Desde o
início do segundo governo Dilma, principalmente do ano passado até meados desse
ano, uma forte mobilização de massas (envolvendo principalmente a classe média)
expressou uma angústia geral da população brasileira: a insatisfação com a
ineficiência do Estado e a corrupção endêmica descarada. Setores médios deram
as mãos com setores dos trabalhadores contra o corrupto governo do PT. A
princípio, não haviam pautas muito claras e, com isso, setores de direita e
ultra direita se meteram nessa mobilizações, e a divisão criada nas eleições
entre “petralhas” e “coxinhas” se desequilibrou para o lado dos segundos.
Identificando o governo do PT como de “esquerda”, setores de massas aderiram àquilo
que acreditavam ser a “direita”.
Claro, essa
é uma história (bem) resumida. Mas ela serve para introduzir o assunto. Quero
falar neste texto das mudanças ocorridas após as mobilizações pró-impeachment,
tratar do balanço das políticas de diversos grupos antes e propôr uma política
para o momento atual. Não entrarei aqui em detalhes do governo Temer, no
entanto, pois não acredito que esse seja o principal elemento da conjuntura.
Explicarei tudo isso à frente.