook.com/groups/rli.rj/?fref=ts" target="_blank">Rio de Janeiro</a> sobre o que são as Relações Livres. <span style="color: #999999;">Não que eu nunca tivesse tido contato com o termo ou que o conhecesse pouco</span>, mas por que eu via concepções (diferentes da que eu conhecia) circulando e achei apropriado <i>me esclarecer mais sobre o que são as relações livres</i> e <i>verificar se</i>, dentro das divergências de concepção, <i>a minha própria concepção de relacionamento se encaixa</i>. <b>E descobri que sim</b>. Isso, no entanto, não muda o fato de que me identifico como <b>Poliamorista</b> e que sou organizador da <a href="https://www.facebook.com/PratiquePoliamorRj?fref=ts" target="_blank">Pratique Poliamor RJ</a>. Agora, no entanto, <b>entro também para a construção da Rede Relações Livres do Rio de Janeiro e da concepção RLi como um todo.</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><a href="http://relacoeslivres.com.br/site/wp-content/uploads/2014/01/banner1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://relacoeslivres.com.br/site/wp-content/uploads/2014/01/banner1.jpg" height="132" width="400" /></a></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></div>
<a name='more'></a><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Bom, primeiramente, eu gostaria de dizer que eu não mudei minhas concepções sobre relacionamentos. Eu continuo defendendo o que defendia antes de ontem. A questão é que descobri que <i>existe espaço</i> dentro da Rede Relações Livres para a minha concepção de<b> relacionamentos, liberdade e autonomia</b>.</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">E que concepção seria essa?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><a href="https://rederelacoeslivres.files.wordpress.com/2011/05/284569806.gif" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="277" src="https://rederelacoeslivres.files.wordpress.com/2011/05/284569806.gif" width="320" /></a></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Primeiramente, <b>sou contra a monogamia</b>. Acho que ela, enquanto <b>instituição estrutural</b> da nossa sociedade, é um <b>modelo imposto</b> a<i> todos</i>, que <b>normatiza os relacionamentos</b> <b>e as formas de amar</b> e que <b>impede as pessoas de viverem plenamente suas afetividades e sexualidades</b>. Ao mesmo tempo, a <i>monogamia consciente</i>, em que as pessoas escolhem viver a monogamia mesmo sabendo que existem outras formas de relacionamento também me é um problema - pois as pessoas em questão estão impondo uma à outra uma limitação que não lhes cabe: <i>não cabe a mim decidir que meu parceiro só pode ter a mim</i>; isso deve ser uma <i>escolha</i> (não ficar com mais ninguém) e <i>não uma imposição</i> do outro (não PODER ficar com mais ninguém), ou seja, se alguém se entende como monogâmico, que esteja numa relação aberta e escolha não ficar com ninguém, por que é como se sente melhor.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Claro que não é tão simples, as pessoas sofrem com os <i>vários acúmulos</i> que a sociedade monogâmica <i>impõe</i> a todos nós. Somos educados desde cedo que relacionamento é igual a monogamia. Isso impõe a muitos de nós todo um processo (às vezes doloroso) de <b>superação desses condicionamentos </b>para viver a não-monogamia. Nesse sentido, para encaminhar da melhor maneira o processo de cada um, é importante que tenhamos <b>sensibilidade</b> com as limitações uns dos outros e façamos <b>acordos</b> que <i>possam propiciar segurança</i> e, ao mesmo tempo, <i>um ambiente em que a pessoa possa avançar na superação de seus condicionamentos monogâmicos</i>. Por isso, diversos acordos que existem em meio ao Poliamor são válidos e necessários.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Mas isso não exclui a necessidade de termos uma <b>constelação de valores</b> que <i>nos ajudem a fazer esse processo e criar relações que nos potencializem</i>. Claro que essa não é uma tarefa fácil - não há como chegar com um modelo pronto que sirva a todos. Por isso, valores que sirvam de guia podem e devem ser elaborados. Nesse caso, a opção que proponho é a mesma que o RLi:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><a href="http://estudos.gospelmais.com.br/files/2013/09/escravos_da_liberdade.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://estudos.gospelmais.com.br/files/2013/09/escravos_da_liberdade.jpg" height="200" width="320" /></a></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> <b>- Liberdade:</b> nesse caso, <i>não defendo a liberdade liberal</i>, em que cada um faz o que quer contanto que seja limitada pelo "fazer o que quer" do outro. <i>Nem defendo a liberdade sartriana, </i>em que a liberdade é igual a escolha. Minha concepção de liberdade tem a ver com a minha concepção sobre existência: tudo que existe é limitado e tem potencialidades. <b>Liberdade é estipular de maneira consciente as limitações que melhor nos permitem desenvolver nossas potencialidades</b> - ou seja, <i>liberdade é um processo constante</i>. Dado que nossas potencialidades podem ser desenvolvidas pelos desenvolvimentos dos outros indivíduos, o cuidado e a preocupação com os outros indivíduos e suas próprias liberdades, propiciar a eles um ambiente em que possam se desenvolver o melhor possível - inclusive nossxs parceirxs - é parte da nossa própria potencialização. Desse valor fundamental, derivam os outros.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b> - Autonomia:</b> <b>a possibilidade de se tomar decisões conscientes sobre sua própria vida sem limitação restritiva imposta por outros</b>. Ou seja, buscar<i> nosso próprio desenvolvimento</i> como seres humanos tendo os outros como <i>parceiros que nos querem ajudar</i> e não como inimigos<span style="color: #999999;"> (concepção liberal e sartriana)</span> ou impedimentos.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><a href="http://www.blogsoestado.com/ruypalhano/files/2012/08/ciume.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.blogsoestado.com/ruypalhano/files/2012/08/ciume.jpg" height="236" width="320" /></a></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b> - Empatia:</b> para que isso dê certo, é necessário que <b>apoiemos uns aos outros</b> e, para isso, é necessário que <b>entendamos os sentimentos e pensamentos uns dos outros e os ofereçamos respeito</b>. Respeito no campo do pensamento é a <i>aceitação de divergências e a discussão racional dessas concepções</i>. No campo da emoção é o <i>respeito às limitações e desejos do outro</i>. Para que isso dê certo, são necessários <i>acordos </i>entre as pessoas</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b> - Solidariedade:</b> se o desenvolvimento de outra pessoa (especialmente nos relacionamentos amorosos e sexuais) pode nos garantir melhores condições de desenvolvimento, <b>não faz sentido não se preocupar em ajudar no desenvolvimento de outro indivíduo</b>. <i>Apoiar nos seus sofrimentos</i>, <i>oferecer companheirismo</i>, <i>apoio concreto, segurança</i>... tudo isso é fundamental para uma relação responsável (Não-monogamia Responsável) ser benéfica para todos os indivíduos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b> - Sinceridade:</b> uma relação, seja ela qual for, em que a mentira é um recurso comum, possui algum problema sério a ser resolvido. <b>É preciso que as pessoas possam se sentir seguras que estão tomando as decisões apropriadas para os envolvidos e de que não serão traídas no futuro em sua confiança.</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b><a href="http://codonoticias.com.br/wp-content/uploads/2015/01/verdade_mentira.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://codonoticias.com.br/wp-content/uploads/2015/01/verdade_mentira.jpg" height="212" width="320" /></a></b></span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b> - Igualdade: </b>Não existe como tocar todos esses valores a frente sem uma situação de <i>igualdade</i>. Mas essa igualdade <i>não é a igualdade totalitária</i>, de que as pessoas possuem as mesmas características. Estou tratando de uma <b>igualdade individualista</b> - ou seja, de que <b>todos são iguais em direitos apesar de suas diferenças</b>. Mas essa igualdade deve se dar <b>tendo consciência das diferenças e fazendo acordos e ações conscientes que tentem dar conta das desigualdades existentes</b> (umx parceirx que aceita muito coisas que não quer em benefício do outro, pode necessitar ser mais ouvidx e nós podemos ter que aprender a ceder com mais facilidade, sair da nossa posição cômoda, por exemplo; isso é bastante aplicável a <b>situações de opressão</b>, como <i>machismo</i>, <i>racismo</i>, <i>LGBTfobia</i>, etc.). Isso quer dizer que relações hierarquizadas, em que um indivíduo tem voz de comando na relação (que não seja num âmbito sexual e consensual) tendem a ser prejudiciais para algum dos indivíduos.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Bom, esses valores, pelo que me foi dito, <b>são valores que fazem parte da ética RLi</b>, mesmo que usando conceitos diferentes desses em algumas situações. A questão é que, <i>apesar de eu não concordar teoricamente com a concepção original do RLi</i>, eu pude ver que há espaço para divergência contanto se apoiasse os valores de <b>liberdade, autonomia e não-exclusividade</b>. E, portanto, nesse sentido, <i>eu sou RLi, mesmo não me identificando como tal até então.</i></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><i><a href="http://mulheresnoboteco.juntos.org.br/wp-content/uploads/2014/01/monogamia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://mulheresnoboteco.juntos.org.br/wp-content/uploads/2014/01/monogamia.jpg" height="180" width="400" /></a></i></span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Uma questão importante de discordância que tenho com a concepção majoritária do RLi é de que <i>não tenho como ideal o indivíduo que vive sozinho e se entende como solteiro, vivendo as relações que bem entende quando bem entende da maneira que bem entende</i>. Creio que esse é um ideal possível. Outro seria, por exemplo, a relação em <b>comunidade</b>, <i>em que as pessoas compartilham moradia, recursos, tempo, etc. contanto que de maneira livre e com autonomia individual</i>. No meu caso específico, estou caminhando mais para o primeiro ideal, mas não descarto a possibilidade de me inserir no segundo. Aliás, creio que o primeiro ideal sofre influências de <b>classe</b>: e só é possível e mesmo esperado, nos setores médios... <b>a maior parte da classe trabalhadora precisa da comunidade para ser livre</b>. Creio que, em quaisquer circunstâncias, os valores acima devem ser sempre presentes para que a relação seja livre. Entendo que é <i>mais difícil </i>no segundo caso manter a autonomia individual, mas<i> não creio que seja impossível</i>, como alguns creem.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">A questão fundamental que me diferencia da linha majoritária do RLi é a questão do Poliamor.<b> Mantenho minha posição de que RLi é uma ética poli</b>. Por que isso? Por que o conceito de poliamor se aplica a qualquer relação em que existe<b> não-exclusividade a dois, igualdade de direitos e consensualidade</b>. Nesse sentido, <i>isso se aplica a todas as Relações Livres</i> - mas <i>nem todas as relações a que o termo "poliamor" se aplica englobam Relações Livres</i>. Ou seja, poliamor é um <i>termo guarda-chuva</i> que se aplica a diversos tipos de relacionamento. RLi é uma concepção de relacionamento cuja relação concreta é <i>uma relação poli</i>. Como o poliamor não é uma ética, calcada em valores específicos<span style="color: #999999;"> (apesar de eu crer que valores éticos emergem da prática poliamorosa)</span>, mas um fenômeno concreto, posso dizer com toda segurança que <i>RLi é uma ética que faz parte desse fenômeno e que serve para guiar uma vivência mais potencializadora através dos seus valores.</i></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><a href="https://rederelacoeslivres.files.wordpress.com/2013/11/quadrinho-tiago-silva.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="151" src="https://rederelacoeslivres.files.wordpress.com/2013/11/quadrinho-tiago-silva.jpg" width="400" /></a></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Por entender dessa maneira, <b>me mantenho como organizador da Pratique Poliamor RJ e como, portanto, Poliamorista</b>. Mas, agora, <b>passo a fazer parte da Rede Relações Livres como minoria e como organizador do Rio de Janeiro</b>.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">************************************</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Sendo assim, convido todos os que concordam com a minha concepção de relacionamento a se incorporarem também à Rede Relações Livres e a se unirem comigo na construção futura de uma tendência poliamorista de relações livres no interior da Pratique Poliamor Brasil, mais especificamente na Pratique Poliamor RJ.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">************************************</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Rio de Janeiro, 6 de março de 2015</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Rafael Machado</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Fundador da Pratique Poliamor Brasil</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Fundador e Organizador da Pratique Poliamor RJ</span></div>
Árion Vampyrhttp://www.blogger.com/profile/15070943590264979888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8030741422243445949.post-11877487960103588262014-12-09T07:06:00.004-08:002014-12-09T07:06:43.444-08:00Conceitos: Poliamor, outras formas de não-monogamia e monogamia<!--[if gte mso 9]><xml>
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<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRSWZpqEqddtUG8lLCV7tjJ3Nj24Lb_VUuqk3R7nZGmHIp0JERcOml_CH0pnr1IDdqZzlN1bacfqjfiqgX464kbnuKZM09zso9qZsP2HOd3oqZp7AsZGjIXbX4l6KAS38PICup6AUYhcY/s1600/10421500_864088723612275_892983403304334246_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRSWZpqEqddtUG8lLCV7tjJ3Nj24Lb_VUuqk3R7nZGmHIp0JERcOml_CH0pnr1IDdqZzlN1bacfqjfiqgX464kbnuKZM09zso9qZsP2HOd3oqZp7AsZGjIXbX4l6KAS38PICup6AUYhcY/s1600/10421500_864088723612275_892983403304334246_n.jpg" height="208" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Então, galera, o Poliamor tem recebido uma atenção especial da <b>mídia</b> esses tempos (teve uma tab no<a href="http://tab.uol.com.br/poliamor" target="_blank"> UOL</a>, uma matéria na<a href="http://delas.ig.com.br/comportamento/2014-12-08/redes-sociais-aproximam-brasileiros-adeptos-do-poliamor.html" target="_blank"> iG</a> e uma no <a href="http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2014/12/redes-sociais-aproximam-brasileiros-adeptos-do-poliamor.html" target="_blank">G1</a>) e sinto que, por mais esclarecedoras que essas matérias sejam,<i> elas erram em alguns pontos</i>... e mta gente vai buscar mais informações sobre poliamor a partir delas - e vai ter dificuldade de encontrar :P Então achei importante eu criar um post com as <b>conceituações</b> de maneira mais clara e direta pra que as pessoas possam entender mais desse aspecto básico do básico - <b>os conceitos!</b></span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<a name='more'></a><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #999999;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Vale esclarecer que o que vou escrever aqui não saiu da
minha cabeça... tenho 9 anos de não-monogamia, 5 de organização de eventos
poliamoristas e fiz a minha monografia no tema (não que no meio acadêmico isso
seja lá grande coisa, mas pra quem não é de lá, serve pro pessoal entender que
isso aqui não é uma orelhada, mas que tem origem em uma pesquisa séria sobre o
assunto)</span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b>Monogamia</b>: Não,<i> monogamia não é estar com uma pessoa só</i>. Um casal não é necessariamente monogamia. Monogamia é o tipo de relacionamento em que <i>só podem existir 2 pessoas oficiais</i>, ou seja, é uma <b>relação fechada a 2</b>. Isso quer dizer que os parceiros<b> NÃO PODEM </b>estabelecer outras relações, <i>mesmo que queiram</i>. Se existe a possibilidade assumida de, em algum momento, a relação envolver (<i>consensual e legitimamente</i>) uma terceira pessoa, <i>já não é monogamia</i>, <span style="color: #999999;">por mais que pareça muito.</span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.voxobjetiva.com.br/arquivos/00001444.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.voxobjetiva.com.br/arquivos/00001444.gif" height="276" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">A <b>traição</b> <i>não constitui o abandono da monogamia</i>, pois continua havendo uma pessoa oficial e as "extraconjugais". A ideia de traição, nesse sentido, é totalmente coerente com a monogamia, sempre existiu, e sempre foi a maioria dos casos - durante milênios os <b>homens</b> puderam estabelecer <i>relacionamentos extraconjugais públicos</i> sem qualquer constrangimento, contanto que não tentassem oficializá-los. As mulheres não podiam socialmente e eram até mortas por traição... hoje em dia já não é mais (tão) assim, então <i>a traição se tornou uma prática extremamente difundida</i>, a ponto de estudos indicarem que <b>60% dos homens</b> e <b>45% das mulheres</b> são ou já foram infiéis. Isso indica que a monogamia vai mal? Mais ou menos. Talvez seja mais uma evidência de que a monogamia enquanto instituição social inclui a instituição da traição.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.elconfidencial.com/fotos/polidentroizquierda.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.elconfidencial.com/fotos/polidentroizquierda.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />Na minha humilde opinião, <b>Monogamia</b> e Poliginia/<b>Poligamia</b>, são <i>duas faces da mesma moeda</i>. Dado o quanto que os homens sempre tiveram a liberdade de ter outros relacionamentos afetivos e/ou sexuais fora do casamento, a monogamia histórica não difere muito da poligamia. Na verdade, na poligamia/poliginia, <i>as mulheres têm até mais direitos</i>, por que as segundas, terceiras, etc. devem ser <i>assumidas</i> pelo homem e ele deve se<i> responsabilizar por elas e por seus filhos</i>... <span style="color: #999999;">uma esmola que pode ser muito bem-vinda.</span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Quanto ao <b>Poliamor</b>, ele é um “<i>termo guarda-chuva</i>”, que foi criado para
substituir o termo “<b>não-monogamia responsável</b>”. Ou seja, tudo que, antes da
década de 90 (década de origem do termo poliamor), era não-monogamia e tinha
uma concepção de “<i>respeito</i>” ao outro, <i>igualdade </i>entre os parceiros, foi aglutinada no termo “poliamor”. Pq a
mudança de nome? Não queriam associar o que viviam com uma mera negativa da
monogamia. <span style="color: #999999;">Só isso mesmo.</span></span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Bom, então,<i> como vamos saber se uma relação é poli ou não</i>?</span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiK5VnpYXV2NJYUJR6wW0slf-1ZeK9ewZlS9mC8NL2TULFy1D8lyY-krhBTllm5eMWY97W6nvF5smJf7YmbCOzowdBqGuCIZtv5W2sJ8DpTuZAAbw-DbXBCh_gd9VJC4XqQGqzRqwo2jzY/s1600/10426188_10205617154854998_7291434824252728232_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiK5VnpYXV2NJYUJR6wW0slf-1ZeK9ewZlS9mC8NL2TULFy1D8lyY-krhBTllm5eMWY97W6nvF5smJf7YmbCOzowdBqGuCIZtv5W2sJ8DpTuZAAbw-DbXBCh_gd9VJC4XqQGqzRqwo2jzY/s1600/10426188_10205617154854998_7291434824252728232_n.jpg" height="400" width="225" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Segundo os meus estudos, para ser poliamor, uma relação
qualquer deve ser <b>não-exclusiva a 2 </b>(apesar de poder ser exclusiva em números
maiores), ou seja, <i>os parceiros têm a liberdade afetiva e sexual de se
envolverem em mais de um relacionamento afetivo e/ou sexual ao mesmo tempo</i>, e
isso se faz com <i>os parceiros tendo consciência dessa situação</i>, ou
seja, sendo algo <b>consensual</b>. Ao mesmo tempo, essa liberdade serve a <i>todos os
membros da relação</i> e, portanto, poliamor é uma <b>relação igualitária</b>.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Isso não quer dizer que uma pessoa deixa de ser poli por que
está sozinha ou numa relação a 2. Uma relação não deixa de ser poli por que os parceiros não estão mantendo outros relacionamentos naquele momento. A
questão é que eles <b>PODEM</b> manter outras relações. Na monogamia, mesmo que eles
queiram (e mesmo que se envolvam), eles <b>NÃO PODEM</b> se envolver em outros
relacionamentos.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Quando falo <b>igualitária</b>, também não falamos de uma<i> igualdade
absoluta</i>, mas sim numa <b>igualdade de possibilidades</b>. <i>Não é necessário que se
fiquem contando quantos parceiros cada um teve pra que a liberdade deles fique
com a mesma quantidade de pessoas</i>.<span style="color: #999999;"> É até uma possibilidade, mas eu nunca vi
nenhum poli que ao menos cogitasse a possibilidade de um controle desses.</span> De
qualquer forma, também é possível que haja um acordo levemente desigual entre
os parceiros – por exemplo: um deles não pode ficar com amigos de um dos
parceiros, mas o outro pode; se ambos concordam com essas pequenas diferenças e se a relação continua, na prática, aberta ou
fechada para todos os envolvidos, tudo bem: é poliamor; se não é que temos que
ver o que é.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Claro que eu poderia falar muito mais aqui sobre como os
relacionamentos polis são, mas acho que é melhor eu resumir poliamor em uma
frase:<b> Uma relação é poliamorista quando seus membros não estão
exclusivos a 2 e ambos têm o mesmo direito de estabelecer ou não outras
relações afetivo-sexuais e/ou sexuais com novos parceiros </b>(estejam eles
estabelecendo naquele momento ou não), <b>tudo isso de forma consensual</b>.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEyEA5G0uRNkecYopWjzzRljRbwnH-bUE9c9YYUeeERoUmyvWKSZTAXOdB11uGX5_Fz_WHtBrGpzHytpsCGdCusxJsTbYi_c06nbax-ITHjLNJ4jStzltEfWQ_6wN4FRq8zIbu4-TEs8M/s1600/i_love_my_life_by_bonedaddybruce-d4q2kqq.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEyEA5G0uRNkecYopWjzzRljRbwnH-bUE9c9YYUeeERoUmyvWKSZTAXOdB11uGX5_Fz_WHtBrGpzHytpsCGdCusxJsTbYi_c06nbax-ITHjLNJ4jStzltEfWQ_6wN4FRq8zIbu4-TEs8M/s1600/i_love_my_life_by_bonedaddybruce-d4q2kqq.jpg" height="191" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Mas e como dizer se<i> alguém</i> é poliamorista ou não? Se a pessoa <i>aspira</i> por manter uma relação poli, ela é poliamorista. Simples assim :). Ela não precisa ser isenta de ciúme, não precisa estar em mais de um relacionamento... não precisa nem estar num relacionamento poliamoroso! Assim como um monogâmico pode estar numa relação poli numa determinada fase da vida, um poli pode estar numa relação monogâmica. Para entender melhor essa situação, dá uma lida aqui no meu <a href="http://cria-indesejada.blogspot.com.br/2014/09/por-que-uma-relacao-monogamica-e.html" target="_blank">post anterior</a> sobre o assunto. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Mas e outras formas de não monogamia?</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Vou fazer um resuminho aqui pra que esse texto seja o mais
didático possível. Claro que vou esquecer alguma coisa, mas se lembrarem, me
avisem!</span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />
<b>Swingue:</b> É quando<b> um casal</b>, numa relação (predominantemente) fechada tem momentos
de <b>interação sexual</b> com <i>outras pessoas ou com outros casais</i> de uma maneira <b>consentida</b>, <i>geralmente em que haja a
participação dos dois parceiros</i>. <b>Não pode haver afetividade/amor</b> para com o terceiro –
ele está lá só para o sexo.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-Hku1Pd7L2bg/UEtJiG6LWbI/AAAAAAAAAjM/dBCtG1LJZH0/s320/052.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-Hku1Pd7L2bg/UEtJiG6LWbI/AAAAAAAAAjM/dBCtG1LJZH0/s320/052.JPG" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b>Relacionamento Aberto:</b> esse termo é um pouco complicado, por
que ele já mudou de significado algumas vezes. Atualmente está se consolidando
um conceito no qual um RA é uma <b>relação a 2</b> em que há <b>permissão no envolvimento
sexual extraconjugal</b>,<i> mas não afetivo</i>. No RA, geralmente, existe <i>um casal
afetivo-sexual</i> <b>prioritário</b> e as outras pessoas com as quais se relacionam são
de vínculos só sexuais e considerados “menos importantes” que o primeiro, ou
seja, existe <b>hierarquia</b> entre os relacionamentos.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZYC_4g5Tlmeq3uZO2vaepgKkobqD9cJXaQc3ZlMBoyFd80nKCEFvzAsm33ptR98BriANxFzCxQuTSgwW_Cb6cDRcUj5dDRYXq8nPE2WPSn1_2I2yzeBDpmCx_ngjuts8YqPpRZZcb0nw6/s1600/1+a+3+trio1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZYC_4g5Tlmeq3uZO2vaepgKkobqD9cJXaQc3ZlMBoyFd80nKCEFvzAsm33ptR98BriANxFzCxQuTSgwW_Cb6cDRcUj5dDRYXq8nPE2WPSn1_2I2yzeBDpmCx_ngjuts8YqPpRZZcb0nw6/s1600/1+a+3+trio1.jpg" height="289" width="320" /></a></div>
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b>Amor Livre:</b> amor livre pode significar <i>uma imensidão de
coisas</i>. A história do termo envolve uma grande apropriação do termo. Ele pode
significar desde relações independentes do Estado ou da Religião, mas ainda
monogâmicas, até relacionamentos poliamorosos. Basicamente, se alguém te disser
que ela defende o “amor livre”, <i>peça para que ela explique o que quer dizer
amor livre para ela</i>.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://thumbs.dreamstime.com/x/amor-livre-17009892.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://thumbs.dreamstime.com/x/amor-livre-17009892.jpg" height="312" width="320" /></a></div>
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b>Relações sem vínculo:</b> é o tipo de relação que é
<i>exclusivamente sexual </i>e <i>não pode se estabelecer um vínculo afetivo</i> – seja por
que eles consensualmente determinaram que assim o é, seja por que algum deles
quer que se mantenha assim.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://mulher.terra.com.br/infograficos/posicoes-kama-sutra-para-crise-3-anos-v7/img/facebook.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://mulher.terra.com.br/infograficos/posicoes-kama-sutra-para-crise-3-anos-v7/img/facebook.jpg" height="166" width="320" /></a></div>
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b>Relações Livres:</b> esse termo foi cunhado pela Rede Relações
Livres, ou RLi, e é tanto uma relação, quanto uma
identidade, quanto uma concepção de relacionamento. O conceito que vou passar para vocês foi aprovado por membros da Rede Relações Livres, então acho que tem uma certa legitimidade:<br /><br />Relacionamentos Livres são <b>relações afetivas e/ou sexuais</b> em que os
parceiros primam pela <b>autonomia individual</b> e possuem <b>relacionamentos
estritamente abertos</b>, em que não há <b>nenhuma regulação</b> por qualquer das partes
sobre com quem pode ou não ficar/se relacionar, tudo isso na base do <b>consenso</b>.<br /><br /><i>Segundo esse conceito</i>, Relações Livres seriam um <b>tipo especifico </b>de Poliamor.
Mais especificamente, a <b>Ética</b> em torno da qual gira a conformação das Relações
Livres é uma <b>forma poliamorosa possível </b>(dentre várias) de lidar com os
relacionamentos.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="http://zh.rbsdirect.com.br/imagesrc/16135126.jpg?w=640" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://zh.rbsdirect.com.br/imagesrc/16135126.jpg?w=640" height="213" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #999999;">Isso vai causar uma confusãozinha, eu sei, por que uma porção
razoável dos RLis (não todos) não gosta que a gente diga que eles são
poliamoristas. Mas, conceitualmente, eles se encaixam em tudo... não têm
exclusividade sexual nem afetiva, é igualitária entre todos os parceiros e é
consensual. Uma relação RLi, portanto, é uma relação poli.</span></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #999999;"> </span></span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Claro que os RLis nunca aceitariam entrar numa relação de
exclusividade a 3, coisa que alguns polis preferem. Mas não gostar de vários
tipos de poliamor não nos faz menos poliamoristas, afinal, o termo é, como eu
disse, um “termo guarda-chuva”, que existe para unificar várias formas de
relacionamento diferentes, várias práticas diferentes. Eu, por exemplo, não toparia estar numa relação fechada, fosse ela poliamorosa ou não.<br /><br />---------<br /><br />Bom, acho que fiz bem o trabalho de apresentar as coisas pra quem não conhece nada! Claro que fui um bocado simplista e várias coisas ficaram de fora, mas falem sobre essas coisas! Comentem! :)<br /></span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZhR6oUZLeaEeGZpgprcU7OmibWoX_z1gHsi8JgOfk6qx-1KiCHNOMOz_pBJwRUEEGdUrmPFTgrwSw_HB5AyzPr0OB6YsOJ85R9g4DjCARPnUg6Jum5Q9PLXWco-7We_DFtnqJ-L6O_ec/s1600/PPBsmall.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZhR6oUZLeaEeGZpgprcU7OmibWoX_z1gHsi8JgOfk6qx-1KiCHNOMOz_pBJwRUEEGdUrmPFTgrwSw_HB5AyzPr0OB6YsOJ85R9g4DjCARPnUg6Jum5Q9PLXWco-7We_DFtnqJ-L6O_ec/s1600/PPBsmall.png" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi394ZPGjjYoP8V2p4IqSHabREsC-foVjcKsrvm0AEBdiGvJpSNBlwJwBLNpmmVk4IHsxxUGFwATkONpOtSrMYZgs-l3-bCn_Lm8FZwRkTAqY-wuZix8ppdTGMmtFMpdqCFLU0XPGBZSRw/s1600/S%C3%ADmbolo+copy.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi394ZPGjjYoP8V2p4IqSHabREsC-foVjcKsrvm0AEBdiGvJpSNBlwJwBLNpmmVk4IHsxxUGFwATkONpOtSrMYZgs-l3-bCn_Lm8FZwRkTAqY-wuZix8ppdTGMmtFMpdqCFLU0XPGBZSRw/s1600/S%C3%ADmbolo+copy.jpg" height="200" width="200" /></a></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">E aí? Se identificou? Expliquei melhor cada coisa? Se você se entendeu como Poliamorista ou quer saber mais sobre o assunto, eu recomendo que você <b>entre e participe</b> do grupo <a href="https://www.facebook.com/groups/poliamorbrasil/?fref=ts" target="_blank">Pratique Poliamor Brasil</a>, no facebook. Se você é do <b>Rio de Janeiro</b>, ainda pode entrar na <a href="https://www.facebook.com/groups/353952961323044/?fref=ts" target="_blank">Pratique Poliamor RJ</a>, onde nos apoiamos no tripé "<b>apoio, conhecimento e militância</b>" e onde combatemos de maneira <b>interseccional</b> e <b>não-sectária</b> toda e qualquer forma de <b>opressão</b> e <b>discriminação</b>. Vários eventos vão rolar ano que vem, imagino que vocês vão se amarrar ^^<br /><br /><br /><br />Valeu, Galera! Vontade e Sabedoria na Guerra!</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBNYMD9n-0mr7iblsFT0x9yl4A22OIbxrN6M8ICoqBSS5frRc_vJf7YDGwsGvY2ysJwM8xkOPZ1asXaSYH4cXSPv-pDF3kOBCvaLoqZlwgrwYnDxrfc8tUUFPAWAyt9D_bsPgv_0kxPb4/s1600/893006_10201150109375091_1963951733_o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBNYMD9n-0mr7iblsFT0x9yl4A22OIbxrN6M8ICoqBSS5frRc_vJf7YDGwsGvY2ysJwM8xkOPZ1asXaSYH4cXSPv-pDF3kOBCvaLoqZlwgrwYnDxrfc8tUUFPAWAyt9D_bsPgv_0kxPb4/s1600/893006_10201150109375091_1963951733_o.jpg" height="223" width="400" /></a></span></div>
</div>
Árion Vampyrhttp://www.blogger.com/profile/15070943590264979888noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8030741422243445949.post-40982956783194139702014-11-10T23:46:00.003-08:002014-11-10T23:46:45.701-08:00Resposta Socialista 1 - Nazismo X Socialismo<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Resolvi fazer esse post por que dois amigos meus comentaram no facebook em resposta à seguinte imagem:</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwhcgb9P1HUE7_P_7sxzacfgIqzTaig-F0xpyaCLIbgPZRojH31CYAMMr7T-nnREe5VHya2TmRD1cnM_43jdWnKxb_f9blbwKH1pDV205fzDfYGTCv2KXKSWTZoCUoUluMh0lx_XmT6So/s1600/10419972_533036423500226_1676426422259977274_n.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwhcgb9P1HUE7_P_7sxzacfgIqzTaig-F0xpyaCLIbgPZRojH31CYAMMr7T-nnREe5VHya2TmRD1cnM_43jdWnKxb_f9blbwKH1pDV205fzDfYGTCv2KXKSWTZoCUoUluMh0lx_XmT6So/s1600/10419972_533036423500226_1676426422259977274_n.png" height="320" width="274" /></span></a></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Um deles se declara realmente de direita e o outro aparentemente simpatiza com o anarquismo, mas não se diz de esquerda... De qualquer forma, eles fizeram comentários que eu achei mt errados e achei que mereciam uma resposta adequada. Como considero essas pessoas, resolvi escrever um texto aqui (que será visivelmente mais amistoso do que a minha média aqui ahhah)</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Bom, um deles estava defendendo que o nazismo podia não ser marxista, mas que era socialista. Depois de uma resposta de um amigo meu sobre a questão terminológica, a resposta que recebeu foi a seguinte:</span><br />
<br />
<blockquote class="tr_bq">
<span data-reactid=".25.1:3:1:$comment971823379498835_971987996149040:0.0.$right.0.$left.0.0.1:0" style="background-color: #f6f7f8; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 15.3599996566772px;"> "</span><span data-ft="{"tn":"K"}" data-reactid=".25.1:3:1:$comment971823379498835_971987996149040:0.0.$right.0.$left.0.0.1:$comment-body" style="background-color: #f6f7f8; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 15.3599996566772px;"><span class="UFICommentBody" data-reactid=".25.1:3:1:$comment971823379498835_971987996149040:0.0.$right.0.$left.0.0.1:$comment-body.0"><span data-reactid=".25.1:3:1:$comment971823379498835_971987996149040:0.0.$right.0.$left.0.0.1:$comment-body.0.0"><a aria-haspopup="true" aria-owns="js_y" class="profileLink" data-hovercard="/ajax/hovercard/hovercard.php?id=100006937157598&extragetparams=%7B%22hc_location%22%3A%22ufi%22%7D" data-reactid=".25.1:3:1:$comment971823379498835_971987996149040:0.0.$right.0.$left.0.0.1:$comment-body.0.0.$range0:0" dir="ltr" href="https://www.facebook.com/profile.php?id=100006937157598" id="js_z" style="color: #3b5998; cursor: pointer; text-decoration: none;" target="_blank">Lee Apollo Adama</a><span data-reactid=".25.1:3:1:$comment971823379498835_971987996149040:0.0.$right.0.$left.0.0.1:$comment-body.0.0.$end:0:$0:0">, presta atenção... fortalecimento do Estado em detrimento do indivíduo, o governo decidia que profissão o cidadão deveria seguir, investimentos pesados nas forças armadas, em indústrias que fossem beneficiar estas forças armadas e pesq</span></span><span data-reactid=".25.1:3:1:$comment971823379498835_971987996149040:0.0.$right.0.$left.0.0.1:$comment-body.0.3"><span data-reactid=".25.1:3:1:$comment971823379498835_971987996149040:0.0.$right.0.$left.0.0.1:$comment-body.0.3.0"><span data-reactid=".25.1:3:1:$comment971823379498835_971987996149040:0.0.$right.0.$left.0.0.1:$comment-body.0.3.0.$end:0:$0:0">uisa tecnológica que pudesse ser útil militarmente, monopartidarismo estando o "líder" do partido na posição de governante, supressão da oposição, perseguição de minorias (principalmente religiosas), tortura e execução de dissidentes políticos, culto às idéias e à personalidade do "líder", invasão de territórios autônomos próximos, uma economia onde você tinha o direito a ter a sua empresa, desde que o governo dissesse que tipo de empresa, quem você contratava, quanto pagar de salário para os seus empregados, qual o preço que você deveria vender os seus produtos e caso você desobedecesse o governo simplesmente intervinha na sua empresa (de fato você era simplesmente um administrador de uma empresa que pertencia ao governo) etc. O nazismo era algo bem próximo do comunismo chinês... e não estou falando de nome e sim de forma de governar.</span><br data-reactid=".25.1:3:1:$comment971823379498835_971987996149040:0.0.$right.0.$left.0.0.1:$comment-body.0.3.0.$end:0:$1:0" /><span data-reactid=".25.1:3:1:$comment971823379498835_971987996149040:0.0.$right.0.$left.0.0.1:$comment-body.0.3.0.$end:0:$2:0">E na boa, Mao era tão boa pessoa quanto Hitler, além de terem formas muito parecidas de governar..."</span></span></span></span></span></blockquote>
<span data-ft="{"tn":"K"}" data-reactid=".25.1:3:1:$comment971823379498835_971987996149040:0.0.$right.0.$left.0.0.1:$comment-body" style="background-color: #f6f7f8; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 15.3599996566772px;"><span class="UFICommentBody" data-reactid=".25.1:3:1:$comment971823379498835_971987996149040:0.0.$right.0.$left.0.0.1:$comment-body.0"><span data-reactid=".25.1:3:1:$comment971823379498835_971987996149040:0.0.$right.0.$left.0.0.1:$comment-body.0.3"><span data-reactid=".25.1:3:1:$comment971823379498835_971987996149040:0.0.$right.0.$left.0.0.1:$comment-body.0.3.0"><span data-reactid=".25.1:3:1:$comment971823379498835_971987996149040:0.0.$right.0.$left.0.0.1:$comment-body.0.3.0.$end:0:$2:0"></span></span></span></span></span><br />
<a name='more'></a><br /><br />
<span data-ft="{"tn":"K"}" data-reactid=".25.1:3:1:$comment971823379498835_971987996149040:0.0.$right.0.$left.0.0.1:$comment-body" style="background-color: #f6f7f8; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 15.3599996566772px;"><span class="UFICommentBody" data-reactid=".25.1:3:1:$comment971823379498835_971987996149040:0.0.$right.0.$left.0.0.1:$comment-body.0"><span data-reactid=".25.1:3:1:$comment971823379498835_971987996149040:0.0.$right.0.$left.0.0.1:$comment-body.0.3"><span data-reactid=".25.1:3:1:$comment971823379498835_971987996149040:0.0.$right.0.$left.0.0.1:$comment-body.0.3.0"><span data-reactid=".25.1:3:1:$comment971823379498835_971987996149040:0.0.$right.0.$left.0.0.1:$comment-body.0.3.0.$end:0:$2:0"><br /></span></span></span></span></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Vamos um por um?</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b> - "Fortalecimento do Estado em detrimento do indivíduo"</b></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.fottus.com/wp-content/uploads/post_191_nazismo/nazismo%20(43).jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://www.fottus.com/wp-content/uploads/post_191_nazismo/nazismo%20(43).jpg" height="211" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Bom, dado que o conceito de "indivíduo" só foi pensado em meados da idade média e só foi realmente orientar a política de qualquer Estado a partir da Revolução Francesa, só podemos tirar 2 conclusões: ou todas as outras formas de política estatal eram socialistas ou próximas de socialistas até o estabelecimento do Estado Moderno, ou esse não é um elemento determinante nem de liberdade/democracia nem de socialismo.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Um exemplo interessante é a Grécia (especialmente em Atenas) - lá o conceito de garantia a liberdade e a democracia era o de "cidadão"/"homem" e não o de "indivíduo" e ele permitia que o Estado se fortalecesse sobre a auto-afirmação individual sem atrapalhar o exercício da liberdade dos cidadãos (que eram, no caso, uma minoria...).</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Bom, eu creio que os direitos individuais são um avanço que deve ser preservado em qualquer sociedade pós-capitalista. Mas não podemos ignorar o fato de que o poder do Estado é necessariamente uma negação do poder individual. Se pensar em termos de "em detrimento do", a retirada de liberdades (ou seja, de possibilidade de fazer coisas sem represália oficial, nesse caso específico) é característica essencial do Estado. Logo, é da natureza do Estado limitar o indivíduo em prol da coletividade. Então toda e qualquer atuação do Estado é socialismo? Isso é muito reducionista.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b> - "o governo decidia que profissão o cidadão deveria seguir"</b></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Na verdade, isso é uma mentira. Depois da conformação do Estado Moderno, não houve nenhuma sociedade em que as profissões individuais foram determinadas pelo governo. Na verdade, nunca nem houve aparato Estatal suficiente para isso. O que houve nas sociedades pós-feudais (todas, inclusive nas democracias burguesas mais desenvolvidas) foi a identificação de pessoas com potenciais fora do comum para que fossem incentivadas a atividades extras focadas para desenvolver essas características. A diferença fundamental é realmente o caráter compulsório que essa seleção especial teve nos regimes Stalisnistas (que não são socialistas, diga-se de passagem) e nos regimes Fascistas, assim como várias coisas eram compulsórias no mundo em várias áreas em vários modelos políticos, inclusive a democracia burguesa liberal (como por exemplo o alistamento militar do conjunto da população de alguns países, especialmente Israel, onde isso é à vera e não meia boca que nem no Brasil).</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://guiadoestudante.abril.com.br/blogs/papo-do-intervalo/files/2013/04/3377785.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://guiadoestudante.abril.com.br/blogs/papo-do-intervalo/files/2013/04/3377785.jpg" height="235" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Um elemento importante sobre esse assunto é que há uma diferença grande entre o Nazismo e o Stalinismo na questão da educação. Apesar de haver um forte controle da educação em ambos os regimes, no Nazismo há instituições educacionais privadas (de todos os níveis de ensino) e no Stalinismo não. Isso por que há uma diferença social entre ambos: o Nazismo é o modelo autoritário do Estado Burguês; o Stalinismo é o modelo autoritário do Estado Operário. Portanto, muito da obrigação que certos indivíduos tinham de seguir os esportes, por exemplo (a principal carreira de investimento compulsório nesses regimes), no Nazismo, era feito por instituições privadas.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="color: red; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i>A proposta dos socialistas revolucionários (minha linha política) é a de que cada um siga a profissão que mais lhe aprazer, mas que haja uma política de formação continuada</i></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>- "investimentos pesados nas forças armadas, em indústrias que fossem beneficiar estas forças armadas e pesquisa tecnológica que pudesse ser útil militarmente"</b></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Durante a Guerra Fria, isso era uma característica de ambas as potências (EUA e URSS) e uma necessidade. No entre-guerras, isso também foi uma política muito forte em ambos os países. Nos EUA, até hoje, isso é uma característica marcante, inclusive em relação a outros países... e qual o partido que mais intensifica o investimento militar dos EUA? O Republicano. É um tanto quanto estranho dizer que o partido Republicano é verdadeiramente fascista ou socialista. Preciso falar de Israel e seu fortíssimo investimento militar?</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d2/Yalta_summit_1945_with_Churchill,_Roosevelt,_Stalin.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d2/Yalta_summit_1945_with_Churchill,_Roosevelt,_Stalin.jpg" height="322" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Aliás, é interessante destacar que, no nível ideológico, os dois governos tinham posturas muito diferentes quanto à Guerra. O Stalinismo tinha uma linha de evitar o conflito direto com os governos burgueses (principalmente com a política do "socialismo num só país"), o que o levou a sabotar diversas revoluções ao redor do mundo, inclusive dando os nomes dos membros do PC Chinês ao Kuomitang, o partido liberal burguês da China pré-Maoista. A Guerra Fria permaneceu fria justamente por que o PCUS evitava o conflito direto com os EUA e era contra o expansionismo (o que levou a convencerem Fidel Castro a ter conflitos com Che Guevara e dizer que não deveria haver "outra cuba" na América Latina). A tomada do Leste Europeu na Segunda Guerra não foi uma política do Stalinismo, mas uma política de massas, em que as pessoas espontaneamente, ao ouvir que o exército vermelho chegava, se levantavam em armas contra seus governos, tomavam o poder e o entregavam ao Exército Soviético (o que os fez se foderem magistralmente, especialmente quando o Stalin considerou vítimas do nazismo como inimigos do Estado). A maioria das revoluções socialistas do mundo se deram CONTRA a política dos seus respectivos partidos comunistas ou, pelo menos, contra a política do PCUS, que, burocrática e oportunisticamente, se dizia pró-revolução durante o período revolucionário ou depois dele. Mao Tsé Tung, inclusive, era um dissidente interno do Stalinismo, e teve enfrentamentos com a URSS por causa disso. No campo ideológico, o Stalinismo dizia que o mundo seria pacífico sob a ordem do Estado Soviético.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUDmLL0k2fC3WyqkS-yXgDx75lOqS5TB2c3IDesrbipAaFAJh11eRJ7GJsQ9r8ft-pk3Uesd_jV83AHnZsTORpKYHvDAhx2i4V3CE6kzhcDMozYbv21EL7X97knMQe7A-LmG9-VFdLdCo/s1600/Exercito+Nazista.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUDmLL0k2fC3WyqkS-yXgDx75lOqS5TB2c3IDesrbipAaFAJh11eRJ7GJsQ9r8ft-pk3Uesd_jV83AHnZsTORpKYHvDAhx2i4V3CE6kzhcDMozYbv21EL7X97knMQe7A-LmG9-VFdLdCo/s1600/Exercito+Nazista.jpg" height="211" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O Nazismo era o exato oposto. Para o Nazismo, a Guerra era um momento em que a natureza humana se realizava, onde um homem conseguia glória e valor. Para eles, o Expansionismo era uma necessidade urgente e o militarismo não tinha como intenção protegê-los, mas atacar outros países. A maioria dos símbolos Nazistas envolviam simbologias de poder e guerra (como a águia e o machado envolto em cilindros de madeira). Para os Nazistas, nunca haveria paz, apenas a supremacia da raça Ariana.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="color: red; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i>A posição dos socialistas revolucionários sobre esse tema é que o uso de força militar é necessária para a proteção do Estado Operário, assim como qualquer Estado, mas que a organização local deve ser organizada localmente e que o método padrão de expansão do socialismo a qualquer país é a auto-organização da população ou sua reivindicação de intervenção frente a um governo repressor. Defendemos que os dirigentes do exército sejam votados, que os militares tenham direitos políticos plenos, bem como direitos trabalhistas (inclusive livre organização sindical e direito de greve). De qualquer forma, a centralidade do investimento em uma ou outra área deve ser uma votação de âmbito nacional e democrática, feita com base em discussão local e representação nacional. Se a prioridade votada for a militar, assim será; se não for, não será prioridade. Simples assim.</i></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b> - " monopartidarismo estando o "líder" do partido na posição de governante, supressão da oposição"</b></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAyU4i4qVMLFHTCjHbEhHoJqnhJi1y-KOqK6FhPrc-my2JrHclc9P5OyGOuyMieVAEiXv0OQlVfpyc86nCq0HXo8pj1MGg2Mda5kPXOhyphenhyphenKpixCj2UsTY2bFqbeBA4txGUtTJS2ST43IK-0/s1600/urss_soviet_poster_08.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAyU4i4qVMLFHTCjHbEhHoJqnhJi1y-KOqK6FhPrc-my2JrHclc9P5OyGOuyMieVAEiXv0OQlVfpyc86nCq0HXo8pj1MGg2Mda5kPXOhyphenhyphenKpixCj2UsTY2bFqbeBA4txGUtTJS2ST43IK-0/s1600/urss_soviet_poster_08.jpg" height="400" width="262" /></a></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Isso realmente era uma característica fundamental de ambos os regimes (Stalinista e Nazista). Na verdade, eu iria além, eu diria que, em ambos, há um controle de todo o aparato estatal pelo partido dominante. Isso é uma característica do Totalitarismo, que se aplica ao Stalinismo e ao Nazismo.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Mas isso também é uma meia verdade... primeiramente que o Socialismo não pode ser confundido com o Stalinismo. No Período inicial da URSS, havia pluripartidarismo e isso sempre foi defendido pelos socialistas. O que acontece é que a liberdade de organização precisa ter um limite - e esse limite foi o de manter-se sem levantar armas contra o governo dos Soviets (uma política de excessão característica do período do "comunismo de guerra", planejado para ser uma situação temporária). Os outros 2 partidos se levantaram contra o governo soviético - os Kadetes e os Mencheviques do POSDR, que eram parte do governo liberal que foi derrubado pela revolução e se alinharam com o imperalismo internacional com o exército branco contra-revolucionário... os anarquistas também criaram um exército próprio e enfrentaram ambos o Exército vermelho e o branco: uma política que só prejudicou a luta contra o terror branco e o imperialismo, causando conflitos em várias áreas.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O Stalinismo, de fato, proibiu a existência de outros partidos e qualquer forma de oposição, mesmo interna ao partido. Mas isso não quer dizer que o Stalinismo tenha sido monolítico durante todo o tempo. Depois de Stalin, os PCs ao redor do mundo conseguiram muito mais autonomia teórica acabando por gerar posições assumidamente reformistas em vários partidos no mundo. Na Própria URSS, o Khrushchev, por exemplo, não era líder absoluto do partido e alguns setores divergentes voltaram a se desenvolver no interior do PCUS. Então, um certo nível de oposição passou a ser permitido, mas é válido localizar que essa era uma oposição à direita, mais para centro, num espectro geral. Ou seja, a supressão total de toda e qualquer forma de oposição não é uma característica intrínseca do Stalinismo. É claro que, independente desse fato, o regime era extremamente totalitário e, portanto, repressor - mas não podemos igualar o Stalinismo pós-Stalin ao Nazismo Hitlerista.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O regime político do Nazismo se assemelha mais, nesse sentido, ao Stalinismo da era Stalin. Qualquer Stalinista concorda que deve haver espaço para alguma divergência interna ao partido comunista... os Nazistas não aceitam qualquer oposição, pois a fala do líder é parcialmente divina.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="color: red; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i>Os Socialistas Revolucionários são ortodoxos nesse ponto: nenhuma oposição que não se levantar contra o governo em armas será reprimida. Na verdade, Trotsky, sobre a imprensa, dizia que todos os grupos políticos (inclusive burgueses) deveriam ter acesso a meios de produção de imprensa correspondentes à sua relevância social (e, portanto, não pelo seu poder econômico). Essa relevância seria definida pela demanda de gente pelo material dos respectivos grupos políticos. Aliás, nós defendemos que qualquer grupo (político ou não) tenha acesso a meios de comunicação de acordo com sua relevância social, no mesmo critério. Hoje, com a internet e a possibilidade infinita de meios de comunicação (canais online de vídeos, páginas em redes sociais, etc.) nem precisa haver limitação das formas de comunicação nem por esse sentido, só nas formas impressas. Além disso, defendemos que as posições políticas não-organizadas também devem ter voz e espaço de participação direta nas decisões. Decisões diretas locais e representativas a nível macro. Lembrando, claro, que essa representação seria controlada localmente, revogável, obrigatoriamente transparente e as pessoas não ganhariam salários especiais por isso - receberiam a remuneração média de um operário qualificado. O mesmo vale para membros da administração social. Além disso, defendemos a autonomia dos sindicatos e da organização da sociedade civil.</i></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b> - "perseguição de minorias (principalmente religiosas)"</b></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Isso também é uma característica totalitária em comum. Mas devemos diferenciar quem são as minorias de cada regime - e isso faz muita diferença.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">No Stalinismo, as minorias eram essencialmente os LGBTs e minorias culturais, como os rockeiros. As minorias religiosas eram perseguidas assim como as maiorias - a manifestação religiosa era proibida. Não foram postos todos os cristãos em Gulags, nem todos os protestantes, nem todos os judeus. Não havia uma preocupação real com saber a origem religiosa das pessoas, nem a genealogia delas, nem se eram batizadas ou não. Se não se manifestasse religiosamente, não haveria repressão. Isso é uma atrocidade, obviamente, mas é bem diferente do Nazismo.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://img.historiadigital.org/2014/01/Foto-Nazismo-Padres-Nazistas.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://img.historiadigital.org/2014/01/Foto-Nazismo-Padres-Nazistas.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">No Nazismo, os Judeus e outras minorias religiosas eram perseguidos sistematicamente, caçados. Podiam ficar calados em seus cantos, sem se manifestar religiosamente... mas se fossem filhos de judeus, etnicamente judeus, ou tivessem se convertido em algum momento, eram vítimas de perseguição. Isso é uma diferença bastante significativa... tanto que quando o Stalinismo caiu, as religiões ressurgiram - e no Nazismo não. Até por que o Nazismo defendia uma religião que sempre foi maioria na Alemanha e no ocidente: O Cristianismo.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O caso dos LGBTs é comum aos dois e ambos eram tremendamente homofóbicos. A ideia de sexualidade voltada para a reprodução e o comportamento "natural" e, ao mesmo tempo (e contraditoriamente), "civilizado"/"superior" dominou ambos os regimes. Nesse caso não tem nem o que diferenciar mesmo.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O Rock não existia na época do Nazismo e o Jazz não chegou a alcançar a alemanha na época do Nazismo, mas ele era um sistema que emblemava a cultura alemã (os parceiros italianos e japoneses faziam o mesmo com suas próprias culturas) acima de todas as outras por uma ideia de que os Arianos seriam a "raça superior"/"povo escolhido por Deus". Essa é uma diferença bem grande em relação aos Stalinistas, que defendiam o nacionalismo de cada país, com sua cultura popular local. O Rock foi perseguido por ser visto como uma capitulação ao Imperialismo dos EUA, um alinhamento com o liberalismo, ou qualquer coisa do tipo... além de ser uma ameaça à ordem, pela sua posição de enfrentamento com as autoridades autoritárias em geral. No Brasil, um Nazista rejeitaria o Samba, por exemplo, por ser de origem inferior... mas os Stalinistas usaram muito do samba como forma de manifestação cultural do Realismo Socialista no Brasil.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.omagnatta.com/wp-content/uploads/2014/05/06.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://www.omagnatta.com/wp-content/uploads/2014/05/06.jpg" height="208" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Além disso, é importante recordar que o Stalinismo não é abertamente racista. Não havia perseguição racial na URSS (ou pelo menos nenhuma que tenha sido relevante o suficiente para caracterizar o regime) e não havia a ideia de uma "raça superior" - tanto que os partidos comunistas cresceram na África, na América Latina e no Oriente Médio com vários membros negros, árabes, latinos e indígenas, sendo, muitas vezes, pioneiros nisso. Os Nazistas consideravam toda e qualquer "raça" que não os "arianos" ou os japoneses (chamados de "arianos do oriente") era inferior e deveria ser subjugada e escravizada - isso levou à perseguição em massa de judeus, negros e ciganos, por exemplo.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Na verdade, várias democracias liberais perseguiram minorias religiosas e culturais, proibiram o samba e prenderam sambistas; proibiram e prenderam rockeiros; fechando terreiros de umbanda e candoblé; a população negra na América sofre uma política organizada de extermínio sistemático disfarçada de "guerra ao tráfico" ou "segurança pública"; nos EUA, existe perseguição muito clara a árabes em nome da "guerra ao Terror"... e os exemplos vão se alongando.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="color: red; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i>Os Socialistas Revolucionários defendem a liberdade religiosa e o Estado Laico. Também defendemos e estimulamos a auto-organização e manifestação dos setores oprimidos e qualquer grupo de opinião. Temos uma preocupação especial com dar conta das demandas específicas dos grupos oprimidos, defendendo políticas voltadas para esses setores, que corrijam as desigualdades. Além disso, defendemos a anarquia na arte - toda e qualquer forma de arte deve ser estimulada e todo grupo cultural deve incentivado a se afirmar culturalmente se não estiver reproduzindo nenhuma forma de opressão.</i></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b> - "tortura e execução de dissidentes políticos"</b></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://brasil.indymedia.org/images/2011/03/488621.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://brasil.indymedia.org/images/2011/03/488621.jpg" height="275" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Bom, talvez as pessoas não estejam cientes, mas isso acontece hoje em dia em todas as democracias liberais do mundo, especialmente as dos países periféricos. Sabemos muito bem que existe perseguição a organizadores seringueiros e ambientalistas na Amazônia, perseguição a ativistas políticos em quase qualquer lugar do país... vários foram os mortos em conflitos por terra/moradia ou em movimentos mais radicais e até grevistas. Morreu um jovem nas manifestações do ano passado em MG (teve mais gente, mas é só esse que eu me lembro no momento), muita gente foi presa durante e depois disso. O governo Dilma começou com presos políticos na visita do Obama ao Brasil. O governo FHC também tem uma lista enorme de perseguidos políticos e mortos. Essas ações são civis e estatais. Sabemos que o aparato militar da nossa política é bem preparado para torturar e matar especialmente negros, e sabemos que uma parte desse treinamento serve para ativistas, que já foram vários presos arbitrariamente pela polícia, agredidos e alguns mortos.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">É bem mais light que uma ditadura aberta, mas não dá pra dizer que isso seja exclusividade do Nazismo ou do Stalinismo.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>- " uma economia onde você tinha o direito a ter a sua empresa, desde que o governo dissesse que tipo de empresa, quem você contratava, quanto pagar de salário para os seus empregados, qual o preço que você deveria vender os seus produtos e caso você desobedecesse o governo simplesmente intervinha na sua empresa (de fato você era simplesmente um administrador de uma empresa que pertencia ao governo)"</b></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Na verdade, no Stalinismo a maioria não tinha o direito de ter sua própria empresa, especialmente em certos setores da economia. Nesse caso, a propriedade era diretamente Estatal e os administradores dela podiam ser simplesmente retirados de seus cargos por ordens de seus superiores Estatais... era uma tarefa burocrática e não privada. O Burocrata Stalinista não era dono das riquezas geradas pelas empresas, apesar de receber grandes benesses extraídas desse controle. No Nazismo, os empresários continuavam sendo proprietários dos meios de produção e o lucro das empresas pertencia a eles - eles eram os patrões mesmo, não só na aparência.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://fluff.info/blog/ibm/ibm10000.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://fluff.info/blog/ibm/ibm10000.jpg" /></a></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O Governo Nazista não dizia para o indivíduo específico qual tipo de empresa ele deveria ter, nem tabelava todos os preços e nem ficava intervindo nas empresas o tempo todo. O governo nazista preservou a existência de mercado e estava muito longe de planificar a economia. Ele certamente não era um governo liberal, então não deixava a economia correr solta... mas todo mundo que intervém na economia é socialista ou nazista? Isso é de um reducionismo brutal. Existem várias nuances de intervenção do Estado... e o Estado Soviético planificou a economia! Ele fazia planos de cinco em cinco anos com as metas de produção, controlava todos os preços de todos os produtos, decidia todo o andamento da produção, mesmo os meandros burocráticos. O Nazismo intervinha em empresas que estivessem politicamente em desalinho com a política do Estado - ou seja, proibia de contratar setores perseguidos pelo governo e intervinha mais diretamente em setores chave da economia. No Stalinismo, os administradores das empresas eram TODOS membros do PCUS. No nazismo, uma pessoa que não era do partido nazista podia ter empresa e administrá-la, só tinha que jurar fidelidade ao Führer.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Várias democracias liberais monopolizam setores produtivos de maior importância e muitas delas intervêm fortemente nesses setores, chegando até a tabelar preços em alguns casos. É uma medida emergencial e, geralmente, temporária, mas não é uma exclusividade "nazista"/"socialista" - e pelo que podemos perceber, existe uma diferença substancial entre o nível de controle da economia em cada um.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="color: red; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i>Os Socialistas Revolucionários defendem um Estado que planifique toda a economia e em que toda ela seja determinada por planos econômicos coordenados e votados democraticamente pela população, a serem definidos nacionalmente em linhas gerais e aplicados localmente de maneira ajustada à realidade específica. Defendemos que as chefias sejam votadas pelos trabalhadores, sejam revogáveis e cumpram um papel progressivamente menos central, sendo em última instância substituídos pelos conselhos operários.</i></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Bom, tratados todos os pontos que ele colocou, vou tratar de alguns que ficaram de fora...</b></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Não podemos observar a dinâmica histórica sem observar que setores sociais estão se movimentando em que direção para construir os fenômenos políticos. O que isso quer dizer? Não podemos ver a história como uma fotografia parada de uma parte específica do fenômeno (nesse caso, as táticas de controle Estatal). Fazer isso é uma simplificação histórica. Quem fez o quê quando? Quais os interesses por trás dessas políticas? A quem elas beneficiam?</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.ere.net/wp-content/uploads/2013/07/lobbying.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.ere.net/wp-content/uploads/2013/07/lobbying.jpg" height="257" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Dizer que uma política beneficia o governante é um tanto quanto ingênuo... é claro que qualquer política que não for uma conquista dos movimentos sociais vai ser sempre um benefício para os governantes - se não formalmente, informalmente... e isso vemos com mta clareza na política Brasileira e da América de conjunto. E os governantes são uma classe própria, separada do resto da sociedade? O governantes flutuam no mundo? Não.. existem interesses que eles representam e setores sociais que se mobilizam para colocá-los onde estão.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">No caso do Nazismo, um setor importante do empresariado industrial sofria com o forte movimento operário (composto muito por judeus pobres), a tendência retrativa do capital financeiro (controlado bastante por judeus também) a instabilidade econômica brutal (inflações bizarras flutuando todos os dias), muita insegurança na economia... e era um patronado forte, com uma grande influência nas decisões políticas do país. O partido Nazista, com seu grande oportunismo teórico (fazendo referências incoerentes a autores diferentes de discurso a discurso, se apegando a qualquer coisa que parecia mais aprazível às massas), tinha uma grande influência nas massas insatisfeitas com a cultura liberal (que sempre foi predominante na Alemanha) e um grande apoio dos setores conservadores rurais ligados à Igreja Católica.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.colegioweb.com.br/wp-content/uploads/2012/09/Nazismo.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.colegioweb.com.br/wp-content/uploads/2012/09/Nazismo.jpg" height="268" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Durante um tempo, esse empresariado industrial apostou na República de Weimar e sua política semi-liberal. No contexto da Alemanha do entre-guerras, os prejuízos da Primeira Guerra eram muito grandes e o descontrole da política liberal levaram a economia à loucura. Esses mesmos industriais viraram de lado e apoiaram a eleição do Hitler. Por quê essa virada? Por que as políticas liberais não davam segurança ao mercado alemão e prejudicavam demais os lucros e a viabilidade da atividade econômica no país. Era necessária uma política de contenção econômica, que segurasse a inflação, regularizasse a produção e permitisse que as empresas conseguissem vender suas mercadorias de maneira suficiente. Para isso precisavam de uma população com poder de compra, mas atmbém de mão de obra barata, e uma noção maior das demandas do mercado, bem como uma retração do crédito. Isso, apesar de ser inflacionário em médio/longo prazo, era a necessidade imediata. E o partido que tinha condições de aplicar essa política era o Partido Nazista.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ao mesmo tempo, por causa da falência da política liberal da República de Weimar, os trabalhadores cada vez mais se moviam em direção ao apoio ao Partido Comunista Alemão e ao Espartaquismo descendente da Rosa Luxemburgo. O Fantasma da revolução social rondava a Alemanha e a Itália. A miséria era enorme, a inflação era tenebrosa... se isso continuasse, o movimento social poderia se agitar demais. Era necessário, portanto, não só a aplicação de uma política econômica intervencionista/anti-liberal, como também era necessária uma forte repressão aos movimentos operários. Isso tudo exigia o totalitarismo. A apatia do Partido Comunista e sua confusão política permitiu a ascensão do partido nazista.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/98/Wobbelin_Concentration_Camp.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/98/Wobbelin_Concentration_Camp.jpg" height="320" width="255" /></a></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Além disso, era necessário que houvesse trabalho escravo e semi-escravo que permitisse o avanço da economia.. e isso foi conseguido com o trabalho de setores oprimidos que foram postos em trabalhos forçados auxiliando alguns setores da economia. O trabalho forçado permitiu a expansão da produção industrial e reduziu a quantidade de remuneração por pessoa, permitindo um aumento da capacidade de consumo individual e uma redução dos preços e do dinheiro circulando na economia (portanto também a inflação), valorizando a moeda... e tudo isso sem criar endividamento com o sistema financeiro. Ou seja, os maiores beneficiários do Nazismo foram os Industriais que o ascenderam ao poder.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">...</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O processo que gerou a revolução de outubro é completamente inverso. O Empresariado industrial nacional era muito recente, ligado com o empresariado internacional, fraco política e economicamente, e associado com a aristocracia semi-feudal do campo. Os Mencheviques, que se tornaram o centro do poder político na revolução de fevereiro, fizeram alianças com o empresariado industrial e os Kadetes, ficando presos, assim, à política internacional da época da primeira guerra, inclusive o envolvimento com a guerra. Os esforços de guerra e a capitalização da economia russa levou à falta de acesso de boa parte da população, especialmente nas cidades, a produtos de primeira necessidade. No campo, os camponeses eram recrutados em massa para lutar na guerra, prejudicando a produção familiar e expondo milhares de jovens à situação precária da atuação da rússia na guerra.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://guiadoestudante.abril.com.br/imagem/revolucao%20russa%202.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://guiadoestudante.abril.com.br/imagem/revolucao%20russa%202.jpg" height="276" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O governo dos Mencheviques e dos Kadetes se apoiava no movimento de massas que os colocou no poder através da auto-organização e dos soviets (conselhos populares), foi perdendo apoio conforme os trabalhadores iam percebendo que não haveria mudança substancial de política econômica. As revoltas contra o governo foram aumentando... ao ponto que os trabalhadores de Moscou chegaram a quase votar a tomada do poder... e voltaram a se radicalizar. Os mencheviques davam cada vez menos importância pros soviets, mas eles foram crescendo em poder de mobilização.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Os bolcheviques continuavam apostando nos soviets e nos sindicatos como instrumentos de organização da sociedade, o que os fez receber muita moral dos trabalhadores... mas os bolcheviques só foram se tornar maioria no conselho dos soviets depois de outubro, e, mesmo assim, depois de um ou dois conselhos. Quando da tomada do poder, os bolcheviques votaram a tomada do poder enquanto partido durante a preparação do conselho dos soviets, tomaram o palácio do Czar e, quando o congresso dos soviets rolou, DERAM o poder ao conselho, que elegeu um comissariado bolchevique apesar da maioria de Mencheviques. Através dos Soviets foi organizado o exército vermelho para combater o exército branco. Os industriais e aristocratas perderam, portanto, o poder com a tomada do palácio e ele foi transferido ao conselho dos soviets e, portanto, aos trabalhadores, que, apesar de sua direção ainda menchevique, impôs que os soviets governassem e concedessem cargos aos bolcheviques. Depois disso, os Mencheviques esvaziaram os soviets juntos dos Kadetes e muitos se uniram ao exército branco.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/4/46/1917petrogradsoviet_assembly.jpg/400px-1917petrogradsoviet_assembly.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/4/46/1917petrogradsoviet_assembly.jpg/400px-1917petrogradsoviet_assembly.jpg" height="255" width="400" /></a></span></div>
<br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">"Ah, mas se os mencheviques e Kadetes saíram do conselho dos soviets é por que já viam que ia dar merda". Na realidade, os Kadetes eram liberais e, portanto, defensores da propriedade privada e do capital e simplesmente se alinharam com quem tinha a mesma postura deles. Os Mencheviques é que eram mais ideológicos e criticavam os bolcheviques por acharem que a revolução tinha que acontecer depois de o país desenvolver seu próprio capitalismo. Os mencheviques eram contra o governo dos soviets e preferiram combatê-lo a disputá-lo. Pra se ter uma idéia, muitos anarquistas participavam do governo dos soviets, defendendo que era o caminho para a anarquia, por ser muito mais democrático que qualquer democracia da história... isso mudou com o comunismo de guerra, quando eles resolveram conspirar contra o governo dos soviets e os bolcheviques ficaram isolados no governo.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://opiniaododavid.files.wordpress.com/2010/03/fotos_manipuladas_stalin_trotsky_b.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://opiniaododavid.files.wordpress.com/2010/03/fotos_manipuladas_stalin_trotsky_b.jpg" height="280" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Claro que muitos erros foram cometidos no decurso do comunismo de guerra... mas o partido se dividiu nesse período. Um pequeno estudo sobre a história do partido comunista nessa época pós-Lênin demonstra que o Stalinismo era o setor centrista do partido contra a oposição de esquerda liderada pelo Trotsky e a direita do partido que defendia um retorno ao capitalismo. A ascensão do Stalin veio com vários problemas de democracia interna do partido levando Trotsky e a direita do partido a fazerem uma oposição unificada em prol da democracia do partido... mas foram derrotados e reprimidos. O Partido foi enchido de burocratas do antigo czarismo de maneira oportunista, engrossando as fileiras Stalinistas. Muitos quadros do partido morreram na Guerra Civil e a classe trabalhadora também. A Política do Lênin de expandir a revolução para outros países para fortalecer a URSS fracassou por falta de apoio e pela doença dele, levando ao isolamento econômico e militar da URSS. Isso fez boa parte da base política do governo dos soviets ser fisicamente exterminada pelo exército branco. Quando a revolução acabou os setores mais avançados da classe, especialmente a classe operária, tinham sido exterminados fisicamente na guerra contra o exército branco. Quem entrou no lugar foi uma leva de camponeses mudados e sem a experiência política que fez a revolução. Lênin chegou a dizer "A classe operária que fez a revolução morreu na guerra civil". Esse setor se alinhou muito com o Stalinismo e se afastou da participação política nos soviets, que foram esvaziados pelo Stalinismo. Essa política foi internacionalmente enfrentada pela oposição interna, mas o Stalinismo perseguiu, torturou e matou dentro e fora do partido. A maioria do Comitê Central do Partido Comunista, que fez a revolução, foi assassinada, exilada ou morreu de maneira suspeita. O Stalinismo se aproveitou do extermínio burguês da classe trabalhadora para sustentar o extermínio físico dos revolucionários do partido e forçar boa parte a se aliar a ele.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQ359WmXQByMUjv87gZWXmE9ZAYu6XHOTmtSp2KaHNegSkuhFG9O-i93bSA0v0bRP3mD7vi5VNJg-VxArNbkzdJGDOZT61uHDFptNPNxUbl5Owt-fVB1UNrPEZf9Jit0mdrYEizd1LtHON/s1600/cc-1917.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQ359WmXQByMUjv87gZWXmE9ZAYu6XHOTmtSp2KaHNegSkuhFG9O-i93bSA0v0bRP3mD7vi5VNJg-VxArNbkzdJGDOZT61uHDFptNPNxUbl5Owt-fVB1UNrPEZf9Jit0mdrYEizd1LtHON/s1600/cc-1917.jpg" height="400" width="366" /></a></span></div>
<br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Como o governo dos soviets era sustentado pela participação política dos trabalhadores, o Stalinismo trabalhou ativamente para atrasar os movimentos sociais na Rússia e depois no mundo. A 3a. Internacional, fundada na época de Lênin e da guerra civil, foi oficialmente fechada por Stalin. Os partidos comunistas agora respondiam diretamente a Moscou e o nacionalismo começou a fazer parte da teoria política comunista, contradizendo a teoria do imperialismo de Lênin. E nasceu o aborto lógico e político chamado "socialismo num só pais", em que Stalin defende explicitamente que não deve haver revolução fora da Rússia e que os tratores russos são mais importantes que militantes estrangeiros... nesse momento ele defende que a política fora da Rússia é a união com o empresariado nacional "progressista", ou seja, que os comunistas deveriam entrar no jogo político burguês e defender governos burgueses, fazer alianças com patrões e, portanto, segurar as mobilizações dos trabalhadores para preservar a burguesia nacional e os governos que eles viessem a apoiar, especialmente os industrialistas, muito comuns no entre-guerras e durante meados do século XX. Stalin caluniou a oposição e a 4a. Internacional fundada por Trotsky. Stalin desestruturou a política dos bolcheviques de combate à opressão da mulher; ignorou a descriminalização da sexualidade que havia sido instaurada antes; instaurou um centralismo no exército vermelho...</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.reidaverdade.net/wp-content/uploads/2011/04/revolu%C3%A7%C3%A3o-russa.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.reidaverdade.net/wp-content/uploads/2011/04/revolu%C3%A7%C3%A3o-russa.jpg" height="220" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">É perceptível nesse caso que o processo é oposto ao do Nazismo nas suas origens e bases, mas que o Stalinismo também cumpre o papel de reprimir e enfraquecer o movimento dos trabalhadores e fortalecer os empresariados nacionais... e justamente por isso, por essa mediação política, que o Stalinismo é repressor. É por precisar da desmobilização dos trabalhadores que ele é repressor. Então aquela idéia tradicional de que o "radicalismo" é que traz a repressão é falsa. O setor democrático do partido comunista era justamente o setor mais radical à esquerda, e era democrático justamente por que era mais radical - por que não queria mediações com a burguesia nacional, não queria governar com os ricos e poderosos, mas sim, queria avançar com a revolução internacionalmente e sustentar o governo dos soviets.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Bom, esse texto já tá bastante grande. Não acho que vá conseguir convencer todo mundo que ler esse texto, mas espero que a maioria saia daqui com a idéia de que o <nazismo é socialista> desconstruída. Que entendam que os totalitarismos não são iguais e nem tudo que não é liberal é socialista. Se alguém entendeu isso, me dou por satisfeito.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.internationalist.org/diegopor.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.internationalist.org/diegopor.jpg" height="348" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Não vai dar pra responder meu outro amigo aqui, então deixo pra um outro post :)</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Vontade e Sabedoria na Guerra!</span>Árion Vampyrhttp://www.blogger.com/profile/15070943590264979888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8030741422243445949.post-66949949224638484522014-10-12T10:25:00.000-07:002014-10-12T10:25:00.642-07:00Dilma ou Aécio?<!--[if gte mso 9]><xml>
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<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://silviatereza.com.br/wp-content/uploads/2014/05/eleicoes-2014-urna.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://silviatereza.com.br/wp-content/uploads/2014/05/eleicoes-2014-urna.jpg" height="271" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Estamos no <b>segundo turno</b> das eleições brasileiras para
<b>presidente</b> e para <b>governador</b>. Como a questão que me interessa mais é a
<i>nacional</i>, vou me ater a ela.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Tenho visto muitos amigos meus se dispondo a votar na <b>Dilma</b>
para evitar a vinda do <b>Aécio</b>, geralmente por que acham que ele vai destruir o
país e fazer a economia voltar aos tempos de FHC ou por que não toleram mais “tucanos
no poder”. Mas sei também, que muita gente vai votar no Aécio não por acordo
com as suas posições, mas sim por causa de uma rejeição forte ao PT ou à figura
da Dilma. E aí fica a questão: em quem votar no segundo turno? Um dos dois vai
entrar, não é isso?</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.amjseditora.com.br/materias/Aecio-Neves-x-Dilma-Rousseff.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.amjseditora.com.br/materias/Aecio-Neves-x-Dilma-Rousseff.jpg" height="250" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Pois é, acho que essa discussão está cheia de<b> ilusões</b>.
Pretendo tratar de algumas delas aqui.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Primeiramente, eu preciso demonstrar a minha felicidade em
ver que <i>a maioria esmagadora das pessoas</i> que vai votar em qualquer um dos
candidatos o faz por rejeição ao outro e não por acreditar sinceramente de que
aquele governo possa ser “bom”. Em geral, mesmo os que acham que o governo
Dilma é melhor que um possível governo Aécio, a maioria esmagadora das pessoas
não acredita que Dilma é um bom governo de fato, mas sim, que é “menos pior”
que o Aécio. Os que têm mais esperanças em Dilma dizem que o governo do PT é
mais fácil de influenciar, de conseguir conquistas e talz... A ideia de que o<i>
PT governa para os Pobres e PSDB governa para as elites</i>, existe e não é
desprezível, mas <i>não é o que move a maioria das pessoas</i> que eu conheço, por que
achem que o governo do PT tem melhores políticas sociais e talz.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Alguns falam em uma onda conservadora na política brasileira...
mas isso não é verdade. Os mais votados dos deputados foram candidatos reaças? Foram,
mas também a votação da esquerda cresceu consideravelmente, bem como os votos
nulos. Isso indica uma <b>polarização</b>, não uma onda conservadora. Para entender
melhor, leia esse post do meu amigo <a href="https://www.facebook.com/oghmaeinwindir?fref=nf" target="_blank">Gabriel</a> <a href="https://www.facebook.com/oghmaeinwindir/posts/712409908833170?fref=nf" target="_blank">aqui</a>.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Vamos às ilusões, portanto.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Bom, existe algo que me incomoda profundamente, que são as
visões catastrofistas da economia de ambos os lados. Mas isso se baseia num
<i>profundo desconhecimento da dinâmica da política em geral</i>.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">A maioria das pessoas tem a ilusão de que os valores e
projetos defendidos pelos candidatos e, portanto, suas crenças pessoais, é que
vão determinar a política concreta que vão implementar. Isso não é verdade.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://imguol.com/c/noticias/2014/10/07/7out2014---o-candidato-a-presidencia-do-psdb-aecio-neves-foi-levantado-por-eleitores-em-comemoracao-por-estar-no-segundo-turno-das-eleicoes-em-encontro-com-trabalhadores-da-construcao-civil-1412699958024_1920x1080.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://imguol.com/c/noticias/2014/10/07/7out2014---o-candidato-a-presidencia-do-psdb-aecio-neves-foi-levantado-por-eleitores-em-comemoracao-por-estar-no-segundo-turno-das-eleicoes-em-encontro-com-trabalhadores-da-construcao-civil-1412699958024_1920x1080.jpg" height="180" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Primeiro que o discurso de um candidato tem o objetivo de
<i>angariar votos</i>, <i>agradar ao público</i>, e não o de revelar de fato suas <b>propostas
políticas</b>. Numa sociedade desigual como a nossa, em que o poder social provém
da <i>propriedade privada</i>, é nos encontros com <b>lideranças políticas e econômicas</b>
que os candidatos fazem os compromissos políticos que de fato fazem diferença
em sua agenda. Na campanha eleitoral para as massas,<i> eles dizem o que o povo
quer ouvir</i><span style="color: #666666;"> – ou o que acham que o povo quer ouvir</span>. Claro que certas promessas
mais sérias devem ser levadas em conta, mas não se pode levar tudo ao pé da
letra ou acreditar em qualquer promessa.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhED4CZDxG0bcJVFcx-6vumOG9NE1xgz60KkFjpSPttiA9QiI0RnDzBS-_WdqidTKw1UBv3GXjuJs4QC-jv_qZ1GVjsWINt1c08vsJL8VgGL2JHogG9sKo3DpxPNmkBq_gb9X_gwL3z1NWZ/s1600/dilma+e+evangelicas.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhED4CZDxG0bcJVFcx-6vumOG9NE1xgz60KkFjpSPttiA9QiI0RnDzBS-_WdqidTKw1UBv3GXjuJs4QC-jv_qZ1GVjsWINt1c08vsJL8VgGL2JHogG9sKo3DpxPNmkBq_gb9X_gwL3z1NWZ/s1600/dilma+e+evangelicas.jpg" height="212" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Especialmente pelo fato de que o que determina a <i>ação dos
indivíduos</i> e dos <i>grupos políticos</i> não é simplesmente a sua forma de pensar. A
ideologia guia ações, mas de maneira determinada pela <b>conjuntura</b>. O elemento
mais importante para avaliação a situação de um governo e a política que ele
assume é a conjuntura. E quando falo de conjuntura, falo de conjuntura <i>política,
social e econômica</i>. É a <b>combinação</b> entre a<i> força</i> dos diversos <b>interesses
sociais</b> que se manifestam e as <i>condições objetivas</i> de aplicação de políticas
que determinam quais políticas vão ser implementadas. É claro que a orientação
político-econômica dos governos podem determinar que tipo de política vão
tentar implementar em certos momentos, mas isso só tem relevância real em
circunstâncias específicas <span style="color: #666666;">(geralmente, quando a burguesia está muito dividida,
o que não é o nosso caso)</span>. Ou seja, as eleições têm pouco ou quase nenhum
efeito em quais as políticas reais que serão implementadas no futuro, exceto,
no máximo em certas conformações do legislativo.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Entenda-se aqui conjuntura como algo amplo. A visibilidade
da corrupção trazida pelas posturas das mídias de comunicação de massas e, mais
ainda agora, da internet, tendem a reduzir os casos de corrupção, por causa da
vigilância social, mas tendem a aumentar a quantidade de escândalos cobertos e
punidos. Isso é um exemplo. O desempenho de um setor da economia e seu papel na
economia e na política nacionais também são conjuntura. A confiança que a
população tem nos governantes e seus projetos políticos também são conjuntura.
O nível de violência doméstica ou de machismo em geral, também. Os elementos
que dão indícios de uma conjuntura são os mais diversos, e podem variar desde
grandes mobilizações a o quanto as pessoas estão ouvindo música sem fone no
transporte público.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Então o resultado das eleições não muda nada? <i>Quase</i> nada. Na
verdade, a votação em determinados candidatos é um <i>termômetro</i> do quanto a
população está <i>legitimando aquela figura</i> para implementar políticas no país. A
<b>legitimidade</b> de um projeto político pode ser medido razoavelmente pela eleição,
mas não se pode perder de vista que elas são uma <i>expressão distorcida</i> dos
anseios reais da população. A maioria não sabe o que os candidatos defendem e,
ainda mais hoje, a maioria não vê muita diferença entre um candidato e outro.
Na verdade, o próprio fato de que os eleitores têm que escolher um candidato e
não as medidas específicas que desejam, dá margem a que muitos projetos
políticos se beneficiem da desinformação para conseguirem apoio eleitoral que
será revertido depois em uma ilusão de apoio político <span style="color: #666666;">(“Tá vendo aqui quantos %
de votos tivemos? Isso indica que o povo brasileiro apoia o nosso projeto
político! Então se vc discorda, acomode-se, por que vc é minoria!”)</span>.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">No caso do legislativo, a coisa é mais complicada, por que é
um setor que tem <i>menos visibilidade </i>ainda que o executivo e tem um poder às
vezes até <i>maior</i>. A conformação do congresso pode ajudar ou prejudicar a
aplicação de políticas que o governo deseja implementar. Mas, de qualquer
forma, também isso não é um grande critério fundamental... <i>se houver pressão
social, os parlamentos aplicam políticas que não querem e ficam chupando o dedo
mesmo.</i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/files/2014/05/jair-bolsonaro-ag%C3%AAncia-c%C3%A2mara-440x288.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/files/2014/05/jair-bolsonaro-ag%C3%AAncia-c%C3%A2mara-440x288.jpg" height="209" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">São poucos os candidatos verdadeiramente <b>ideológicos</b>, tanto
de esquerda quanto de direita. Tenho certeza que o Jair Bolsonaro nunca votaria
a favor do casamento gay ou do casamento múltiplo... Mas ele é um figura
<b>caricata</b> e <b>delirante</b> da política brasileira, não alguém em quem a burguesia
brasileira vá apostar para determinar a política do país. Se o movimento LGBT
tiver muito apoio social e a pressão sobre o congresso for grande o suficiente,
é possível arrancar o casamento gay – <i>só não é fácil</i>. Qual a diferença tendo um
congresso conservador? <i>Fica mais difícil</i>.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Bom, se é a conjuntura que determina as políticas, então não
cabe ter uma preocupação tão grande quanto às diferenças dos principais
candidatos à presidência. Geralmente os que vão apresentar projetos muito
diferentes são os pequenos, que não têm a confiança do empresariado nacional
para implementar as políticas que o país precisa. Só vai ser relevante mesmo a
diferença entre as propostas políticas dos candidatos se a burguesia estiver
dividida sobre o que fazer com o país, sobre o projeto econômico, principalmente,
a ser implementado.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Por que falo tanto do poder dos empresários? Por que são
eles que têm a capacidade de <b>bancar</b> a implementação de suas políticas, seja com<b>
Lobbies</b>, seja com pagamento de <b>campanhas eleitorais</b>, seja com <b>corrupção</b>, seja
com sua <b>relevância econômica</b> para os negócios dos próprios políticos que, em
geral, <i>também são empresários</i>. Além disso, vivemos numa sociedade capitalista,
em que a propriedade privada dos meios de produção, os bens mais importantes da
sociedade, são propriedade <i>deles</i>. O Estado está aí para <i>manter a ordem social</i>,
ou seja, garantir o poder social e econômico dos empresários sobre os
trabalhadores. É natural, portanto, que sejam eles a determinar a política
econômica.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Existe divisão na burguesia brasileira quanto a como o
governo deve gerir a economia? Não. Já houve, não há mais. Qual o projeto da
burguesia brasileira então? O programa neoliberal que vem sendo implementado
desde FHC e que teve seus frutos colhidos pelo PT. Em termos de política
econômica: injetar dinheiro na economia através de programas assistencialistas (estilo
bolsa família) ou programas que sustentam uma parte da economia através do
consumo (como o caso do “minha casa minha vida”, que injeta dinheiro
diretamente no bolso dos empresários do ramo imobiliário); manter um pequeno
aumento real do salário mínimo; baixar impostos para aumentar os lucros e
incentivar o investimento em produção, baixando assim a arrecadação do Estado;
Manter o pagamento das dívidas interna e externa para estimular os bancos;
desonerar o Estado de gastos com áreas “menores” como saúde, educação, cultura,
etc, através de privatizações (atualmente veladas) e terceirizações (que são
privatizações mais lentas); manter juros razoavelmente altos para garantir o
lucro dos bancos, retrair controladamente o investimento em produção e,
portanto, a inflação;</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://static.coto.me/image/29/29183-joao-costa-1oe-durante-reuniao-de-senadores-com-presidente-do-banco-central.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://static.coto.me/image/29/29183-joao-costa-1oe-durante-reuniao-de-senadores-com-presidente-do-banco-central.jpg" height="162" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Pode parecer legal para alguns esse tipo de política, pois
aparenta manter a economia estável... mas isso é uma ilusão. Esse projeto
político é balançar na corda bamba: incentiva-se o consumo com crédito e injeção
de dinheiro, o que incentiva o aumento dos preços (por que o poder de compra
aumentou) e, portanto, o aumento da inflação; com os incentivos fiscais,
cria-se uma baixa dos preços artificial que estimula mais ainda o consumo e
garante, assim, um aumento dos preços no longo prazo; tudo isso tende a elevar
a inflação às custas de aumentar os gastos públicos e diminuir a arrecadação,
forçando o governo a investir menos em áreas “menores” (como saúde e educação)
e aumentar as privatizações e terceirizações. O aumento do salário mínimo
empurra os preços para cima incentivando a inflação, o aumento dos preços, um
certo investimento em infra-estrutura, uma tendência à redução do efetivo e, ao
mesmo tempo, um investimento em capital financeiro. O aumento do investimento
em produção, no entanto, se relaciona com o crédito, pois aumenta a demanda
dele, tanto para consumo (especialmente da classe média, que não está sendo
beneficiada com injeção de dinheiro e que não quer recorrer aos serviços
públicos de péssima qualidade) quanto para o investimento em produção. No
entanto, o aumento da oferta, tende a jogar os preços para baixo e gerar uma
quebra em algum momento. Logo, todo esse investimento precisa ser segurado e, a
todo momento, ser regulado... através da <b>taxa de juros</b> – com ela, aumenta o
incentivo à poupança, retrai-se o interesse no crédito e diminui-se o consumo
com o aumento das dívidas.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Percebe-se, portanto, que esse projeto político-econômico,
beneficia principalmente as <b>grandes empresas</b>, que lucram muito, ora na
<i>produção</i>, ora no <i>capital financeiro</i>, com as medidas aplicadas para controlar a
economia sem intervir diretamente. Isso, no entanto, é instável pois depende de
ficar-se <i>observando permanentemente o andamento da economia</i> e existe uma
tendência a <i>momentos críticos</i>, em que a oferta é muito alta, junto dos preços e
temos uma baixa repentina; ou em que a poupança é muito investida e existe
escassez de investimento em produção, diminuindo a oferta e aumentando muito os
preços num momento de desestímulo ao consumo. É um jogo permanente de opostos
no qual, quem sofre, é o<b> trabalhador</b> – ora pelo <i>aumento dos preços</i>, ora pelo
<i>aumento dos juros</i>.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">E vejam só, essa forma de lidar com a economia é a forma de
<b>AMBOS</b> os candidatos. Existe alguma diferença substancial neles?<b> Não</b>. Ambos
concordam em manter esse modelo. Aécio acusa Dilma de poder ter incentivado
mais a produção aqui e alí, ou ter controlado a inflação em tal ou qual
situação. Mas a verdade é que, para lidar com esses “problemas” <i>ele usaria da
mesma fórmula</i>.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://blogs.reuters.com/nicholas-wapshott/files/2013/05/legarde-pointing.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://blogs.reuters.com/nicholas-wapshott/files/2013/05/legarde-pointing.jpg" height="224" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Sabe qual é o pior? Ambos estão ligados aos planos do
imperialismo para o Brasil – nenhum deles cogita romper com o<b> FMI </b>ou com o
<b>capital internacional</b>. E o projeto do Capital internacional é o de fazer a
maligna <b>reforma trabalhista</b>. Sabe o que é a reforma trabalhista? Uma <i>flexibilização
dos direitos dos trabalhadores e uma submissão maior das garantias nossas às
flutuações do mercado e dos interesses dos empresários</i>. Isso beneficia o
crescimento econômico e fode a vida do trabalhador. Você acha que algum deles
vai se enfrentar com o FMI? Claro que, se a conjuntura não permitir, não haverá
reforma, como não houve uma reforma completa com Lula (apesar dele ter querido
isso quando entrou e de ele ter implementado o <b>super-simples</b>, que caminha nesse
sentido).</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Mas, de qualquer forma, podemos avançar agora para algumas
posições <b>alarmistas</b> e sem fundamento na realidade.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.diariodocentrodomundo.com.br/wp-content/uploads/2014/09/Aecio-Neves.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.diariodocentrodomundo.com.br/wp-content/uploads/2014/09/Aecio-Neves.jpg" height="213" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b>Aécio não representa o retorno aos tempos de FHC</b>. Os tempo
de FHC foram caracterizados por desastres econômicos anteriores que ele, às
custas da qualidade de vida dos trabalhadores, controlou. FHC implementou essa
política econômica que eu expliquei aqui, mas numa conjuntura muito mais
adversa. A consequência? Uma realidade econômica muito mais favorável ao
empresariado e à estabilidade econômica quando Lula pegou a presidência. <b>Aécio
não vai acabar com o bolsa família</b>, por que não é possível acabar com ele agora
e por que ele é interessante para a burguesia (e é parte do projeto
neoliberal). Sem o Bolsa Família se perde uma boa parte do <i>investimento em
consumo</i> que move o mercado interno. Sem ele,<i> não há força suficiente para
estimular a economia</i>. Aécio também não vai elevar as taxas de juros a um nível insuportável.
O mais provável é que qualquer governo burguês, nesse momento, tenha que,
alguma hora, elevar as taxas de juros para controlar a inflação. A estagnação
da economia precisa ser combatida de alguma forma, e isso provavelmente virá da
<i>redução dos impostos</i> em setores específicos e, possivelmente, com as <b>reformas
trabalhista e tributária</b>. São coisas ruins? São, mas coisas com as quais Dilma
<i>também está comprometida</i>.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.marrapa.com/wp-content/uploads/2013/10/dilma-rindo.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://www.marrapa.com/wp-content/uploads/2013/10/dilma-rindo.jpg" height="320" width="266" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b>A fantasia de que Dilma destruiu a economia do país também é
uma besteira talvez até maior</b>. O Crescimento Brasileiro não é vertiginoso, mas
isso <i>é uma condição para o sucesso dessa política econômica</i>. Talvez tivesse
podido aumentar o crescimento um pouco, talvez 1 ou 2%, mas isso é suficiente
para dizer que ela “destruiu” a nossa economia? A inflação está alta? Mais ou
menos. Ela é maior que o que se esperava que fosse e maior do que muitos
desejam, mas está num nível ainda bem controlado e fácil de lidar. A estagnação
econômica do país não é consequência de uma política <i>desastrosa</i>, mas da mesma
política que vem sendo implementada no país há anos e que conferiu a ele a
estabilidade que estamos vendo e os imensos lucros dos banqueiros e
empresários; <i>uma política que Aécio não vai mudar</i>.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Mas é fato que enfrentamos uma<b> estagnação</b>. Ela pode se
desenvolver numa recessão ou não, mas, de qualquer forma, como eu já tinha
indicado, isso é uma <i>consequência dessa política econômica</i>. Para lidar com essa
estagnação, vão ser necessários <i>incentivos em produção sem pressionar a
inflação</i> e isso só é possível <i>jogando a conta nas costas dos trabalhadores</i>: com
as <b>reformas trabalhista e tributária</b>, reduzindo os custos de produção.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">A economia capitalista é cíclica por natureza; essa política
econômica só é mais eficiente em controlar as oscilações que precedem as
crises. Mas as crises, em si, são inevitáveis – é questão de tempo.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.pstu.org.br/sites/default/files/imagens/%7B243E6D58-D593-45AA-BD97-EDE1848D434C%7D_mml_marcha_vadias.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.pstu.org.br/sites/default/files/imagens/%7B243E6D58-D593-45AA-BD97-EDE1848D434C%7D_mml_marcha_vadias.jpg" height="400" width="265" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Uma ilusão muito recorrente, também, é de que a Dilma é <i>mais
aberta às demandas dos movimentos de setores oprimidos</i>. <b>Isso é um delírio</b>.
Dilma não tomou nenhuma atitude contundente no sentido de avançar em pautas
feministas, LGBT, raciais, muito menos polis. Não houve investimento real em
abrigos para vítimas de violência doméstica, Dilma é <b>contra a legalização do
aborto</b>, <b>contra o casamento gay</b> e não se moveu no sentido de aplicar uma
<b>política racial real</b> no país, bem como manteve a <b>invasão brasileira no Haiti</b>. “Ah,
mas e o Prouni?”. Bom, o ProUni é para <i>estudantes pobres</i> não especificamente
para <i>negros</i>, como são as cotas, por exemplo, logo, não lida de maneira
específica com as diferenças raciais (além de abonar impostos de empresas
privadas de baixa qualidade com vagas ociosas para receber estudantes em
quantidade inferior do que se o dinheiro dos impostos fosse mantido e investido
na abertura de vagas na universidade pública, que é de muito melhor qualidade).
Quanto à <b>legalização das drogas</b>, também, ela é <b>contra</b>. <i>Que ilusão resta?</i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Existe também a ilusão, ainda mais pueril, de que o Aécio
vai administrar melhor a economia do que a Dilma... acho que depois de tudo que
eu disse, fica claro que isso não é verdade.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Se é assim,<b> ambos os candidatos representam o mesmo programa
político fundamental</b>. As diferenças que podem haver entre eles são de caráter
meramente burocrático e administrativo, que não são relevantes para quem de
fato se preocupa com o futuro do país. <i>Várias empresas financiaram a campanha
dos dois</i>, pois elas sabem, melhor que a maioria dos trabalhadores, que <i>ambas as
candidaturas representam seus interesses</i>. Essa política econômica, assim como qualquer
outra aplicada pela burguesia na história, pode até deixar migalhas caírem no
chão trabalhador do banquete em que os banqueiros e grandes empresários se
fartam, mas é voltada para eles, não para nós. Escolher entre um e o outro é
trocar o sujo pelo mal lavado, o roto pelo esfarrapado. Votar em qualquer um
deles não trará nenhuma diferença real para o país.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://turmadochapeu.wpengine.netdna-cdn.com/wp-content/uploads/2014/02/A%C3%A9cio-e-Dilma1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://turmadochapeu.wpengine.netdna-cdn.com/wp-content/uploads/2014/02/A%C3%A9cio-e-Dilma1.jpg" height="297" width="640" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">O que vai trazer diferença então? <b>A mobilização dos
trabalhadores contra as políticas que eles pretendem implementar</b>. Temos que <i>dar
força aos projetos políticos dos trabalhadores</i>, ou seja,<i> que rejeitam essa
política econômica</i>, esse conjunto de programas, e que propõem mudanças
concretas nas prioridades do país, <i>combatendo a ordem capitalista e sua
natureza exploratória</i>. A consequência do plano burguês dos empresários
brasileiros é o endividamento da classe média, a flexibilização e perda dos
direitos, o aumento constante e estável dos preços, especialmente em produtos
de primeira necessidade (como os alimentos, o transporte, a luz, a água, etc.)
e o sucateamento e privatização dos serviços públicos.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4jer8cs3W8xXyvb0sPc1VvmvC1f0e11v3V4PbehyphenhyphenNRuzlQ-9tNiY8B9yvj7bXby535P69cw1u-aLPbPgCgrIUgI9c3axBFbdbdLBXEDXG_EUYZD-dA4tMSbUuoRcDLMT2xCpUOpur71fy/s400/144185-970x600-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4jer8cs3W8xXyvb0sPc1VvmvC1f0e11v3V4PbehyphenhyphenNRuzlQ-9tNiY8B9yvj7bXby535P69cw1u-aLPbPgCgrIUgI9c3axBFbdbdLBXEDXG_EUYZD-dA4tMSbUuoRcDLMT2xCpUOpur71fy/s400/144185-970x600-1.jpg" height="246" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b>Precisamos rejeitar politicamente ambos os candidatos e o
projeto político que os dois defendem</b>. Precisamos nos preparar para as lutas
que virão, nos posicionar em torno a um <b>projeto comum </b>de como mudar o país
através da força dos <b>movimentos sociais</b> e da <b>organização</b> da insatisfação dos
trabalhadores em <i>organizações democráticas</i> e <i>ações radicalizadas</i>, que
pressionem os governos e que nos levem a questionar, mais tarde, a própria
estrutura capitalista de sociedade. Só assim vamos vencer esses desafios.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://desacato.info/wp-content/uploads/2012/10/VOTO-nulo.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://desacato.info/wp-content/uploads/2012/10/VOTO-nulo.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Isso quer dizer que <b>votar nulo</b>, nesse segundo turno, <i>não é
se abster</i>. <i>Não é fortalecer o Aécio ou a Dilma</i>,<i> não é dizer que qualquer um “tá
bom”</i>. Votar nulo nesse segundo turno é admitir que <b>nenhum dos dois é opção</b>, que
estamos <b>rejeitando ambos os candidatos e seu projeto para o país</b>, que assumimos
a posição pela <b>mudança real </b>na política brasileira e que essa falsa dicotomia
entre PT e PSDB <b>não nos representa</b>. Votar nulo nesse segundo turno é a posição
coerente com a proposta de uma mudança real no país.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Qual a consequência prática do voto nulo? Sim, eu sei que um
dos dois vai ganhar. Mas qual diferença real fará a vitória de qualquer um? O
Brasil continuará sendo governado pelo <i>mesmo modelo econômico</i> e os
trabalhadores <i>só tendem a sofrer ainda mais</i>. Votar nulo é, portanto, deixar o
projeto político da burguesia <i>deslegimitimado</i>. Depois das eleições, quando eles
vierem dizer que seu projeto político tem o apoio da população por que tiveram
x% da votação, poderemos responder e dizer “Não é verdade, por que, no segundo
turno, x% votaram <i>nulo</i>”.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">O voto é um <i>posicionamento político</i>, é a demonstração da sua
posição política frente ao Estado Burguês. Ele não é responsável,
individualmente, pela mudança do país.<b> É melhor votar pelo projeto político e
pelas pautas que se defende realmente, do que pelo menos pior.</b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Entendo quem vai votar em qualquer um dos dois,
especialmente na Dilma, por ódio pelo outro. Entendo e respeito a posição. Mas
não posso deixar de alertar que estão cometendo um erro e jogando seu voto
fora. O Resultado das eleições já foi determinado: ganhe Dilma ou Aécio, o
projeto burguês neoliberal para o país está assegurado.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEel_qli5eJkVQxg9fwLEbBJXiuWgry-E36qmAoFhHqEvYHEs8c-lnnqjA1vT293nFuGS-_zu7mka_Eaze61EHfELxcRL1lJmAG-ASf3WCqCwnD_sPmsUJiKrNQ7vMhHe3_4ru0rG-iDg/s1600/Capa+elei%C3%A7%C3%B5es+2014+2o+turno.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEel_qli5eJkVQxg9fwLEbBJXiuWgry-E36qmAoFhHqEvYHEs8c-lnnqjA1vT293nFuGS-_zu7mka_Eaze61EHfELxcRL1lJmAG-ASf3WCqCwnD_sPmsUJiKrNQ7vMhHe3_4ru0rG-iDg/s1600/Capa+elei%C3%A7%C3%B5es+2014+2o+turno.jpg" height="256" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Árion Vampyrhttp://www.blogger.com/profile/15070943590264979888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8030741422243445949.post-54196990599317728532014-09-21T16:17:00.001-07:002014-09-21T16:17:15.680-07:00O Projeto Urbano da Burguesia Carioca para a Cidade<!--[if gte mso 9]><xml>
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<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://all-that-is-interesting.com/wordpress/wp-content/uploads/2013/04/rio-de-janeiro-night.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://all-that-is-interesting.com/wordpress/wp-content/uploads/2013/04/rio-de-janeiro-night.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span lang="pt" style="mso-ansi-language: #0016; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><br />No momento, passamos por uma eleição nacional
e estadual, portanto, a minha elaboração está<i> um pouco fora de contexto</i>. Mas
tenho certeza de que o que vou descrever não está descolado de uma política
mais geral aplicada no Estado e talvez relacionada com um <b>fenômeno mais amplo</b>,
nacional ou internacional. Mas, por uma questão de quanto tenho acesso a
informações sobre isso na atual situação da minha vida, vou me restringir à
manifestação específica na política da cidade do Rio de Janeiro.</span></span></div>
<a name='more'></a><br /><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span lang="pt" style="mso-ansi-language: #0016; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><i>O aumento brutal nos preços dos imóveis é
evidente</i>. Hoje, uma busca simples num site de anúncio de moradias para aluguel
demonstra que, em algumas regiões da cidade, o aluguel de uma quitinete pode
chegar a mais de <b>R$1500,00</b>, numa realidade em que o salário mínimo é de<b>
R$724,00</b>. O preço das casas para compra aumentou em<b> 300%</b> nos últimos 5 anos. É
meio inquestionável que hoje em dia não é possível ser um trabalhador comum,
ganhando perto de 1000 reais (jogando <i>pra cima</i>), morar <i>sozinho</i> no Rio de
Janeiro, a não ser que ele viva no aperto, usando apenas serviços públicos (que
são, em geral, uma merda, assim como boa parte da iniciativa privada) e morando
longe de tudo.</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://revistaimoveis.zap.com.br/imoveis/wp-content/uploads/2014/03/grafico1_Fevereiro_2014.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://revistaimoveis.zap.com.br/imoveis/wp-content/uploads/2014/03/grafico1_Fevereiro_2014.jpg" height="281" width="320" /></a></div>
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span lang="pt" style="mso-ansi-language: #0016; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Esse aumento brutal dos preços dos imóveis foi
feito<i> apesar</i> da grande <b>expansão imobiliária</b> iniciada há alguns anos atrás (com
empreendimentos nessa área pipocando para todos os lados). Creio que seja fácil
identificar 3 elementos que contribuíram fundamentalmente para esse fenômeno:</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.iveniohermes.com/wp-content/uploads/2012/10/UPP-Fake-5.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://www.iveniohermes.com/wp-content/uploads/2012/10/UPP-Fake-5.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span lang="pt" style="mso-ansi-language: #0016; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><b>1 – As UPPs:</b> Com a política de UPPs, uma parte
do <b>tráfico de drogas</b> (grande organizador da violência não-institucional na
cidade e no sul-sudeste do Brasil hoje) foi expulsa das favelas, onde se
escondia <i>usando a população como escudo humano</i> e <i>se aproveitando das péssimas
condições de vida</i> para angariar <b>funcionários</b> fiéis e dedicados (dispostos a
trabalhar muito, se submeter a uma hierarquia rígida e correr risco de vida em
troca de dinheiro e status... qualquer semelhança com a <b>polícia</b> não é mera
coincidência). Com essa migração da criminalidade para outras regiões da cidade
e do estado, algumas áreas foram tremendamente valorizadas, especialmente na
<b>Zona Sul</b>, no <b>Centro</b> e na região da <b>grande Tijuca</b> na Zona Norte da cidade
(áreas, em geral, nobres, mas que possuem favelas). Com isso, o Estado foi
capaz de penetrar nesses ambientes e impôr o pagamento de<i> contas </i>aos moradores
(o que aumentou tremendamente o custo de vida) bem como ele foi capaz de
providenciar um <i>aumento relativo na segurança</i> das áreas nobres. Isso levou ao
<b>encarecimento</b> dos imóveis nessas regiões <span style="color: #666666;">(que já eram caros, mas eram
compráveis/alugáveis, ou que eram muito baratos, como nas favelas)</span> e na cidade
como um todo pela ilusão de segurança.</span></span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.blogdosid.com.br/wp-content/uploads/2014/04/minha_casa_minha_vida_foto-Tv-tapaj%C3%B3s_blogh-do-sid.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://www.blogdosid.com.br/wp-content/uploads/2014/04/minha_casa_minha_vida_foto-Tv-tapaj%C3%B3s_blogh-do-sid.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span lang="pt" style="mso-ansi-language: #0016; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><b>2 – O Programa Minha Casa Minha Vida:</b> Com o
programa, <span style="color: #666666;">que banca uma parte significativa dos custos de compra de imóveis
pelos mais pobres</span>, foi possível ao <b>mercado imobiliário</b> manter<i> altos preços</i> para
os imóveis <i>sem perder clientes</i>, pois o Estado estava <i>financiando</i> esses
empreendimentos através do abatimento de custos para os clientes. Ou seja, <i>o
preço dos imóveis ficou artificialmente mais altos e mais seguros com a injeção
de dinheiro público para sustentar o lucro dessas iniciativas privadas.
</i>Voltados principalmente para as áreas da <b>Zona Oeste</b>, esses empreendimentos
<i>aumentaram</i> o <b>preço médio</b> de mercado dos imóveis dessa região, que não foi
afetada pelas UPPs.</span></span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://economia.culturamix.com/blog/wp-content/gallery/sonho-realizado/sonho-realizado-6.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://economia.culturamix.com/blog/wp-content/gallery/sonho-realizado/sonho-realizado-6.jpg" height="213" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span lang="pt" style="mso-ansi-language: #0016; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><b>3 – O Vácuo de propriedades imobiliárias:</b> Não
sei precisar quando, mas, no passado, houveram projetos governamentais de
estímulo à<i> compra da casa própria</i> que levaram a uma grande quantidade de
setores de classe média baixa e média que se tornaram <b>proprietários de imóveis</b>,
usados principalmente para suas próprias moradias. A ausência (ou ineficiência)
desse tipo de projeto, especialmente durante a <i>redemocratização e os governos
neoliberais</i>, levou a várias gerações que tiveram maiores dificuldades de
conseguir uma casa própria. O crescimento da economia e seu reflexo no aumento
dos salários levou várias dessas gerações a aspirarem por uma casa própria e
isso criou demanda extra para o mercado imobiliário, estimulado também pelo
programa do governo já citado, que, artificialmente, levantou a demanda do
mercado. Com isso, os preços e as iniciativas puderam crescer exponencialmente.</span></span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span lang="pt" style="mso-ansi-language: #0016; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">É um fator importante notar que <i>2 dos 3
fatores citados</i> são <b>políticas de governo</b>. Será possível pensar que há uma
preocupação específica com esse mercado?</span></span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span lang="pt" style="mso-ansi-language: #0016; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Bom, na época em que as UPPs estavam
começando, <b>Eike Batista</b>, que ajudou no financiamento dessa política, declarou
que pretendia construir <i>condomínios de luxo</i> nas regiões então ocupadas pelo
tráfico e hoje ocupadas pela polícia. Mas não há uma população favelada
habitante daquelas regiões? Como ele conseguiria construir esses
empreendimentos imobiliários milionários com aquela população presente e com a
característica paisagem da favela que não agrada nenhum burguês do país?</span></span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span lang="pt" style="mso-ansi-language: #0016; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Talvez as pessoas não estejam cientes, mas
Eike Batista fez fortuna com, entre outras coisas, atividades como a <i>indústria
petrolífera</i>, um dos grandes produtos da produção nacional, controlado pela
<b>Petrobrás</b>, que vem sofrendo uma gradual <b>privatização</b> via terceirização e
abertura de capitais, bem como tem vários <b>poços de petróleo privatizados</b>.
Talvez também as pessoas não estejam cientes, mas ele também manteve uma
relação bem amistosa e interessada em alguns setores da política brasileira,
inclusive o <b>PT</b> e o <b>PMDB</b>.</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://flitparalisante.files.wordpress.com/2014/05/eike-batista.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://flitparalisante.files.wordpress.com/2014/05/eike-batista.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span lang="pt" style="mso-ansi-language: #0016; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Interessante notar que logo depois da
descoberta do Pré-Sal, que inclui várias áreas do estado do Rio de Janeiro,
várias reuniões fechadas entre nossos governos e os EUA e diversos setores
empresariais foram feitas. Interessante notar também que, depois disso, houve
uma considerável aproximação entre Eike e o PT/PMDB. Inclusive notar que, pouco
depois, o Brasil foi eleito para sediar os <i>Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo</i>,
sendo os jogos especificamente no <i>Rio de Janeiro</i>. Esse fato levou a toda uma
política profunda de reforma da estrutura da cidade que levaram, entre outras
coisas, à <i>valorização</i> de certas regiões dela. <i>Parte dessas políticas foi a das
UPPs</i>. Então quer dizer que Eike e os governos que promoveram as políticas que
favoreceram o mercado imobiliário logo depois de ter sido descoberto o pré-sal
e de o país e a cidade serem escolhidos para sediar esses eventos esportivos?
Será coincidência que Eike seja um magnata poderoso no âmbito do petróleo e
tenha revelado interesse em entrar no ramo imobiliário com as UPPs?</span></span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span lang="pt" style="mso-ansi-language: #0016; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Pois bem, a exploração do Pré-sal, cuja
produção teoricamente seria monopólio da Petrobrás, foi vendida para a
iniciativa privada (um ramo do qual Eike Batista faz parte) e apenas os Royalties
do petróleo ficarão para os governos estaduais e federal. Ou seja, a maior
parte da produção de petróleo irá gerar lucros na iniciativa privada controlada
por principalmente empresas estrangeiras (principalmente americanas – pq será
que houveram reuniões fechadas com os EUA nesse período?) e pelo capital de
<b>Eike</b>.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9ILPwV3j3ljkvc68y46r3dABvpeDbTdrxcWBVPrSakVupQ-xRxk1x80R_iblQx9eW-qpq_h2i-GLi7hJyltZR7ccieTn7QEXmsNSW7aoqfu3byFOjxH1xDMHp7Eb7FmOd4bUywJOv18k/s1600/presal3.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9ILPwV3j3ljkvc68y46r3dABvpeDbTdrxcWBVPrSakVupQ-xRxk1x80R_iblQx9eW-qpq_h2i-GLi7hJyltZR7ccieTn7QEXmsNSW7aoqfu3byFOjxH1xDMHp7Eb7FmOd4bUywJOv18k/s1600/presal3.JPG" height="273" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span lang="pt" style="mso-ansi-language: #0016; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"> Ora, a <b>exploração do Petróleo</b> pelo capital
privado gerará naturalmente uma <i>criação de centros de controle dessa exploração</i>,
e de outras atividades relacionadas, mais próximos do local onde a atividade
será desenvolvida. No Rio, o centro é principalmente Macaé, mas o maior <b>centro
urbano</b> do estado é o Rio de Janeiro, onde ficam sedes de várias empresas e órgãos
governamentais, inclusive a Petrobrás. É de se esperar que diversas empresas se
desloquem para a cidade do Rio de Janeiro a fim de ficar mais próximos de sua
atividade econômica. Com isso, é de se esperar que regiões como o <b>Centro</b> e a
<b>Zona Sul</b> recebam <i>mais empresas</i> que atualmente não se localizam na cidade e que
isso estimule também a vinda de diversas pessoas para <i>trabalhar</i> nessas essas
empresas. Além disso, outras empresas virão de olho no<b> consumo</b> que o<i> fluxo novo
e mais intenso de dinheiro</i> irá gerar na região. Isso refletiria, portanto, num
<b>aumento do custo de vida </b>e na necessidade de abrir espaço nesses locais para
<b>novos moradores</b>, que, provavelmente, teriam grandes remunerações por
trabalharem em sedes de empresas e atividades de gestão. Para onde essas
pessoas iriam? Para os empreendimentos de Eike Batista e cia.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://mapa-metro.com/mapas/Rio%20de%20Janeiro/mapa-metro-rio-janeiro.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://mapa-metro.com/mapas/Rio%20de%20Janeiro/mapa-metro-rio-janeiro.jpg" height="320" width="218" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span lang="pt" style="mso-ansi-language: #0016; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Para dar conta desse fluxo de pessoas e
empresas vindo para o Rio de Janeiro, seria necessário investir em <i>retirar os
mendigos, bandidos e pobres das áreas nobres da cidade</i> e<i> fazer reformas estruturais
importantes na dinâmica urbana</i>. Desde o anúncio de que os eventos esportivos
internacionais aconteceriam no Brasil, houve um processo de<b> intensas reformas
na cidade</b>, inclusive com a <i>expansão do Metrô na Zona Sul e na Tijuca</i>, bem como
o estabelecimento de <i>estações com integrações </i>para várias regiões da cidade e a
criação do <i>Metrô na Superfície</i>, permitindo deslocamento gratuito fora do metrô
pela<i> zona sul</i>, alcançando seu extremo oeste. Praticamente toda a zona sul está
hoje coberta por sistemas eficientes de transporte público e várias reformas
foram feitas no Centro e na Grande Tijuca, inclusive na região do porto, no
centro, tradicionalmente uma região pobre. Muitos provavelmente não sabem, mas
logo do início da preparação para a copa, tornou-se comum a <b>expulsão de
famílias pobres</b> (e majoritariamente <b>negras</b>) dessas regiões, muitas vezes <i>à
força</i>, muitas vezes <i>sem qualquer forma de reembolso</i>.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span lang="pt" style="mso-ansi-language: #0016; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Antes do crescimento da população da Zona Sul,
do Centro e da Grande Tijuca, já é perceptível um <i>aumento surreal </i>dos <b>preços</b> em
geral, desde os salgados com refresco até roupas, aparelhos e serviços. Isso
provavelmente tem elementos de<i> reflexo da Inflação</i>, do <i>aumento dos salários</i> e
do <i>encarecimento do aluguel de imóveis </i>na região. Mas isso provavelmente <i>não é
suficiente</i>, pois esses elementos influenciam na Zona Oeste inclusive, então o
crescimento do custo de vida deveria ser proporcional ao dessas regiões, mas
<b>não foi</b>. Isso pode indicar uma <b>ação consciente</b> de setores da burguesia carioca
ou simplesmente a existência de algum outro elemento em influência que eu não
seja capaz de considerar no momento.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://infotau.com.br/wp-content/uploads/2014/07/custo-de-vida.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://infotau.com.br/wp-content/uploads/2014/07/custo-de-vida.jpg" height="211" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span lang="pt" style="mso-ansi-language: #0016; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">De qualquer forma, a consequência disso é
muito clara: o aumento do custo de vida levará um setor mais pobre da classe
trabalhadora da região a <i>migrar para regiões mais baratas da cidade</i>,
especialmente aquelas em que há iniciativas do programa <i>Minha Casa Minha Vida</i>.
Com seus imóveis valendo mais, boa parte dos moradores de favelas e dos mais
pobres trabalhadores de regiões hoje supervalorizadas, se sentirão fortemente
impelidos a <b>vender seus imóveis e ir para regiões mais
afastadas</b>, especialmente na <b>Zona Oeste</b>. Muitos, também, irão para os <b>imóveis de
seus familiares mais velhos</b> que são proprietários de imóveis nessas regiões
mais afastadas, levando-os a construir casas e “puxadinhos” nessas regiões, em
terrenos já ocupados, ou a ajudar na ocupação de regiões atualmente visadas
pela especulação imobiliária, principalmente <b>Zona Oeste</b> e <b>Baixada Fluminense</b>.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span lang="pt" style="mso-ansi-language: #0016; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">A Consequência disso é um <i>esvaziamento das Zonas
Sul e Centro e a região da Grande Tijuca</i>, ocasionando um <i>aumento da oferta de
imóveis para aluguel ou para venda</i>. Alguma dúvida de que esses terrenos serão
comprados por empresários como Eike Batista para construir grandes condomínios
e prédios? Alguma dúvida de que isso será visto como “embelezamento da cidade”?
Me parece que toda a política de valorização da região e boa parte do
encarecimento do custo de vida estão a serviço dessa “<b>limpeza</b>” dessas regiões,<b>
expulsando economicamente</b> esses setores das regiões nobres da cidade - para
onde irão as <b>empresas</b> movidas pelo Pré-Sal (direta e indiretamente) e seus
<b>funcionários</b>.</span></span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span lang="pt" style="mso-ansi-language: #0016; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Isso por si só já seria ruim o suficiente: a
mudança de toda a estrutura de vida de uma boa parte da população para pior em
função de uma “limpeza” de áreas nobres para receber estrangeiros, altos
funcionários e empresas. No entanto, o fenômeno não para por aí.</span></span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span lang="pt" style="mso-ansi-language: #0016; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Quais são as <b>consequências sociológicas</b> desse
tipo de emigração? Muito ruins.</span></span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://fw.atarde.uol.com.br/2014/08/650x375_racismo_1442524.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://fw.atarde.uol.com.br/2014/08/650x375_racismo_1442524.jpg" height="230" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span lang="pt" style="mso-ansi-language: #0016; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Primeiramente, essas regiões da cidade
<i>deixarão de ter</i>, em larga medida, a <b>presença de pobres e negros</b> no ambiente
urbano. A pobreza fica, assim, mais <b>invisibilizada</b>, <i>dificultando a empatia de
setores de classe média </i>dessas regiões quanto às <i>demandas da população mais
pobre</i>. Além disso, gerará toda uma construção de vida nos habitantes de lá <i>sem
a presença significativa de negros</i>, tornando-os mais e mais <i>estereotipados</i> no
imaginário da população e <b>intensificando o racismo</b>. Além disso, as políticas de
<i>estruturação urbana</i> que acontecem muito mais intensamente nessas regiões que no
resto da cidade, <i>deixarão de beneficiar setores negros e pobres</i>, aumentando a
<b>segregação espacial</b> e gerando uma <b>desoneração</b> dos governos quanto ao cuidado de
outras regiões.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRtLfDj-d-xRdNnIoeO1el6oNLUxljwhZ0Q3eyV4H5cvAMnECEpNwEkIpf1DyWEM2aen8ItKRgyvZH11rWVphHZ-b9GK4qfDYDJhACEQvmiFUwYZ-WWwnpD8vbBTYpFGhldrxl9-dPwo8/s1600/engarrafamentorio.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRtLfDj-d-xRdNnIoeO1el6oNLUxljwhZ0Q3eyV4H5cvAMnECEpNwEkIpf1DyWEM2aen8ItKRgyvZH11rWVphHZ-b9GK4qfDYDJhACEQvmiFUwYZ-WWwnpD8vbBTYpFGhldrxl9-dPwo8/s1600/engarrafamentorio.jpg" height="213" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span lang="pt" style="mso-ansi-language: #0016; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Ao mesmo tempo, a ocupação de áreas da Zona
Oeste e da Baixada Fluminense levarão ao <b>distanciamento</b> de muitas pessoas de
seus<i> locais de trabalho</i> na Zona Sul e no Centro, gerando <b>desemprego</b> e <b>intensificação
do tráfego</b> para essas regiões e, portanto, prolongamento do <i>tempo de
deslocamento</i> dessas pessoas e de todas as outras. A consequência psicossocial
desse processo é o aumento geral do <b>estresse</b> do trabalho e uma <b>redução do tempo
livre</b> da população trabalhadora em geral – afinal, além dos pobres e favelados
da Zona Sul e Centro, várias famílias se deslocarão para a Zona Oeste em função
do <i>Minha Casa Minha Vida</i> e do <i>sonho da casa própria</i>.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span lang="pt" style="mso-ansi-language: #0016; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Esse processo levará a um <i>aumento na
dificuldade de se conseguir empregos</i> no Centro e na Zona Sul, o que pode
diminuir o tráfego, mas gerará uma<i> diminuição das oportunidades de trabalho
e/ou uma ainda maior segregação espacial da pobreza</i> com a localização das
oportunidades de trabalho nessas regiões em bem piores condições, dado a maior
necessidade desses setores de terem empregos.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span lang="pt" style="mso-ansi-language: #0016; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Além disso, muitos irão morar com seus
parentes mais velhos nessas regiões ou vão construir famílias nelas. Como elas
não estão livres da especulação imobiliária e a classe média está crescendo em
endividamento, as condições de se conseguir uma casa própria no futuro de médio
prazo, mesmo com a redução do preço dos imóveis, tendem a<b> piorar</b> e, portanto,
se tornará mais comum do que é hoje a <i>convivência de parentes de gerações
diferentes</i> sob o mesmo teto por mais tempo, inclusive com a <i>constituição de
mais de uma família nuclear na mesma habitação</i>, oriunda de filhos que se casam
e não têm condições de sair de casa – ou, quando eles conseguirem sair,
provavelmente será para uma região próxima, pela ausência de condições de
comprar/alugar imóveis mais próximos do centro/zona sul. Isso aumentará, mais
que os <b>laços familiares</b>, os <i>vínculos de vizinhança</i> (e portanto, de <b>vigilância
social</b>) e o <b>controle</b> dos <i>pais</i> sobre as <i>escolhas dos filhos</i>.</span></span>
</div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"></span><div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://crescercomafeto.com.br/wp-content/uploads/2013/11/familia-pais-filhos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://crescercomafeto.com.br/wp-content/uploads/2013/11/familia-pais-filhos.jpg" height="195" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span lang="pt" style="mso-ansi-language: #0016; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Esse fenômeno combinado com o crescimento em
progressão geométrica das <b>igrejas evangélicas conservadoras</b>, especialmente nas
áreas mais pobres, especialmente dos subúrbios, a tendência é que o <i>poder dos
setores conservadores de vigilância aumente exponencialmente</i>. Pais e Mães
conservadores cansados de um dia de trabalho intenso e uma viagem longa para
cara terão maior tendência a <i>agir agressivamente</i> dentro de casa, aumentando a
<b>violência doméstica</b> (de pais e mães sobre filhos e filhas, mas também de <i>homens
contra mulheres</i>, especialmente, e também contra os idosos), inclusive <b>sexual</b>
(já que a maioria dos casos de estupro se dão com <i>conhecidos</i> e não com
desconhecidos). A geração de pais, proprietários das casas, que serão um bem
ainda mais difícil de se conseguir, terão mais poder sobre as decisões dos
filhos, mesmo casados, pelo poder sobre o meio de sobrevivência que é a casa.
Com a intensificação da vigilância dos pais, parentes e vizinhos, o<b> sentimento
de comunidade</b> gerado por essas relações e <i>alimentado por essas igrejas</i> servirá
de substrato para um <b>controle conservador</b> cada vez mais intenso sobre
principalmente os mais jovens – ou seja, o <b>machismo</b>, a <b>homofobia</b> e a <b>polifobia</b>
tendem a se intensificar e as opções de liberdade quanto a isso são<i> cada vez
mais complicadas</i>. Com isso, também, a<b> intolerância religiosa</b> tende a crescer.
Como a maioria da população trabalhadora adulta dessas regiões estará <i>mais
intransigente e impaciente</i> como efeito da<i> intensificação do estresse</i>, a
<b>repressão a comportamentos desviantes </b>e o<b> recrudescimento de práticas
conservadoras e intolerantes</b> aumentarão.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span lang="pt" style="mso-ansi-language: #0016; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://images.immedia.com.br//14/14570_2_L.JPG.ashx?quality=10" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://images.immedia.com.br//14/14570_2_L.JPG.ashx?quality=10" height="223" width="320" /></a></div>
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span lang="pt" style="mso-ansi-language: #0016; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Isso também terá um outro elemento importante,
decorrente também do descaso do poder público quanto a essas regiões: o aumento
dos <i>poderes paralelos</i>, especialmente as <b>milícias</b> no Rio de Janeiro e o <b>Tráfico
de Drogas</b> na Baixada Fluminense. Já conseguimos ver o crescimento das milícias
hoje na Zona Oeste, especialmente em regiões do projeto <i>Minha Casa Minha Vida</i>.
<i>Esse é um forte indício dessa tendência.</i></span></span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span lang="pt" style="mso-ansi-language: #0016; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Onde mais vemos o crescimento de igrejas
evangélicas, especialmente as conservadoras? Na Zona Oeste e na região
desprivilegiada da Zona Norte. Quais as Igrejas que mais crescem nesses meios?
As conservadoras.</span></span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span lang="pt" style="mso-ansi-language: #0016; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">É bem possível que a milícia supere seu
estágio hoje embrionário de controle econômico das regiões e manutenção da
ordem de maneira mais geral (atacando criminosos) para tomar uma postura mais
aliada das Igrejas e conformar-se numa<b> polícia moral</b>, introduzindo-se nos
assuntos privados como <i>sexualidade e religião</i> afim de manter seu <i>ordenamento
político-moral</i>.</span></span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span lang="pt" style="mso-ansi-language: #0016; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Claro que tudo isso levará à apropriação dessa
população de forma sólida por políticos que se aliem com as milícias e com as
igrejas, gerando senhores locais mais fortes e, portanto, deputados
reacionários mais fortes. Isso tende a geral, naturalmente, também, uma
<b>repressão política</b> <i>extra estatal</i> muito <i>forte e violenta</i>, especialmente sobre
socialistas, mas sobre qualquer um que se oponha ao chefe da região. Um exemplo
forte desse processo é a situação da <i>Gardênia Azul </i>e do <i>Rio das Pedras</i>.</span></span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span lang="pt" style="mso-ansi-language: #0016; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Além disso, a maior parte da população está
ainda mais distante de<b> atividades culturais</b> e <b>universidades públicas</b> – e,
portanto, sua dificuldade de acesso a esses elementos será ainda pior.</span></span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.wallgiv.com/wp-content/uploads/2013/09/Rio-de-Janeiro-skyline-at-sunset-brazil.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.wallgiv.com/wp-content/uploads/2013/09/Rio-de-Janeiro-skyline-at-sunset-brazil.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span lang="pt" style="mso-ansi-language: #0016; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Isso me parece mais que um acidente, mas um
projeto de reestruturação urbana engendrado pelas políticas dos governos. Isso
fica bem claro no início do fenômeno com as influências que as políticas
públicas tiveram para esse processo – e fica ainda mais claro quando sabemos
que essas empresas precisam de permissão do Estado para atuar nessas regiões
com seus empreendimentos. No entanto, não é preciso acreditar que isso é algo
premeditado para se preocupar com essa situação. <i>Temos à nossa frente uma
reestruturação forte que está tomando proporções grandes e que pode influenciar
no futuro da cidade e alterar completamente sua configuração geográfica e
social. E para pior.</i></span></span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span lang="pt" style="mso-ansi-language: #0016; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><b>Como lidar com isso?</b> Primeiramente, precisamos
<b>identificar nossos inimigos</b>. Essas políticas são tocadas principalmente pelo <b>PT
</b>(através do governo federal) e pelo <b>PMDB</b> (no governo estadual e na prefeitura).
Provavelmente há um plano mais amplo de reestruturação do estado em função do
Pré-sal que não sou capaz de destrinchar, mas é evidente que, qualquer que seja
o próximo governo, especialmente por estarem todos ligados politicamente,
provavelmente <i>o projeto de reestruturação continuará</i>. A diferença mais
significativa pode ser a de que o processo de fortalecimento das milícias e de
sua ligação com as Igrejas Evangélicas conservadoras seja mais rápido se o
setor político do Garotinho ou do Crivella saírem vitoriosos no processo
eleitoral do estado, pois ambos utilizarão o aparato do Estado para inserirem
seus grupos político-religiosos na Zona Oeste e na região empobrecida da Zona
Norte da cidade. Esse processo, no entanto, será sempre mediado pela <i>interação
com a prefeitura</i>, que continua na mão do PMDB e que usará de candidatos como
Brazão para crescer seus tentáculos políticos sobre a região. Mas Garotinho e
Crivella são coligados com o PT no âmbito federal, então a parceria continuará
qualquer que seja o governo eleito (As ligações de Pezão e Lindiberg com o
governo federal são evidentes). Se Marina for eleita para o governo federal
também não haverá uma verdadeira mudança de projeto pois ela já declarou que
pretende governar com ambos PSDB e PT – certamente, para que essa aliança dê
certo, alguns feudos precisam ser estabelecidos e isso certamente levará o PT e
o PMDB a ganharem a fatia do Rio de Janeiro, mesmo que tenham que mediar com
outros setores que estiverem no governo.</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://veja4.abrilm.com.br/assets/images/2014/7/235114/Governadores-do-Rio-size-598.jpg?1405639549" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://veja4.abrilm.com.br/assets/images/2014/7/235114/Governadores-do-Rio-size-598.jpg?1405639549" height="225" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span lang="pt" style="mso-ansi-language: #0016; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Como podemos<b> combater</b> isso, então?</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span lang="pt" style="mso-ansi-language: #0016; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Existem duas formas, ao meu ver, que se
combinam.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://i164.photobucket.com/albums/u17/banithor/Espanha/Barcelona%20III/PICT0261.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://i164.photobucket.com/albums/u17/banithor/Espanha/Barcelona%20III/PICT0261.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span lang="pt" style="mso-ansi-language: #0016; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><b>A primeira é estimular a classe trabalhadora
carioca a dividir apartamentos</b>. Ou seja, mesmo que se prefira viver apenas um
casal (já que, para um indivíduo trabalhador normal é impossível viver
sozinho), é importante que se <i>compartilhe apartamentos e despesas</i> com outros
trabalhadores para que possam continuar morando em regiões próximas do
trabalho. Isso, além de <i>baratear os custos</i>, influencia no mercado se for uma
postura coletiva de relevância, podendo <i>empurrar os preços dos imóveis</i> (e,
possivelmente, do<i> custo de vida</i>) para <i>baixo</i>. Além disso, em situações de
dificuldades financeiras e estresse, a presença de outras pessoas pode ajudar
os <b>laços de solidariedade</b> para <i>fora do grupo familiar</i>, que pressupõe <b>relações
hierarquizadas e de controle</b>, para <b>relações de afinidade</b> e <b>companheirismo de
classe</b>, o que não só estimula a <b>solidariedade de classe</b>, como fortalece a
<b>democracia operária</b> – aprende-se a conviver com as diferenças tendo <i>relações
horizontais com os diferentes</i>. Além disso, permitiria essa postura uma maior
<b>liberdade individual </b>para os trabalhadores, especialmente os mais oprimidos,
como mulheres, homossexuais e polis. Essa política, no entanto, é inviável se
for uma postura individual e absolutamente desprezível em termos sociais – pois
os preços aumentarão mais e mais e, em algum momento, meramente permanecer vivo
nessas regiões será dispendioso demais.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<a href="http://www.clictribuna.com.br/imagens/noticias/dia-do-trabalho-a-importancia-do-movimento-sindical-2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://www.clictribuna.com.br/imagens/noticias/dia-do-trabalho-a-importancia-do-movimento-sindical-2.jpg" height="213" width="320" /></a><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span lang="pt" style="mso-ansi-language: #0016; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">A segunda, e mais importante, é <b>mobilizar os
trabalhadores em torno a políticas que favoreçam a habitação em regiões mais
próximas, especialmente o aumento de salário e, em especial, o Auxílio Moradia
como direito trabalhista básico.</b> Se conseguirmos o <b>auxílio moradia</b> atrelado a
algum índice relacionado com as <i>variações dos preços dos imóveis</i>, conseguiremos
tornar todo o projeto da burguesia para o Rio de Janeiro <i>altamente
desinteressante</i> – afinal, se ela poderia apenas demitir ou baixar os salários os
trabalhadores que moram longe, ela teria, assim, que <i>bancar o aumento do preço
dos imóveis</i> de maneira proporcional para todos os seus funcionários, gerando
custos fortíssimos. Com isso, a <i>pressão para a redução dos preços dos imóveis
seria enorme </i>e seria feito por setores da própria burguesia, estimulando a<b>
divisão</b> dela e favorecendo as <b>conquistas dos trabalhadores</b> em todos os
aspectos. Claro que isso repercutiria também num <i>aumento dos preços dos
produtos e serviços</i>, mas o limite desse aumento estaria atrelado às <b>condições
de vida e remuneração de todos os trabalhadores</b>, empurrando esse valor para
<b>baixo</b>. Além disso, seria importante haver uma luta para que o governo forçasse
as empresas a aceitarem o controle os preços. Se isso tiver importância,
provavelmente essa política não seria adotada pelo governo, mas as empresas do
ramo imobiliário sofreriam uma<i> grande pressão</i> que poderia <i>reduzir os
investimentos do governo</i> no setor e acabar por <i>fazê-lo avançar no prejuízo que
já está tendo</i> – acabando por baratear os custos dos imóveis, levando o setor à
quebra ou algo próximo, e favorecendo a mudança dos <b>trabalhadores pobres e
negros</b> para as regiões privilegiadas da cidade, <b>empurrando o custo de vida para
baixo.</b></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span lang="pt" style="mso-ansi-language: #0016; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Para efetivar essas políticas, precisamos de
uma <b>atuação unificada dos trabalhadores e da juventude</b>, junto dos
<b>setores oprimidos</b> (já que esta elaboração demonstra a relação com as
opressões). É necessário que uma <b>unidade da esquerda</b> se efetive em torno à
<i>denúncia desse plano político burguês</i> para a cidade e que se unifique em torno
à bandeira do <b>Auxílio Moradia</b>, que deve ser central para o próximo período,
inclusive para as eleições de 2016 para a prefeitura, que podem ser
extremamente importantes.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span lang="pt" style="mso-ansi-language: #0016; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">É claro que essa elaboração é muito inicial
ainda. Ela carece de dados mais específicos que a dêem suporte, por exemplo, no
meio acadêmico. É necessário que haja políticas sociais e políticas planejadas
com o combate a esse projeto em mente. É preciso que uma pesquisa mais
aprofundada sobre isso seja feita, é preciso que uma oposição unificada se
forme, é preciso de muita coisa seja articulada e discutida. Mas não tenho
dúvidas do poder de mobilização que essa proposta pode ter se encabeçada pelos
setores de luta da classe trabalhadora.<br /><br />Eaih, oq acham?<br /><br />Vontade e Sabedoria na Guerra!</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
Árion Vampyrhttp://www.blogger.com/profile/15070943590264979888noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8030741422243445949.post-85860544430113825922014-09-10T20:02:00.000-07:002014-09-10T20:02:02.049-07:00Por que uma relação monogâmica é opressora para umx poliamorista, mas uma relação poliamorosa não é opressora para umx monogâmicx?<!--[if gte mso 9]><xml>
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<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Existe uma tendência muito errada no debate sobre
<b>orientações/opções relacionais</b> de equiparar <i>monogamia</i> e <i>poliamor</i> como se fossem
ambas formas igualmente dispostas para a vivência amorosa. <i>Nada mais distante
da realidade.</i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://images5.fanpop.com/image/photos/31200000/love-love-31236730-1280-800.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://images5.fanpop.com/image/photos/31200000/love-love-31236730-1280-800.jpg" height="250" width="400" /></a></div>
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"></span></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.imagensfacebook.net/wp-content/uploads/2012/10/relacionamento.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://www.imagensfacebook.net/wp-content/uploads/2012/10/relacionamento.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Primeiramente, não vivemos numa sociedade neutra quanto às
formas de relacionamentos... vivemos numa <b>sociedade monogâmica</b> que se aproveita
<b>mononormatividade</b> para <i>desqualificar</i> e <i>invisibilizar</i> todas as formas de
<b>não-monogamia</b>, especialmente o <b>poliamor</b>. Através do convencimento a todxs de
que a única forma possível de se envolver é a monogamia, que ela é a forma “normal”
e “natural” da humanidade se relacionar afetivamente, através do ensinamento de
todos os seus parâmetros de relação às pessoas não como parâmetros de uma forma
de relacionamento, mas como os parâmetros do <i>relacionamento afetivo em si</i>, a
sociedade patriarcal capitalista impõe a todxs nós uma <i>desqualificação a priori
</i>de qualquer outro modelo de relação, bem como um conjunto de <i>barreiras sociais,
culturais e psicológicas</i> para o exercício pleno da nossa afetividade, ou seja,
quando estamos fora dos estreitos limites da monogamia.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Nesse sentido, a relação monogâmica é <b>privilegiada</b> em
comparação à relação poliamorosa ou outras formas de não-monogamia, através de <i>leis
que a amparam</i>, de <i>métodos culturais</i>, <i>legitimidade</i> e uma<i> longa preparação
ideológica e emocional</i> para a monogamia – que todos nós recebemos, independente
de quem somos. Então, não se pode falar de uma igualdade entre as duas formas
de se relacionar.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><i>Mas podemos ir mais fundo</i>. Como o <b>patriarcado</b> é
<b>monogâmico-poligâmico</b> <span style="color: #666666;">(vide o funcionamento das sociedade patriarcais na
história e nas culturas humanas)</span>, ir contra essa norma sistêmica é ir contra o
sistema de funcionamento das relações entre gêneros na nossa sociedade. Isso
coloca a questão do poliamor e de outras formas de não-monogamia não machista coladas
intrinsecamente à <b>questão da mulher</b> e à <b>questão LGBT</b> (até mesmo da questão
racial, dado que a maioria dos povos negros escravizados não eram monogâmicos e
foram forçados a sê-lo, muito embora a maioria desses povos fosse patriarcal).
<b>Só isso já seria o suficiente para entender que os poliamoristas são um grupo
oprimido, muito embora boa parte da sociedade nos trate como se não
existíssemos.</b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://i2.cdn.turner.com/cnn/dam/assets/131011152900-polyamory-01-story-top.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://i2.cdn.turner.com/cnn/dam/assets/131011152900-polyamory-01-story-top.jpg" height="225" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Mas, para além disso, o poliamor coloca em questão um
aspecto fundamental da ordem burguesa: a <b>propriedade privada</b>. A partir do
momento em que se pode construir uma vida com mais de uma pessoa, especialmente
em relacionamentos grupais, a <i>propriedade privada dos meios de subsistência</i> cai
por terra, bem como a ideia de <i>herança</i>... quanto mais pessoas envolvidas, <i>mais
coletiva é a propriedade</i>. No caso da propriedade privada dos meios de produção,
existe uma questão a mais: com a desnecessariedade da <b>competição</b> por parceirxs
entre os envolvidos e a criação de uma <b>rede de apoio</b> mútuo que supera a
estrutura <i>nuclear</i> ou da <i>família genealógica</i>, extendendo por várias famílias e
grupos a construção de relações de <i>solidariedade</i> e <i>parceria</i><b> estruturantes</b> das
nossas vidas, a divisão dos trabalhadores, dos não-proprietários, fica abalada
e constrói-se uma outra lógica de relação entre indivíduos.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Claro que não é a
extensão do poliamor para o mundo que será o fim da propriedade privada, do
capitalismo ou do patriarcado, mas sim, isso indica que o poliamor é um
fenômeno que, por mais que tudo indique que seja objetivo (ou seja, aconteça
naturalmente pela nossa fase histórica, e não pelo mero convencimento de um poliamorista
para outro), entra em<b> contradição</b> com o <i>funcionamento social vigente</i>. <i>Isso
complementa o lugar dos poliamoristas como grupo oprimido.</i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Por isso, <i>não faz sentido</i> falar em poliamoristas oprimindo
monogâmicxs, a não ser que seja por outras questões que não a da
orientação/opção relacional (ou seja, um poli oprime um mono quando é homem e
oprime uma mulher através de privilégios de gênero, ou quando é brancx e oprime
umx negrx por privilégios raciais, etc). Não faz sentido, também portanto,
<i>pensar no relacionamento poliamoroso como um relacionamento opressor para
alguém que é monogâmicx</i>.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://i.kinja-img.com/gawker-media/image/upload/s--trZX1ZL1--/18ah821r6thaejpg.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://i.kinja-img.com/gawker-media/image/upload/s--trZX1ZL1--/18ah821r6thaejpg.jpg" height="223" width="400" /></a></div>
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Mas não consideremos, por enquanto, essa conclusão sobre
relacionamentos. Vamos averiguar direitinho a <b>estrutura</b> das duas relações?</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">O motivo pelo qual umx poliamorista é oprimidx numa relação
monogâmica é óbvio: <i>elx está proibidx de estabelecer outros relacionamentos
amorosos, mesmo que queira</i>. X Poliamorista é forçadx a <b>castrar</b> aquilo que, para
elx, é <b>natural</b>, o <i>envolvimento múltiplo</i>, em prol da <b>manutenção da relação</b> e
privilegiando, assim, a relação monogâmica - que é o modelo imposto socialmente -
mas também privilegiando x monogâmicx que, através da clausula de
exclusividade, impõe a sua<b> limitação</b> e sua <b>vontade de controlar</b> o envolvimento
dx parceirx (ou a sua falta de vontade de se envolver com outrxs parceirxs).</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Umx poli que, por acaso, acabe não se envolvendo por mais ninguém durante o
tempo em que está num relacionamento mono, não deixa de ser oprimido por causa
disso, obviamente – elx continua presx à <b>clausula de exclusividade a dois</b>. É como o
caso do prisioneiro que foi proibido de ir ao banheiro, mas que por não ficar
tempo suficiente preso para sentir a vontade (ou para ela se tornar incontrolável)
consegue passar bem por esse tipo de restrição no tempo em que isso rolou – o prisioneiro,
no entanto, não deixou de ser proibido de ir no banheiro, no entanto. <i>Nesse
sentido, uma relação monogâmica é SEMPRE opressora para umx poliamorista.</i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://cdn.sheknows.com/articles/2013/04/woman-with-two-men-horiz.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://cdn.sheknows.com/articles/2013/04/woman-with-two-men-horiz.jpg" height="267" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Vejamos a situação contrária, no entanto. Umx monogâmicx só
está sendo impedidx, numa relação poliamorista, de <i>impor ax parceirx poli uma
clausula que o oprimiria</i>, mas <b>n está forçadx a se relacionar com quem não
queira</b>. Umx monogâmicx numa relação poli, pode não lidar bem com as
possibilidades abertas para sx parceirx, mas não pode dizer que é oprimidx por
causa disso: oprimidx por quê? <i>Por não ter o direito de oprimir sx parceirx?</i>
Umx monogâmicx que não seja completamente inseridx na mononormatividade e na
polifobia, pode muito bem permanecer num relacionamento poliamoroso sem se
relacionar com mais ninguém além de sx próprix parceirx. Que direito lhe está
sendo castrado? Que liberdade lhe está sendo tirada? Apenas o de oprimir sx
parceirx.<span style="color: #666666;"> Em contra-partida, x monogâmicx está ganhando o direito de se
relacionar com duas (ou talvez mais) pessoas se assim desejar.</span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">É possível pensar que, numa relação mono-poli, é possível se
fazer<i> mediações</i> procurando outras formas de relacionamento, mas é essencial que
sejam formas de relacionamento <i>não-monogâmicos</i>. A monogamia para umx poli não é
uma mediação, <i>é uma imposição</i>. Na minha opinião, <i>uma relação poli pode
perfeitamente acomodar umx monogâmicx que respeite o direito de sx parceirx.</i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.cdlbh.com.br/midia/balcao_relacionamento000.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.cdlbh.com.br/midia/balcao_relacionamento000.jpg" height="180" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Portanto, também, não é nada opressor sonhar com um mundo em
que o poliamor seja o <i>modelo vigente</i>, pois se alguém for "naturalmente"
monogâmicx, elx não estará sendo oprimidx por estar em um relacionamento poli –
<i>é só não ficar com mais ninguém além de sx parceirx.</i><br /><br />Eaih, galera, oq vcs acham?<br /><br />Vontade e Sabedoria na Guerra!</span></div>
Árion Vampyrhttp://www.blogger.com/profile/15070943590264979888noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8030741422243445949.post-10878078506636674102014-06-26T02:27:00.001-07:002014-06-26T02:29:19.587-07:00Maturidade Política<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVXOEbXv6BcClBuGx87E7NQz0IX3QizhNvXnMLstFlafsL5QAff9YzqZx8ySBA6IyIOOJMiGhwF4pEVrPs3Q5WzVjQxh0N7C25AedYCWkwLAWFdkfQVkgT_PRCgg0P48QuBkK1siLyGQ/s1600/image_preview+(1).jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVXOEbXv6BcClBuGx87E7NQz0IX3QizhNvXnMLstFlafsL5QAff9YzqZx8ySBA6IyIOOJMiGhwF4pEVrPs3Q5WzVjQxh0N7C25AedYCWkwLAWFdkfQVkgT_PRCgg0P48QuBkK1siLyGQ/s1600/image_preview+(1).jpg" height="211" width="320" /></a></div>
<span style="color: white;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Somos todos <i>sujeitos políticos</i>, em maior ou menor grau – é condição de nossa existência, que é social. No entanto, alguns se organizam, se movem, e mobilizam outros, para atuar politicamente, de maneira mais ativa – são os <b>ativistas</b> e<b> militantes</b>. É para essas pessoas, centralmente (mas não só), que esse texto se direciona.<br /><br /><i>Atuar politicamente não é fácil</i>, especialmente num país como o nosso em que não há uma tradição forte de militância sobrevivente em massa. O que temos são alguns grupos que ainda se propõem a atuar politicamente para além do âmbito meramente do Estado e de seu jogo sujo. Por isso, no Brasil, é especialmente difícil se conseguir <b>maturidade política</b>.<br /><br />Sem apostar numa pretensa sabedoria superior, venho aqui humildemente contribuir com a minha visão de uma maturidade política, coisas que aprendi com a minha militância e que acho que podem ajudar outras pessoas nos tortuosos caminhos da política. Espero que sejam de valia para vocês.</span></span></span><br />
<span style="color: white;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></span></span>
<span style="color: white;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></span></span>
<a name='more'></a><span style="color: white;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></span></span>
<span style="color: white;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></span></span>
<span style="color: white;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b>Política</b> não se faz com o coração nem com o estômago, se faz com a <i>cabeça</i> – e <i>fria</i>. <b>Divergências</b> não são <i>declarações de guerra</i> e <i>críticas</i> não são <i>espadadas</i>... mas espadadas também não são simples críticas. <i>Nem todo mundo que discorda de nós é nosso inimigo político</i>. Inimigo político é quem tem uma política que, de maneira geral, <i>organiza a sociedade </i><b>contra </b><i>a sua proposta</i>. Se uma pessoa é mais retraída politicamente que nós ou é mais exagerada, ela não é de um inimigo – é de um aliado que está <i>errando</i>. Não é por que não gostamos do que ouvimos que devemos ficar putos e impor condições para alianças – as condições para alianças têm que se dar numa base <i>programática</i>, para que a aliança sirva para fazer nosso projeto de sociedade caminhar para frente e não para trás, mesmo que caminhe num ritmo mais lento do que gostaríamos. Mas também nem todo mundo que está lutando por coisas parecidas com as nossas são aliados até a última instância – existem sim <i>oportunistas, pilantras, carreiristas</i>... mas eles não são todo mundo, nem inexistem.</span></span></span><br />
<span style="color: white;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></span></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><a href="http://www.diarioliberdade.org/archivos/Colaboradores_avanzados/sturtds/2014-04/frente.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.diarioliberdade.org/archivos/Colaboradores_avanzados/sturtds/2014-04/frente.jpg" height="147" width="400" /></a></span></span></span></div>
<span style="color: white;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /><i>Ninguém escolhe de onde veio</i>. É sempre possível se <i>arrepender</i> dos erros do passado e tentar <i>compensar</i> uma <b>posição social privilegiada</b> – é necessário <i>rever privilégios</i>, <i>abdicar deles </i>e <i>aceitar</i> humildemente as <i>consequências</i> dos atos anteriores e os <i>esclarecimentos</i> de quem vive uma situação desprivilegiada que desconhecemos. Nem todo mundo que reproduz um privilégio é inimigo – às vezes só não teve ainda as <b>condições</b> de repensar o que vive (apesar de isso não ser a maioria dos casos). Nem todo mundo que faz merda está querendo foder com todas as coisas – às vezes tomamos políticas erradas, nos arrependamos delas ou não.</span></span></span><br />
<span style="color: white;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></span></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><a href="http://www.folhadomate.com/imagens/noticia/15094/9618-racismo_racismo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.folhadomate.com/imagens/noticia/15094/9618-racismo_racismo.jpg" height="266" width="400" /></a></span></span></span></div>
<span style="color: white;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /><i>Nossos projetos político-sociais não se realizarão amanhã, mas também não estão fadados ao fracasso necessariamente.</i> Se estamos baseando nosso projeto em uma análise racional, crítica e historicamente fundamentada da sociedade, devemos confiar nesse projeto e saber que <i>derrotas acontecem e acontecerão</i> – e, <b>quanto mais revolucionário nosso projeto, mais derrotas teremos</b>. Nem sempre o momento é oportuno para ganharmos pessoas para nossas posições – e isso não quer dizer abdicarmos delas; é preciso que analisemos a realidade, a conjuntura e <i>saibamos esperar</i> e<i> ser minoria</i>, mesmo que possa ser por muito tempo. Não podemos tratar como se tivéssemos que nos desesperar com cada oportunidade que surge – <i>outras oportunidades haverão</i>; talvez não tão boas, mas haverão. Nem sempre vencer é adiantar nosso projeto político-social – às vezes perder é demarcar posições e criar o espaço para uma vitória posterior. Mais importante que ganhar para nossas posições, <i>às vezes</i>, é saber onde há <b>unidades</b> que podem ser construídas.</span></span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><a href="http://mensagens.culturamix.com/blog/wp-content/gallery/frases-sobre-derrota3/frases-sobre-derrota-10.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://mensagens.culturamix.com/blog/wp-content/gallery/frases-sobre-derrota3/frases-sobre-derrota-10.jpg" height="186" width="400" /></a></span></span></span></div>
<span style="color: white;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />Atuar sozinho pode ser positivo ou negativo, dependendo no que se acredita e quais condições temos com os outros que estão ao nosso redor. Mas, de maneira geral, <i>agregar e organizar é melhor</i>. Unir a esquerda sob um acordo programático (mantendo as divergências e discutindo-as) é mais produtivo do que sair sozinho para defender tudo que se quer. Atuar num partido/movimento/coletivo democrático em que se possa organizar outras pessoas discutindo as propostas que se faz, mesmo que se tenha divergências, é mais produtivo do que atuar sozinho.<i> Sozinhos nosso poder de atuação é menor que a atuação organizada</i>. Claro que nossas alianças e filiações devem se dar ante o estabelecimento de<i> concordâncias concretas</i>, que se baseiem nos <b>acordos programáticos</b> possíveis de forma que seu <b>projeto político-social </b>possa caminhar, mesmo que num ritmo mais lento. É sempre melhor caminhar junto de maneira mais lenta do que mais rápido sozinho – essa última postura levará invariavelmente à destruição. Receber apoio de quem muitas vezes não está diretamente ligado com a sua realidade, também é fundamental.<i> E conseguir o apoio das massas é crucial para qualquer luta.</i></span></span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><i><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoZAcPX2lukdcgzeXrsGBnk-3dmtXJFXIb9NpRuYxsRbcv5Nybg6ZaAObdFXB-2dmN5785MuTFA3WHvRGI3j9dV4dOynrFm0Yoe5Tl61DQjlxNkF2LR2bri9f-z-cY5wWJxqmnSGDdy7w/s1600/sin.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoZAcPX2lukdcgzeXrsGBnk-3dmtXJFXIb9NpRuYxsRbcv5Nybg6ZaAObdFXB-2dmN5785MuTFA3WHvRGI3j9dV4dOynrFm0Yoe5Tl61DQjlxNkF2LR2bri9f-z-cY5wWJxqmnSGDdy7w/s1600/sin.jpg" /></a></i></span></span></span></div>
<span style="color: white;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />Entender a conjuntura internacional e partir dela para o local, é mais lógico e racional do que pensar a sua realidade específica como se fosse deslocada da realidade em geral – mesmo que sirva para que você perceba, depois, que na verdade a conjuntura local é contraditória com a geral. Acreditar em <i>grandes figuras</i> nos deixa vulneráveis à ação da <b>burocratização</b> e dos <i>defeitos delas</i>. O que constrói a história e as políticas de governos e autoridades é uma <b>combinação de conjuntura, interesses político-econômicos e relação com as massas</b>. Nenhum governo aplica políticas positivas por que é mais “bonzinho” ou “consciente” que outro – <i>mas sim por que as influências e pressões sociais levaram as várias instituições sociais e estatais a fazer aquela política ser aplicada.</i> Um governo “bonzinho” e “consciente” pode aplicar políticas terríveis por que a estrutura conjuntura-interesses-massas as impõe; e governos escrotíssimos podem aplicar políticas extremamente positivas pelo mesmo motivo. Nosso papel está em movimentar a teia de relações sociais que determinam essas políticas, muito mais do que “eleger a pessoa certa”.</span></span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><a href="http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/files/2013/12/dilma_lula.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/files/2013/12/dilma_lula.jpg" height="236" width="400" /></a></span></span></span></div>
<span style="color: white;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<br />Essa foi minha contribuição. Tentei que ela servisse para grupos e indivíduos para além dos socialistas revolucionários. Espero que tenha ajudado.<br /><br />Mas e você, o que acha?<br /><br />Até mais, galera! Vontade e Sabedoria na Guerra!</span></span></span>Árion Vampyrhttp://www.blogger.com/profile/15070943590264979888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8030741422243445949.post-53406162114255904122014-05-31T12:46:00.001-07:002014-05-31T12:46:17.247-07:00Lista de Músicas: Deep Down<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: white;">Eu tenho um hábito, meio esquecido atualmente, de fazer listas de música que tenham a ver com certos momentos ou que me inspirem para certas coisas. Tenho algumas guardadas no computador e resolvi postar aqui links para as músicas que formaram a minha lista chamada "Deep Down", que é reservada para momento de profundo sofrimento.</span><span style="color: #999999;"> É eu gosto de encarar a tristeza quando ela aparece.</span></span><br />
<a name='more'></a><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Silverchair - Emotion Sickness</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> </span><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/xHDiN10CDj0?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Alanis Morissette - I Was Hopping (Unplugged)</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/QpL-eP69tio?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe> </span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">4 Non Blondes - Drifting</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/Qm8RB2zIKew?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Alice in Chains - Don't Follow</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/eBB2OS4IoTs?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Bush - Letting the Cables Sleep</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span><object width="320" height="266" class="BLOGGER-youtube-video" classid="clsid:D27CDB6E-AE6D-11cf-96B8-444553540000" codebase="http://download.macromedia.com/pub/shockwave/cabs/flash/swflash.cab#version=6,0,40,0" data-thumbnail-src="https://ytimg.googleusercontent.com/vi/_UWCURWZlQI/0.jpg"><param name="movie" value="https://youtube.googleapis.com/v/_UWCURWZlQI&source=uds" /><param name="bgcolor" value="#FFFFFF" /><param name="allowFullScreen" value="true" /><embed width="320" height="266" src="https://youtube.googleapis.com/v/_UWCURWZlQI&source=uds" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true"></embed></object></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Chris Cornell - Like a Stone (Unplugged)</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/qpLQv5xL9Dc?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">David Garret - Nothing Else Matters</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/ear98NMkZ04?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Dido - Here With Me</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/PSu5nAQ7uZw?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Eddie Vedder - You've Got to Hide Your Love Away</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/WJwLAxlio9w?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Simply Red - Picture Book</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/J27G1S-dufE?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Legião Urbana - Vento no Litoral</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> </span><object width="320" height="266" class="BLOGGER-youtube-video" classid="clsid:D27CDB6E-AE6D-11cf-96B8-444553540000" codebase="http://download.macromedia.com/pub/shockwave/cabs/flash/swflash.cab#version=6,0,40,0" data-thumbnail-src="https://ytimg.googleusercontent.com/vi/1E4-02Q_On8/0.jpg"><param name="movie" value="https://youtube.googleapis.com/v/1E4-02Q_On8&source=uds" /><param name="bgcolor" value="#FFFFFF" /><param name="allowFullScreen" value="true" /><embed width="320" height="266" src="https://youtube.googleapis.com/v/1E4-02Q_On8&source=uds" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true"></embed></object></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Psychedelic Furs - How Soon is Now</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> </span><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/On-6mtw3aI0?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Queen - My Melancholy Blues</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> <br /><object width="320" height="266" class="BLOGGER-youtube-video" classid="clsid:D27CDB6E-AE6D-11cf-96B8-444553540000" codebase="http://download.macromedia.com/pub/shockwave/cabs/flash/swflash.cab#version=6,0,40,0" data-thumbnail-src="https://ytimg.googleusercontent.com/vi/_qE_J4sStp8/0.jpg"><param name="movie" value="https://youtube.googleapis.com/v/_qE_J4sStp8&source=uds" /><param name="bgcolor" value="#FFFFFF" /><param name="allowFullScreen" value="true" /><embed width="320" height="266" src="https://youtube.googleapis.com/v/_qE_J4sStp8&source=uds" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true"></embed></object></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Alanis Morissette - King of Pain</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/X5-KHqQs5Uc?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe> </span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Simply Red - Holding Back the Years</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/yG07WSu7Q9w?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></span></span></div>
<span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></span>
<span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Valeu, galera, quaisquer sugestões, críticas, elogios etc, sintam-se à vontade!</span></span><br />
<span style="color: white;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Vontade e Sabedoria na Guerra</span></span>Árion Vampyrhttp://www.blogger.com/profile/15070943590264979888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8030741422243445949.post-81668099657923687912014-05-24T15:19:00.002-07:002014-05-24T15:24:31.469-07:00Por um Projeto Libertário de Sexualidade<!--[if gte mso 9]><xml>
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<!--StartFragment-->
<br />
<div class="MsoNormal">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEht1mcx0ZtW4HrZd0fShNXpAoNDEiSduqmzAm1QYDAtTFHGHQNwa_CEMER6GiY6fCG-mwv9qk4NZufrdCqxHmGTqhvYD7DfdB5RuyM6e3IOPFrGAkutemA02GgEmeXKr0Q7lRI_Tb2mS2W1/s1600/2695223361_f258463ab8.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEht1mcx0ZtW4HrZd0fShNXpAoNDEiSduqmzAm1QYDAtTFHGHQNwa_CEMER6GiY6fCG-mwv9qk4NZufrdCqxHmGTqhvYD7DfdB5RuyM6e3IOPFrGAkutemA02GgEmeXKr0Q7lRI_Tb2mS2W1/s1600/2695223361_f258463ab8.jpg" height="320" width="320" /></a><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Anteontem à noite, assisti um programa evangélico na
televisão chamado (ironicamente) de “Sem Tabus”. O programa era uma coleção de
tabus e normas conservadoras sobre a sexualidade voltado especialmente para
jovens, cheio de pseudo-ciência e pretensa racionalidade que confirmaria o
“<b>projeto de Deus</b>” para a sexualidade:<i> monogâmica, marital e heterossexual.</i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="color: #999999;">Foi uma experiência interessante,</span> mas, por mais que eu pudesse
me envolver em escrever uma resposta às asneiras e incoerências do programa,
parei pra pensar numa coisa mais importante... A direita e os <i>conservadores</i> em
geral têm um <i>programa</i> muito organizado para a <b>sexualidade</b>. <i>Os libertários não</i>.
É fácil saber claramente o que são os <b>valores</b> que sustentam a moralidade
conservadora – mas a moral libertária é <i>invisibilizada</i> e <i>parcamente existente</i>.
É sobre isso que pretendo me debruçar nesse post.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: -webkit-auto;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"></span></div>
<a name='more'></a><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Primeiramente, não podemos dizer que </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>não exista</i></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> um </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><b>projeto
libertário para a sexualidade</b></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> de maneira geral – ele </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>existe</i></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">, mas é construído
de maneira </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>pouco consistente</i></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> e </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>difusa</i></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">.</span><br />
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Por um lado, as esquerdas que não reproduzem a ordem sexual
(ou seja, estão excluídas as esquerdas stalinistas :P) preferem não tocar no
assunto do sexo, tratando no máximo da liberação LGBT (quando muito). O
<b><a href="http://coletivolenin.blogspot.com.br/" target="_blank">Coletivo Lênin</a></b> <span class="Apple-style-span" style="color: #999999;">(com o qual tenho diversas discordâncias em uma série de temas,
inclusive no da sexualidade) </span>soltou, há alguns anos, atrás um texto sobre o tema
intitulado “<b>Os Comunistas e a Questão Sexual</b>” em que pontuam corretamente que a
esquerda pecou e peca por <i>não tratar da questão do sexo</i>, por considerá-lo uma
questão desprezível ou que não deve ser tratada pela política. <i>Nada mais que a
verdade</i>. Previram no texto <span class="Apple-style-span" style="color: #999999;">– imagino eu que com razão –</span> que alguns militantes
socialistas/comunistas poderiam mesmo rir do texto. Claro que o material não
tinha nenhum contexto com o debate atual das esquerdas e muito menos o CL tinha
qualquer capacidade de colocar esse debate de maneira ampliada para o conjunto
da esquerda e acabou por cair no completo ostracismo. A conseqüência de tudo
isso é que o tema da sexualidade nas esquerdas fica calado, esquecido e
desprezado – fazendo a direita, conservadora, ganhar sempre o debate que não
tem opositores.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.democraciasocialista.org.br/democraciasocialista/artigos/image/209202" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><img border="0" src="http://www.democraciasocialista.org.br/democraciasocialista/artigos/image/209202" height="250" width="400" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Por outro lado, aqueles que se dispõem a discutir o tema e
levantar questões sobre isso, mobilizar, etc. (especialmente os atuais
movimentos feministas da internet) acabam muitas vezes (não sempre) num outro
problema: o discurso <i>pós-moderno</i> e <i>liberal</i> do <i>Laissez Faire, Laissez Passer</i>,
o discurso do “<i>faço o que eu quiser por que o corpo é meu</i>”. Isso é <b>parcialmente
correto</b>: claro que cada um deve ser o dono absoluto de seu próprio corpo – e,
nesse sentido, o que dizem esses setores é apropriado –, mas não só isso é vago
e não dá nenhum norte de referência para quem busca respostas para suas
questões sexuais, como nem tudo que se faz com o corpo é recomendável (tanto da
perspectiva de que o corpo existe em relação com outros e não deve
prejudicá-los sem razão, quanto da perspectiva de que a liberdade não é dar
validade a tudo que se faz, mas é um instrumento para permitir aos seres
humanos sua expansão e realização).</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://sindromedeestocolmo.com/wp-content/uploads/2011/06/marcha3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><img border="0" src="http://sindromedeestocolmo.com/wp-content/uploads/2011/06/marcha3.jpg" height="240" width="320" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">O que acontece é que o sexo é um tema cheio de questões de
ordem política, social e cultural, em que há muitas pessoas procurando
respostas e tudo que encontram são proclamações vagas (e muitas vezes vazias)
de um lado e um conjunto <i>estruturado, detalhado e desenvolvido</i> de <i>noções,
fatos, mentiras, mitos</i> e, acima de tudo, <i><b>respostas</b></i>. As pessoas devem sim pensar
por conta própria, mas só se pensa por conta própria quando existem <b>opções</b>
sobre as quais pensar... quando só se apresenta de fato uma opção, a realidade
é que o pensamento fica travado e acaba por assimilar a ideologia estruturada e
“fundamentada” que se apresenta a ele. É assim que as massas funcionam – e
fingir que não é dessa maneira não nos tem levado a lugar nenhum.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">É nossa tarefa, portanto, <b>disputar o espaço aberto na
questão sexual</b>.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">O <b>projeto conservador</b> para a sexualidade foi atacado por
<i>movimentos mais claros em suas propostas</i> (especialmente os hippies e o
movimento feminista antigo) e sofreu duras derrotas, abrindo espaço para várias
<b>conquistas morais</b> que tivemos nos últimos anos – direito ao divórcio e o
recasamento, direito ao aborto (em alguns países), visibilidade e respeito
(ainda que limitado) aos LGBT, liberdade (parcial) para o sexo casual, o
surgimento do “ficar”, entre muitas outras coisas.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.teclasap.com.br/wp-content/uploads/2010/07/ficar.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><img border="0" src="http://www.teclasap.com.br/wp-content/uploads/2010/07/ficar.jpg" height="400" width="300" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">De um lado, os movimentos <i>desapareceram</i> ou <i>tiveram outras
prioridades</i>, e, de outro, vivemos no <b>capitalismo</b> (<i>egoísta, competitivo,
predatório, que objetifica e transforma em mercadoria a maioria das coisas</i>).
Por essas duas causas, a questão da sexualidade ficou abandonada e foi então
transformada na <b>barbárie</b> que encontramos na realidade de hoje: machistas
manipulando e sacaneando mulheres despreparadas para lidar com suas próprias
sexualidades; relacionamentos enlouquecendo pelas expectativas irreais
contraditórias entre si e discrepantes umas das outras, de parceiros carentes e
solitários; a objetificação geral do sexo e do amor, e a transformação da visão
sobre os outros na visão de um consumidor de mercadorias que estão a serviço de
seu próprio prazer; a disseminação de DSTs; o alto número de gravidezes
indesejadas, especialmente em adolescentes pobres...</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Este panorama resumido é expressão da desagregação social
promovida pelo capitalismo mundial desenvolvido e todas as suas tendências.
Isso é o resultado da ausência, por anos, de uma luta (que é política) por uma
sexualidade que esteja fundada em outros parâmetros – em vez da desagregação, a
<b>agregação</b>; ao invés da objetificação, o <b>respeito</b>; ao invés do egoísmo, o <b>altruísmo</b>;
ao invés da cegueira, a <b>visão</b>; ao invés da ignorância, o <b>conhecimento</b>...</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Obviamente que não serei eu aqui, <span class="Apple-style-span" style="color: #999999;">em um post num blog de
baixíssimo alcance</span>, que vou escrever,<span class="Apple-style-span" style="color: #999999;"> sentando em minha poltrona e ouvindo
<a href="https://www.youtube.com/watch?v=bo62PjXMkyo" target="_blank">Cream</a></span>, o programa completo para a sexualidade! Até por que, não é minha tarefa
elaborá-lo: muito dele <i>já existe</i> espalhado por aí e <i>desorganizado</i> nas ações e
propostas de diversos grupos libertários. O que posso fazer é levantar para os
meus leitores a necessidade de se pensar esse <b>projeto libertário de sexualidade</b>
– e esboçá-lo aqui.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Um projeto como esse precisa ser baseado em alguns
<b>princípios</b>:</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Primeiro,<b> o corpo somos nós</b>. Nós escolhemos o quanto
queremos viver com ele ou não, o quanto queremos ser prudentes – mas a <b>prudência</b>
deve ter um papel importante na elaboração de uma forma de lidar com o mundo e
o corpo. Prudência para fazer sexo seguro, usando preservativos, tomando pílula
(atualmente só as mulheres, mas assim que sair uma pílula masculina, os homens
também); prudência para realizar fantasias sem prejudicar sua própria vida pela
exposição ao mundo machista e conservador no qual estamos imersos; prudência
para saber selecionar quem são os que podem nos causar danos físicos ou
psicológicos (especialmente as mulheres com relação aos homens, mas não só).</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEin-UPfxro5UbjhJ8IstZVt7-hGM1mT0LstYiN0zemb0RszkSACHmavljNvf9yK2tUpRbXQllIpv_I8Yw9UBif4n8QEetZpEkqqdFbxx12w9EYTvZ7PyPOVWOSEngx5E7RsDcspTxJXdg-_/s1600/hippies+revolucion+sexual.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEin-UPfxro5UbjhJ8IstZVt7-hGM1mT0LstYiN0zemb0RszkSACHmavljNvf9yK2tUpRbXQllIpv_I8Yw9UBif4n8QEetZpEkqqdFbxx12w9EYTvZ7PyPOVWOSEngx5E7RsDcspTxJXdg-_/s1600/hippies+revolucion+sexual.JPG" height="320" width="320" /></span></a><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Segundo, <b>o outro não é mero objeto de nosso desejo</b>. Entender
o outro como <b>sujeito</b> de seu próprio prazer e como companheirx da nossa busca
por prazer, satisfação e felicidade, e não como mero instrumento. Ou seja, respeitar
os desejos e limitações da sexualidade do outro, respeitar seus gostos e taras
como formas legítimas de sua busca por satisfação sexual – e não como
“maluquices” ou “frescuras”. É fundamental que se pense nisso com <b>TODX</b> e
<b>qualquer parceirx sexual</b>, mesmo no sexo casual.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Terceiro, <b>entender que a busca por satisfação sexual é uma
necessidade humana para seu próprio desenvolvimento enquanto ser humano</b>. Ou
seja, estimular a auto-descoberta pela masturbação ou quaisquer outros meios;
estimular a experiência de coisas novas; estimular o acúmulo de experiências
(afinal, como qualquer coisa, o sexo se aprende, também, assim); estimular a
criatividade sexual; e, muito importante, entender que a sexualidade é um
caminho individual que deve ser traçado por cada um de seu próprio modo – e não
para satisfazer as expectativas de umx parceirx, por exemplo.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Quarto, a sexualidade não é só um fenômeno mecânico – <b>ela também é um fenômeno químico, psicológico e social</b>. Primeiro, sexo faz bem e
possibilita a criação de vínculos, mesmo que no sexo casual. Além disso, a
energia sexual e a satisfação sexual podem ser canalizadas para diversas
atividades, propiciando uma vida mais completa. Mais que isso, o
desenvolvimento sexual dos outros é parte do nosso próprio. Por mais que esse
último seja uma verdade em todos os aspectos da vida, no sexo ele é mais
evidente – <i>sexo só pode ser feito com mais de uma pessoa; ele pode ser
naturalmente agregador!</i> E temos que transformá-lo em algo assim, <b>agregador</b>.
Temos que ensinar sexo, aprender sexo, desenvolver sexo, auxiliar sexo. Faz
bem, é gostoso e nos permite desenvolver outras áreas da vida.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Em suma, <b>tratar a sexualidade como uma área importante e
potencialmente positiva da vida da humanidade.</b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Isso tudo implica em algumas coisas a mais: sermos
irremediavelmente a favor dos direitos LGBT, a favor do poliamor, a favor do
sexo casual responsável, a favor do sexo seguro, a favor da criação e ampliação
do acesso a instrumentos que desenvolvam o sexo, a favor da liberação sexual da
mulher, a favor da conscientização da sexualidade do homem, a favor da educação
sexual ampla, a favor da naturalização do sexo, a favor da entrada do assunto
nos lares (onde pais possam falar tranquilamente de sexo com os filhos e estes
possam ser plenamente orientados sem serem entulhados de tabus e restrições
infundadas); a favor de campanhas de conscientização sexual; a favor da
distribuição de preservativos de maneira gratuita; contra a estigmatização do
exercício da sexualidade (inclusive do BDSM e outras preferências sexuais); contra
a noção de gênero; contra as políticas de abstinência sexual; contra o
conservadorismo sexual limitador e castrador.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-M9j5Rg3pqqI/Uh0pRc_j-aI/AAAAAAAAGBM/BwELy0HEefc/s1600/poliamor-monster-pop.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-M9j5Rg3pqqI/Uh0pRc_j-aI/AAAAAAAAGBM/BwELy0HEefc/s1600/poliamor-monster-pop.jpg" height="271" width="400" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Claro que muitas coisas podem ter ficado de lado nesse meu
esboço. Claro, também, que esse esforço que estou fazendo (de unificar as
discussões sobre sexualidade em um único projeto libertário) não é uma inovação
minha, mas deve ter sido feita por várias pessoas antes de mim – e será feita
por muitas pessoas depois. Se você que está lendo esse texto, conhecer de alguma
coisa parecida, me passe! Vale livro, blog, tirinha, o que for!</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">É claro também que nunca teremos um único projeto libertário
consensual entre todos os libertários – haverá diferenças e discordâncias, e
isso é evidente. Mas o importante é que fundemos princípios, unifiquemos
bandeiras, façamos campanhas, ou seja, desenhemos as <b>linhas principais</b> desse
programa para o sexo. E, acima de tudo, que <b>nos unifiquemos</b> para combater os
conservadores no espaço público, especialmente os mais perigosos – <i>os
conservadores religiosos!</i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i><br /></i></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.badhaven.com/wp-content/uploads/2012/09/priest-warding-off-evil.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><img border="0" src="http://www.badhaven.com/wp-content/uploads/2012/09/priest-warding-off-evil.jpg" height="320" width="213" /></span></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Até mais, pessoal! Vontade e Sabedoria na Guerra!</span></div>
<!--EndFragment-->Árion Vampyrhttp://www.blogger.com/profile/15070943590264979888noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8030741422243445949.post-11028789880862762342012-01-25T18:05:00.000-08:002012-01-25T18:15:01.717-08:00A Hipótese do Caçador-Coletor<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxPYoVveC1DnW_THLG7wLf6_NFYKpGTP4VMovqSUhSpdEAiwklNi5I6x91Jqy7MAJA2-BEBEeBAUPC1qFNUhi5MWKlUyK6inWZBd6G5bBv52UTwrqbev49dYFYLWZiJKRbbwJNU0Vt8mia/s1600/paleolitico.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"></a></div>
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</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<i style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Elaborei isso aqui lendo "<a href="http://www.marxists.org/archive/marx/works/1884/origin-family/index.htm">A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado</a>" de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Engels">Engels</a>, do qual discordo mt. Posta a recorrência de certos padrões de gênero dominantes, achei válido elaborar uma hipótese a ser comprovada sobre o tema. Opinem, por favor. A questão básica é: por que o papel de gênero de "guerreiro", forte e honrado está geralmente associado ao homem e, quando associado às mulheres, esse mesmo papel as torna dominantes? Por que o gênero dominante costuma reproduzir essa elaboração? E quando isso não acontece, por que não acontece? Qual a relação da propriedade privada com isso?</i><br />
<br />
<a name='more'></a><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">À Centralidade das tarefas domésticas (agricultura, educação, artesanato) numa dada organização social/modo-de-produção correponde uma organização social comunista da produção/distribuição;</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">À Centralidade das tarefas externas (caça, coleta, guerra) numa dada organização social/mdp corresponde uma organização social hierarquizada e geralmente privatizada da produção/distribuição;</span><br />
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Isso pq à primeira correspondem tarefas coletivas, que exigem a participação mútua; à segunda correspondem tarefas coletivamente feitas, mas individualmente executadas e cujos resultados são individuais. Os segundos estimulam a apropriação particular da produção e a hierarquia entre os membros.</span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxPYoVveC1DnW_THLG7wLf6_NFYKpGTP4VMovqSUhSpdEAiwklNi5I6x91Jqy7MAJA2-BEBEeBAUPC1qFNUhi5MWKlUyK6inWZBd6G5bBv52UTwrqbev49dYFYLWZiJKRbbwJNU0Vt8mia/s1600/paleolitico.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="245" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxPYoVveC1DnW_THLG7wLf6_NFYKpGTP4VMovqSUhSpdEAiwklNi5I6x91Jqy7MAJA2-BEBEeBAUPC1qFNUhi5MWKlUyK6inWZBd6G5bBv52UTwrqbev49dYFYLWZiJKRbbwJNU0Vt8mia/s400/paleolitico.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Na primeira, as tarefas da segunda são menores, mas necessárias; na segunda, as primeiras são complementares, mas hierarquizadamente inferiores. Geralmente, por motivos certamente históricos de origem, às mulheres corresponde a primeira e aos homens a segunda, daí as estruturas comuns do patriarcado e do matriarcado;</span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.mundoeducacao.com.br/upload/conteudo_legenda/450df6f2827f3dd2024c5fb494b635b4.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="260" src="http://www.mundoeducacao.com.br/upload/conteudo_legenda/450df6f2827f3dd2024c5fb494b635b4.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">A primazia da caça-coleta exige territórios e recursos possivelmente escassos - isso pode ser a origem da guerra, que pode ter gerado a escravidão a partir da percepção da utilidade dos corpos vivos (provavelmente, comparados com os animais) separados pelas vidas clãnicas e desumanizados, e sua apropriação pelos caçadores. A paz e o Estado proveriam de um acordo entre clãs mt fortes, provavelmente para dominar outros clãs, combinar uma ordem entre os seus e controlar os escravos conjuntamente (que já deviam ser maiores em número que os donos) como uma compania de comércio. Internamente aos clãs e no início do Estado, os elementos de moral interna ao clã agricultor tornam-se elemento de poder interno do clã e sua hierarquia gerando as estruturas comuns ao aptriarcado, que seria a caçadora-coletora desenvolvida em que o papel caça-coleta é masculina;</span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://thumbs.dreamstime.com/thumblarge_328/12255985441TOkSL.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="http://thumbs.dreamstime.com/thumblarge_328/12255985441TOkSL.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Isso explica o poder interno dessas sociedades e as sociedades em que as mulheres cumprem um papel dominante, às vezes com o papel "masculino", às vezes "feminino", segundo nossos padrões.</span>Árion Vampyrhttp://www.blogger.com/profile/15070943590264979888noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8030741422243445949.post-85703824509838301812012-01-02T13:12:00.001-08:002012-01-02T13:12:14.346-08:00Previsão do Tempo para Janeiro de 2012<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-cln3yj0pYEk/TwIdnHUSAtI/AAAAAAAAAcQ/m7GNwpGQMMQ/s1600/298323_121258564648880_121233167984753_125651_1743823173_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="223" src="http://4.bp.blogspot.com/-cln3yj0pYEk/TwIdnHUSAtI/AAAAAAAAAcQ/m7GNwpGQMMQ/s320/298323_121258564648880_121233167984753_125651_1743823173_n.jpg" width="320" /></a></div>
<br />Árion Vampyrhttp://www.blogger.com/profile/15070943590264979888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8030741422243445949.post-49809439957033429512011-12-31T08:50:00.000-08:002011-12-31T08:53:20.704-08:00Top 5 Covers de Rock em outros estilos<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
Eu tenho visto mt esse tipo de coisa recentemente e tenho curtido mt... acho mt legal essas adaptações de músicas de estilos diferentes pra coisas q eu gosto, especialmente quando eu tb gosto da original...!</div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
Inclusive, essas coisas me dão um prazer artístico incrível, e essa também é uma forma tímida de estimular que essas coisas sejam feitas...<br />
<br />
Tenho há anos a idéia de transformar músicas de Metal em Country e, mais modestamente, fazer versões lentas de músicas rápidas (principalmente de Metal), e mais modestamente ainda, estou na Unplugged Garage Band, que toca versões acústicas de clássicos do rock. Mas essas coisas que ando vendo me inspiram demais...!</div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
Nesse caso, to incluindo aqui música erudita e celta! Aliás, não se detenham a essas músicas! Procurem os álbuns completos dos caras! Aqui vai, então as que eu considero melhores até agora:</div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<br /></div>
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<b>5 - Celtic Pink Floyd - Wish You Were Here</b> [Cover de <i>Pink Floyd</i>]</div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/_bXW7BYhi0U" width="420"></iframe></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
Essa música já é mt boa, mas ela ficou tão boa quanto..! ter vocal, inclusive, é uma grande vantagem em relação a outros covers do tipo...!</div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<br /></div>
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<b>4 - The Boys From County Nashville - Seek and Destroy </b>[Cover de <i>Metallica</i>]</div>
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<br /></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/pR0zgVzTfuY" width="420"></iframe></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
É difícil manter o clima de uma música de Metal transformando em música celta, mas esses caras mandam mt bem..! Essa é do álbum "Celtic Tribute to Metallica", que é todo mt bom! Quero mais!</div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<b>3 - The Boys From County Nashville - That's The Way </b>[Cover de <i>Led Zeppelin</i>]</div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<iframe width="420" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/3llPH6ojS4U" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
Pow, fala sério, neh? Led Zeppelin tem tudo a ver com música Celta! ehehe Essa faz parte do Álbum "Long Ago and Far Away - the Cletic tribute to Led Zeppelin".</div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<b>2 - Vika Yermolyeva - Chop Suey </b>[Cover de <i>System of a Down</i>]</div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/-EpmEMSs9hE" width="420"></iframe></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
Essa mulher é FODA, já fez até apresentação solo, em 2010 com esses covers... é mt boa mesmo! ficou mt bom! Tem outros covers dela de músicas melhores e em que ela toca mais, mas essa música sempre me tocou, e ela fez essa música me dar arrepios...!</div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<b>1 - Apocalyptica - Nothing Else Matters </b>[Cover de<i> Metallica</i>]</div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/rbTozgoj9OQ" width="420"></iframe></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Apocalyptica já é mt foda, pegando uma das músicas mais fodas do Metallica, então...! e há de se convir que essa é a música que mais combina com o estilo dos caras, a que melhor se encaixa em versão erudita!</span><br />
<br />Árion Vampyrhttp://www.blogger.com/profile/15070943590264979888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8030741422243445949.post-89359729026393333122011-12-24T22:26:00.000-08:002011-12-24T22:26:34.082-08:00Feliz Natal (2011)<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Aí uma demonstração de um bom espírito natalino, na minha opinião... na Grécia...!</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-vLO51ZKj1GM/TvbCC0bCFHI/AAAAAAAAAcE/lNMlfnXLn0I/s1600/389493_331599150203473_100000601710770_1286097_1629275649_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="257" src="http://2.bp.blogspot.com/-vLO51ZKj1GM/TvbCC0bCFHI/AAAAAAAAAcE/lNMlfnXLn0I/s400/389493_331599150203473_100000601710770_1286097_1629275649_n.jpg" width="400" /></a></div>
<br />Árion Vampyrhttp://www.blogger.com/profile/15070943590264979888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8030741422243445949.post-54206004967312425572011-12-23T20:41:00.000-08:002011-12-23T20:41:28.522-08:00Content Warning para a Bíblia<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-LoLbFODBN5k/TvVWLEFtH4I/AAAAAAAAAb4/Tcg7gc1izk4/s1600/378850_10150469226763398_610758397_8392037_369941696_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="http://4.bp.blogspot.com/-LoLbFODBN5k/TvVWLEFtH4I/AAAAAAAAAb4/Tcg7gc1izk4/s640/378850_10150469226763398_610758397_8392037_369941696_n.jpg" width="532" /> </a></div>
<div class="separator" style="clear: both; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: left;">
<b style="color: red;">Alerta: </b>Este é um trabalho de ficção. <b>NÃO interprete literalmente.</b></div>
<div class="separator" style="clear: both; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: left;">
<b><span style="color: red;">Aviso de Conteúdo: </span></b>Contém versos que descrevem ou advogam suicídio, incerto, bestialidade, sadomasoquismo, atividade sexual em contexto de violência, assassinado, violência mórbida, uso de drogas e álcool, homossexualidade, voyerismo, vingança, debilitamento de figuras de autoridade, ilegalidade, e violações de direitos humanos e atrocidades.<br /><br /><b><span style="color: red;">Aviso de Exposição:</span></b> Exposição aos conteúdos por longos períodos de tempo ou durante o anos de formação em crianças pode causar delírios, alucinações, redução cognitiva e objetiva de habilidades de raciocínio lógico, e, em casos extremos, disordens patológicas, ódio, intolerância e violência, incluindo, mas não limitado a, fanatismo, assassinato e genocídio.</div>
<br />Árion Vampyrhttp://www.blogger.com/profile/15070943590264979888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8030741422243445949.post-35687764591976330082011-12-22T22:23:00.000-08:002011-12-22T22:23:07.062-08:00Idoso em Tahir<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-h4PPtXOChCA/TvQd8pOl3KI/AAAAAAAAAbs/velk1VLW_bA/s1600/386502_286641151375969_100000902600652_864699_944029322_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="253" src="http://1.bp.blogspot.com/-h4PPtXOChCA/TvQd8pOl3KI/AAAAAAAAAbs/velk1VLW_bA/s400/386502_286641151375969_100000902600652_864699_944029322_n.jpg" width="400" /></a></div>
Idoso é protegido por Jovens na praça Tahir das bombas de gás lançadas pela política... Eis aí os nossos vândalos!Árion Vampyrhttp://www.blogger.com/profile/15070943590264979888noreply@blogger.com0